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Entre lama e frio, o arranjo da ordem internacional

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27 Fevereiro 2023

"Diante do nível inenarrável de destruição e desprezo pela vida em que o regime de Putin mira para sobreviver, das incertezas da escalada e do retorno do nacionalismo e do militarismo, é preciosa toda iniciativa que reintroduza um princípio de responsabilidade e negociação política", escreve Francesco Strazzari, teólogo e padre da Diocese de Vincenza, na Itália, em artigo publicado por Settimana News, 24-02-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Quanto mais avançam as engrenagens da guerra, mais clara se torna sua conexão com o arranjo da ordem internacional. No campo de batalha, o regime de Putin apela ao heroísmo do combate patriótico por fronteiras históricas, mas é dobrado pelo declínio da eficiência militar: sacrifica-se cada vez mais para obter cada vez menos. Um ano após o início da invasão, os mortos já somam centenas de milhares, enquanto o número de militares russos na Ucrânia dobrou.

A inteligência ocidental fala de 320.000 soldados. Cada vez mais homens, cada vez mais caixões: um massacre de centenas de mortos por dia, conforme admitido pelo boss dos mercenários do Wagner, Prigozhin. Apesar da intensidade dos combates, não há avanço: nem mesmo a conquista do que resta de Bakhmut. Embora readaptada, a logística da ofensiva russa continua sob o fogo. Moscou fortificou as defesas para resistir à anunciada contraofensiva ucraniana e evitar os resultados já vistos em Kharkiv o de Kherson.

Apesar do cansaço e do frio, o combate continuou durante todo o inverno, e de todos os lugares vem o pedido de armas mais poderosas e mais munições. O front que um ano atrás viu a ofensiva proceder de diferentes diretrizes acabou por se concentrar numa linha de cerca de mil quilômetros, que se multiplicam se somarmos as tensões que se acumulam ao longo das fronteiras com a Bielorrússia e a Transnístria.

Desafiado pela visita surpresa de Biden a Kiev, Putin confirmou todos os objetivos anunciados um ano atrás, explicitando a situação de ameaça existencial em que a Rússia se encontraria. A chantagem é explícita: ou a Rússia é e age com a impunidade da grande potência, ou não é, e será varrida. Essa representação, que confunde o regime com o país, reverbera na doutrina nuclear russa, que contempla o uso de armas atômicas em caso de ameaça existencial. Há tempo o Kremlin não faz nada além de confiar em sua capacidade de destruição no teatro de guerra, fazendo aflorar às margens (por exemplo, no Báltico) a ameaça de superarmas e desestabilização. E possível que a suspensão anunciada por Moscou do tratado New START leve à interrupção de trocas de informações rotineiras, aumentando a possibilidade de avaliações errôneas e acidentes de consequências inimagináveis. Diplomaticamente, uma parte do Ocidente sente-se nervosa pela chegada da diplomacia chinesa a Moscou e pelo uso da palavra paz, que teme dar fôlego para um regime que, após um ano de erros vistosos, hoje parecia politicamente encurralado.

Até agora, a China não define a Rússia como aliada, mas como parceira, em vista de seus próprios objetivos estratégico. O declínio da sorte de Moscou e o impacto da guerra sobre a economia global a preocupam e explicam a Iniciativa de Segurança Global chinesa, uma proposta 'aberta e inclusiva' que talvez seja um prelúdio para uma visita do próprio Xi. O próprio Wang Yi repetiu várias vezes – mais recentemente nas conversas com o europeu Joseph Borrell – que a China se atém à linha de não fornecer armas às partes em guerra.

No entanto, a guerra avança: a Síria e o Afeganistão nos lembram como, ao se aprofundar, se criam as bases para sua expansão, envolvendo outras partes. A reação irritada de Pequim às intimações públicas de Washington para não fornecer armas aos russos mostram como a liderança chinesa não tenha intenção nenhuma de jogar na retranca deixando que seu papel seja ditado: age coerentemente, apresentando-se ao encontro do ano de guerra com uma própria visão da paz. A visão holística da segurança comum envolve o Sul Global do mundo (África, Sudeste Asiático, América Latina), articulando talvez pela primeira vez uma visão totalmente pós-colonial da paz, uma oferta que supera a ideia de Biden de reservar um assento à União Africana no G20.

Crítica do unilateralismo e protecionismo estadunidense, Pequim tem dificuldade de pensar segundo a lógica de um agressor e um agredido. Com certeza aos chineses não falta conhecimento do impacto desestabilizador da invasão, que desarticula o princípio da não intervenção e ameaça continuamente a escalada nuclear. No entanto, a ênfase totalmente ideológica com que Biden está defendendo a democracia liberal contra os estados autoritários neste momento, apenas aprofunda a distância de Pequim.

É justamente a ideia de um embate ideológico, de certo modo existencial, que é exasperado em coincidência com o aniversário da guerra, enfatizando assim a importância da dimensão simbólica e do consenso. Nos tons usados por Putin e Biden, é evidente a falta de conciliação e a recusa a qualquer compromisso. Essa ênfase na dimensão 'existencial' e não negociável transparece também nas palavras proferidas em Kiev pela primeira-ministra italiana Meloni, durante uma visita marcada pelas contradições da direita italiana em relação à Rússia e fascinada pela defesa ‘da nação e da identidade’ que mobilizou os ucranianos: Meloni revelou-se incapaz de evocar algo além de um esquema de liberdade da nação por meio de uma comparação romântica e acanhada com o Risorgimento italiano.

Nos tons cada vez mais acalorados que acompanham o aniversário do início da guerra, perdeu-se a noção de responsabilidade pela ação política que o nonagenário Jurgen Habermas, com um discurso longo, apaixonado e lúcido, tentou recolocar no debate, apoiando explicitamente a linha de medida adotada pelo chanceler Scholz em relação à transferência de armamentos. A história da guerra moderna mostra o quanto ela se revele um instrumento pouco manejável, que tende a se prolongar, a envolver outras partes e a gerar novas ordens sociais e políticas. Por mais imprevisível que possa se revelar o curso da política em Moscou, a ideia de uma guerra curta, também reiterada por Zelensky nos últimos dias, não encontra nenhum fundamento.

Diante do nível inenarrável de destruição e desprezo pela vida em que o regime de Putin mira para sobreviver, das incertezas da escalada e do retorno do nacionalismo e do militarismo, é preciosa toda iniciativa que reintroduza um princípio de responsabilidade e negociação política.

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