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Teologia da ternura: diálogo e identidade na ética da virtude. Artigo de Giovanni Cogliandro

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09 Agosto 2022

 

Depois de Platão, Aristóteles e Tomás, houve uma crise da reflexão moral moderna. O retorno às origens é abordado em um livro de Massimo Borghesi sobre a teologia da ternura do Papa Francisco.

 

O comentário é de Giovanni Cogliandro, filósofo italiano e professor da Universidade de Roma Tor Vergata, publicado em Avvenire, 05-08-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

“Todas as vezes, a construção da identidade ocorre a partir da dialética amigo/inimigo. Com isso, porém, a fé sofre uma redução teológico-política, como Carl Schmitt bem compreendera. Não há teologia política se não houver inimigo: este é o teorema de Schmitt. Um teorema muito atual, que vê setores do cristianismo contemporâneo reforçando, na oposição, o fundamentalismo que querem combater”, escreve Massimo Borghesi em “Il dissidio cattolico. La reazione a Papa Francesco” [A dissidência católica. A reação ao Papa Francisco] (Ed. Jaca Book, 416 páginas).

 

Capa do livro "A dissidência católica. A reação ao Papa Francisco", de Massimo Borghesi.

Foto: Divulgação

 

Essas frases me parecem sintetizar bem a polarização em curso há algumas décadas dentro da Catholica, que se desenvolve com a sábia direção e ao mesmo tempo com o apoio inconsciente de alguns católicos e forças externas à Igreja e até totalmente alheias à reflexão sobre o dado revelado.

 

Assim como os seus antecessores, instrumentalizados às vezes pelos seus opositores internos e externos à Igreja, o papa busca estratégias exemplares para reconstruir o diálogo, rejeitando a analogia do Islã com a religião de morte dos vários grupos terroristas, assim como dos batizados distantes da fé e também dos não crentes que mostram abertura ao diálogo verdadeiro e fecundo, crendo na anterioridade do ethos e do logos sobre a oposição e, antes ainda, operando uma opção filosófica semelhante à proposta por Romano Guardini, que vê nos opostos uma polarização virtuosa e não uma contradição viciosa e perigosa.

 

A identidade não é o oposto do diálogo sincero e da analogia da alteridade, segundo uma conjugação da fraternidade universal que situa o cristianismo como farol de humanidade, civilização, elaboração efetiva que caracteriza a via romana de que Remi Brague fala tão eficazmente em seus textos.

 

Tal dinâmica fecunda se desenvolve entre as reivindicações apenas aparentemente opostas das posições políticas, religiosas, antropológicas, e pode ser pensada e organizada segundo os princípios filosóficos derivados do exemplarismo e da ética das virtudes. Tal ética das virtudes afunda as suas raízes no pensamento de Platão e Aristóteles, e atinge o seu ápice na obra de Tomás de Aquino, em particular no seu “Comentário à Ética a Nicômaco” e na segunda parte da “Summa Theologiae”.

 

Após um período de esquecimento de alguns séculos em que a reflexão moral perdeu o farol da ética voltada ao florescimento do ser humano, a ética das virtudes renasce em particular no século XX graças ao trabalho das filósofas Anscombe, Murdoch, Zagzebsky, como resposta aos limites do normativismo kantiano e à visão reduzida da humanidade e da pessoa típica dos utilitaristas. Essas filósofas, a partir dos anos 1950 e até os nossos dias, reelaboram uma conexão fecunda entre as esferas da relação, da emotividade, da paideia.

 

Tal abordagem concreta e, precisamente por isso, filosófica permite criar um fio relacional resistente e emocionalmente proveitoso entre pessoas que não estão distantes, mas que, como escreveu MacIntyre, se sentem originalmente dependentes. Precisamente aquele MacIntyre que é mal compreendido e mal utilizado por Rod Dreher, autor de “A opção beneditina” (Ed. Ecclesiae), e pelos comunitaristas que gostariam de abandonar a polis por agora ser corrupta e hostil aos cristãos, que, portanto, não compreendem a raiz do retorno à virtude realizado nos anos 1980 por MacIntyre, voltando-se primeiro para Aristóteles e depois entrevendo seus limites, optando pela antropologia relacional e fundamentada na dependência originária entre pessoas delineada em “Animais racionais e dependentes”.

 

A teologia da ternura do papa extrai energia fecunda dessa visão da ética centrada nas virtudes. Gilles Deleuze acreditava que a superficialidade tinha a mesma relevância de verdade que a profundidade, criticando o elogio à profundidade feito pelos filósofos desde a antiguidade, particularmente pelos principais expoentes do estoicismo. O diálogo entre os corpos já começa a partir do intercâmbio entre o corpo do bebê e o calor do corpo materno, que o acolhe no abraço desde o nascimento, como ocorre também com o corpo do pai logo depois.

