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Por que o Papa não deve ir a Kiev

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25 Abril 2022

 

"Em outras palavras, quanto mais forte e intensa for a figura do Papa Francisco, mais ela estará totalmente distante e distinta daquele de Kirill I. Crentes e não crentes, quando o poder militar arma os soberanismos e traz beligerância até às consciências, não precisam de um pontífice geopolítico. Mas da profecia de um testemunho universal", escreve Luigi Manconi, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Itália, em artigo publicado por La Stampa, 21-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Precisamente porque sou a favor da resistência popular ucraniana e de todas as iniciativas que a apoiam, sou igualmente a favor do pacifismo integral do Papa Francisco. A origem da escolha do pontífice reside ainda e sempre ali, naquelas palavras que constituem o primeiro fundamento da relação entre o cristão e a história: se pertencessem ao mundo... mas vocês não são do mundo (Jo 15, 18-19). Já está tudo aí, naquela recomendação. O pedido aos cristãos para serem "o sal da terra" é, ao mesmo tempo, não "pertencer" à própria terra: "Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal" (João 17,15). Na cisão radical entre essas duas preposições articuladas (ao e do) desenvolve-se o atormentado percurso do catolicismo contemporâneo em sua aspiração a ser profecia.

Não pertencer ao mundo não significa de forma alguma fuga e ausência, omissão e acídia, mas vontade de além. Além está o espaço do anúncio, da mensagem, do sinal: da profecia, de fato. Um espaço onde até a martirologia da guerra é chamada a fugir às estratégias da geopolítica. E onde a teologia da emancipação humana não se subordina ao tempo histórico na medida em que se projeta para além dele. E isso implica inteligência e audácia, porque estar no mundo sem pertencer a ele não ajuda a escapar de sua dor: envolve, sim, sofrer todos os sofrimentos sem dispor daqueles confortos que oferece o ser do mundo.

E entre esses linimentos de sofrimento está o refrigério que pode ser dado por tomar partido, escolher um campo, permanecer em um lugar específico. É sobre isso que é solicitado o Papa Francisco quando é instado a ir a Kiev. Isso significaria fazer do pontífice uma espécie de capelão e conselheiro moral de governos e estados. É um pedido que, segundo alguns, viria das componentes seculares da sociedade. Mas por que tais componentes, ainda que existam hoje como entidades coesas, gostariam de "mundanizar" o Papa? Se o termo leigo ainda tem significado próprio, encontra-se na mais rigorosa distinção entre a esfera do religioso e a do não religioso.

E um Papa Francisco que repetisse, como nós nunca devemos esquecer de repetir, que Vladimir Putin é o agressor e a Ucrânia é a agredida, renunciaria ao seu próprio carisma religioso para inevitavelmente assumir um de outra qualidade. Afim a nós e agradável, mas na medida em que é coerente com os imperativos da democracia e da proteção dos direitos humanos, um carisma político: da melhor parte da política, é claro, mas de qualquer forma limitado pelo espaço geográfico e pelo espaço mental.

Isso pode ser visto claramente nas críticas dirigidas à escolha do Pontífice de colocar lado a lado uma mulher ucraniana e uma mulher russa durante a Via Sacra na Sexta-feira Santa. O que mais um papa católico deveria fazer? Ou melhor, qualquer autoridade religiosa digna desse nome? Um rito sagrado que não saiba olhar mais longe, para o anúncio de um milagre (a concórdia entre os inimigos de hoje), que valor teria? Um Papa que não fosse capaz de se fazer entender por aqueles que agora estão em guerra, em que ele difere do Secretário Geral das Nações Unidas? "Quando se chega a olhar para o homem que comete o horror com alguma forma de pietas - como lembrou Antonio Spadaro (La Stampa de ontem) - triunfa escandalosamente a força íntima do Evangelho de Cristo".

E não é de modo algum certo que esta oração esteja destinada a ser, como temia Massimo Giannini (La Stampa do último domingo) “a mais justa e a mais inútil”: “os caminhos da Providência são infinitos” é sabedoria milenar, não preceito devocional. E, lembre-se, a escolha atual de Francisco parece totalmente diferente daquela do "silêncio" de Pio XII diante do Holocausto - que, no entanto, não impediu muitos cristãos, do teólogo protestante Dietrich Bonhoeffer a numerosos padres católicos, de lutar contra o nazi-fascismo. À época, claramente, a prudência do Papa Pacelli era ditada por reflexões tático-diplomáticas, pela consideração das relações de força e, também, pela preocupação em não causar danos e sofrimentos aos cristãos.

Mas todas essas avaliações estavam deste lado da linha divisória entre Mistério e política e foram fortemente condicionadas por esta última. Posso estar errado, mas hoje a escolha de Francisco parece inspirada em outra coisa e sua dor parece tão profunda que revela "uma raiva que pode ser adivinhada, muito humanamente, sob as vestes brancas" (Lucia Annunziata, La Stampa da última terça-feira). Em outras palavras, quanto mais forte e intensa for a figura do Papa Francisco, mais ela estará totalmente distante e distinta daquele de Kirill I. Crentes e não crentes, quando o poder militar arma os soberanismos e traz beligerância até às consciências, não precisam de um pontífice geopolítico. Mas da profecia de um testemunho universal.

 

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