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“A ideia de que podemos escolher como indivíduos favorece uma certa passividade social”. Entrevista com Renata Salecl

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28 Março 2022

 

Em um ensaio que cruza a psicanálise com a literatura, a filósofa, socióloga e teórica jurídica eslovena, Renata Salecl, desmonta em seu livro La tiranía de la elección o mito neoliberal que diz que toda a nossa vida é uma síntese de decisões pessoais, uma lógica que rege dos corpos e carreiras profissionais às relações afetivas. “A ideia de que podemos escolher como indivíduos acerca de todos os aspectos da vida favorece uma certa passividade individual”, diz a autora.

“A sociedade capitalista de hoje, com sua insistência na ideia de escolha, mascara uma série de desigualdades de classe, gênero e raça”, afirma Salecl. Nesta entrevista, alerta que a pandemia revelou como é difícil para nós abordar problemas sociais e até que ponto superestimamos a capacidade de revirar o rumo de nossas biografias com a mera decisão pessoal.

Salecl nasceu em 1962, na Eslovênia, e é pesquisadora no Instituto de Criminologia, da Universidade de Liubliana. Além disso, é professora no Birkbeck College, da Universidade de Londres, todos os anos dá aulas na Escola de Direito Benjamin N. Cardoso, em Nova York, sobre psicanálise e direito, e também ministra cursos sobre neurociência.

Seus livros foram traduzidos para quinze idiomas e, na Argentina, Ediciones Godot publicou Angustia, em 2018, e El placer de la transgresión, em 2021. Nos diferentes capítulos de La tiranía de la elección (Ediciones Godot, 2022), a autora questiona a visão hegemônica que rege grande parte dos postulados com os quais as ciências sociais estudam a realidade social no mundo desenvolvido. Segundo a teoria da escolha racional, as pessoas sempre pensam antes de agir e em qualquer situação buscam o máximo benefício com o mínimo custo. É essa lógica que determina que as escolhas da vida sejam abordadas como se fossem pautas de consumo.

 

A entrevista é de Ana Clara Pérez Cotten, publicada por Infobae, 22-03-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis a entrevista.

 

Escreveu ‘La tiranía de la elección’ em 2010. Como a pandemia impactou nessa tirania?

 

A ideologia neoliberal que analiso em meu livro não mudou muito nos últimos dez anos. É possível dizer que só piorou com o aumento do poder das redes sociais. A pandemia se deu em uma época em que a ideologia preponderante considera que um indivíduo é completamente responsável por suas escolhas.

Então, isso fez que como sociedade tivéssemos que lidar com os dilemas individuais sobre se vacinar ou não, usar máscaras ou não... Isso nos fez refletir sobre as escolhas sociais: a pandemia não é um assunto individual e não pode corresponder a cada um decidir como combatê-la.

No entanto, as pessoas internalizaram a ideia de que são completamente responsáveis por suas vidas e, portanto, não surpreende que tenha ocorrido uma reação tão negativa à vacinação em muitas sociedades desenvolvidas. Viemos escutando, há muito tempo, que nossa saúde é uma questão de escolha e que podemos escolher como o nosso corpo é visto.

E claro, a vacinação obrigatória vai contra a ideia neoliberal de escolha pessoal. E agora, como não abordamos no passado as escolhas sociais, hoje estamos com problemas para lidar com assuntos que exigem que as pessoas saiam de sua mentalidade mais individualista.

 

Por que o imperativo da escolha acaba nos tornando pessoas mais ansiosas?

 

A ideia neoliberal de escolha faz com que o indivíduo seja responsável por seu bem-estar, sua felicidade e sucesso, mesmo quando não tem os meios ou as possibilidades para tomar decisões que promovam o seu bem-estar. Também as pessoas pobres, muitas vezes, se culpam por sua falta de sucesso. As pessoas se sentem culpadas e ansiosas, inadequadas.

A ideia de que podemos escolher como indivíduos acerca de todos os aspectos de nossas vidas favorece uma certa passividade social e até mesmo uma apatia, algo que podemos observar em muitas sociedades. E, em definitivo, contribui para a sobrevivência da ideologia neoliberal.

 

Como podemos lidar com o que não podemos escolher? Faltam respostas teóricas para esta ansiedade?

 

Muitas de nossas escolhas são inconscientes e fortemente influenciadas pelo que outros escolhem ou pelo que a sociedade que nos cerca percebe como as escolhas “corretas”. Não nego que as pessoas tenham a possibilidade de escolher, no entanto, devemos entender que tomamos decisões de uma forma muito menos racional do que pensamos. Não podemos escolher viver para sempre e é aí que, de alguma forma, terminam as nossas escolhas.

 

No livro, você cita ‘Felicidade’, romance do escritor canadense Will Ferguson, no qual, por meio da ficção, o autor estabelece uma cruzada contra o gênero autoajuda. Também utiliza muitas ideias da psicanálise em seus argumentos contra a escolha racional. Essas duas disciplinas – literatura e psicanálise – podem ajudar a desmantelar o discurso que legitima o capitalismo?



A psicanálise é muito importante para compreender como as pessoas se identificam com a ideologia, como os desejos e os impulsos operam em suas vidas. E, por outro lado, a psicanálise questiona a ideologia da felicidade, uma ideia que está presente no romance de Ferguson. Sabemos que as pessoas muitas vezes agem de uma forma que não só não aumenta o seu bem-estar, mas, ao contrário, aumenta a sua miséria.

 

A escolha racional também atingiu o campo das relações pessoais nos aplicativos de namoro. O que se esconde por trás da ideia de que é possível escolher no amor?

 

Lamentavelmente, os algoritmos ainda não compreendem que as pessoas se apaixonam de forma irracional e que, muitas vezes, não é possível listar facilmente o que atrai alguém em um parceiro potencial. As pessoas dizem uma coisa e, na verdade, querem outra. Os encontros pela internet ajudaram nesses tempos altamente individualizados, no entanto, também geraram muitas novas ansiedades.

Por exemplo, as pessoas precisam estar constantemente preparadas para a rejeição e facilmente têm a impressão de que existe algo melhor ao virar da esquina. Houve uma nova mercantilização das relações amorosas, embora seja verdade que essa lógica do mercado já havia impactado as relações no passado e que, de alguma forma, não é nova.

 

Leia mais

 

  • Como o ultraliberalismo colonizou nossa subjetividade
  • O neoliberalismo, a colonização da subjetividade e a pandemia
  • Crença, tecnologias e subjetividade colonizada. Artigo de Nora Merlín
  • Depois do neoliberalismo. Artigo de Paolo Gerbaudo
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