 

Da troca de calor procede o reconhecimento de si mesmo como aceito e amado, talvez justamente aquilo que hoje é tão difícil de verbalizar. Creio que esse é o marco em que se deve inserir a dinâmica do diálogo que hoje se mostra cada vez mais carente e esclerosado entre culturas e nações, entre líderes políticos e religiosos, até a tragédia da guerra tantas vezes temida e hoje explodida.

 

É preciso lembrar que todos os papas sempre foram impávidos adversários da guerra como negação da humanidade e blasfêmia anticrística. “O senhor do mundo”, de Hugh Benson, foi repetidamente evocado pelo Papa Francisco desde o início do mandato como eficaz figura simbólica dos nossos tempos inquietos, nos quais facções interessadas exploram as tensões para criar um clima de confronto e uma dinâmica de hostilidade com a escolta do nome Shaitan, o adversário antigo e sempre operante.

 

A resposta do Magistério papal, hoje como no tempo do Papa João Paulo II e do Papa Bento XVI, é que em todo o conflito entre seres humanos as facções não devem se tornar inimigos irredutíveis cujo único objetivo é a destruição mútua.

 

No pensamento de Schmitt e dos seus muitos seguidores contemporâneos, nos quais o realismo tão proclamado é uma profunda desconfiança na Providência, assim como na humanidade, que não possuem a sutileza de análise do jurista alemão, amigo e inimigo são categorias abrangentes, determinadas mutuamente pela categoria de uma alteridade radical, ou seja, de uma impossibilidade de compor indefinidamente os contrastes no nível concreto, existencial e, portanto, da necessidade de recorrer ao conflito.

 

Ambas as partes em uma disputa polarizada, segundo o pensamento de Guardini, que foi conterrâneo e contemporâneo de Schmitt, ainda que em posições decorrentes de uma interpretação muito diferente do catolicismo, sempre podem se abrir com maior confiança ao outro, em uma dinâmica de agonismo polarizado, evocação de uma relação mais profunda mimetizada pelo diálogo e centrada na misericórdia.

 

Cada obra divina manifesta tanto a justiça quanto a misericórdia. Tomás de Aquino escreve na “Summa Theologiae” que “em qualquer obra de Deus a Misericórdia aparece como primeira raiz” (Primeira Parte, q. 21, a. 4). Por esse motivo, no mesmo artigo, Tomás afirma que a misericórdia em si mesma é a mais elevadas das virtudes e nos torna semelhantes a Deus, mas, para nós, seres humanos, a caridade precede a misericórdia, pois precisamos dessa virtude que, sozinha, nos permite estar perto de Deus como fonte de amor: nesse sentido, a primeira raiz dos cristãos é diferente daquela esboçada por Simone Weil.

 

A positividade de ser católico se conjuga, tanto hoje quanto ontem, em querer participar da vida da polis e em querer continuar narrando, descrevendo a própria experiência de vida pública e privada com espírito e curiosidade sempre renovados, fecundados pela misericórdia, que leva a configurar uma amizade política sempre possível na Catholica e também fora dela, fundamento de uma justiça não meramente processual, que desde a sua teorização aristotélica é garantia de subsistência da polis.

 

Saber narrar-se politicamente por meio das categorias mundanas de amizade política, fraternidade, misericórdia significa escancarar os olhos e o coração às possibilidades que o outro nos oferece, ultrapassando as fronteiras geográficas e culturais, com as quais tantas vezes lidamos hoje, mas também e sobretudo as fronteiras emocionais que muitas vezes barram o processo de uma verdadeira compreensão da alteridade e, portanto, da própria identidade.

 

Essa é a mensagem de Tomás de Aquino, Romano Guardini, Papa Francisco.

 

Leia mais

 

  • Quem é o filósofo que possui tanta influência sobre o Papa Francisco?
  • A substância do ministério ordenado como um problema sistemático. Breve reflexão nos passos de Romano Guardini
  • Romano Guardini e o sentido da teologia
  • O caminho estreito de Francisco: uma teologia da libertação sem marxismo. Entrevista com Massimo Borghesi
  • O "pensamento" do Papa Francisco. Entrevista com Massimo Borghesi
  • ''A confusão na Igreja é provocada por aqueles que multiplicam a dissidência.'' Entrevista com Massimo Borghesi
  • Como enfrentar o fundamentalismo
  • “O Papa não é progressista nem conservador. É missionário e social”. Entrevista com Massimo Borghesi
  • Os católicos e a guerra. Silenciar o papa? Artigo de Massimo Borghesi
  • Uma viagem rumo à unidade das Igrejas
  • O ecumenismo hoje. Uma reflexão teoecológica. Revista IHU On-Line, Nº 370

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