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Neste Natal, acabemos com a violência animal nos nossos pratos

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17 Dezembro 2021

 

Não há boas razões para comer produtos de origem animal como parte das tradições festivas. A preservação das queridas tradições das ceias familiares tem um peso superdimensionado em comparação com a preservação da vida de criaturas sencientes. O prazer sensorial dos humanos não pode competir com o tratamento brutal aos animais.

 

A opinião é de Daniel Mascarenhas, jesuíta indiano e professor de Matemática e Teologia na Jesuit High School Sacramento, nos Estados Unidos. O artigo foi publicado por The Jesuit Post, 15-12-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o artigo.

 

Eu amo o Dia de Ação de Graças; um dia para celebrar a nossa gratidão a Deus pelos dons da vida, pelo amor e pelos bons momentos. Ele também abre a temporada de férias mais longa – enchendo-me de entusiasmo pelo Natal. Neste Dia de Ação de Graças, no entanto, enquanto eu observava meus irmãos jesuítas cortarem o peru, minha mente vagava rumo a imagens das condições brutais das fazendas industriais que eu tinha visto no documentário “Food Inc.”.

 

 

Este peru, assim como milhões de outros animais de fazenda, viveu uma vida difícil em condições miseráveis antes de ser abatido em preparação para o dia da gratidão nos Estados Unidos. A violência nos pratos ao meu redor lançou uma escuridão sobre as decorações festivas e as conversas alegres ao meu redor.

Algumas semanas antes do Dia de Ação de Graças, eu estava de retiro, fora de Sacramento. Enquanto caminhava pelo pátio da casa de retiro, deparei-me com um bando de perus selvagens sentados à sombra de um carvalho. Eles pareciam contentes e em paz com o mundo, enquanto uma brisa suave agitava as suas penas. Eles me olharam com curiosidade; um deles inclinou a cabeça, quase em saudação.

Ao observar o grupo, eu percebi os seus temperamentos diferentes: o tímido, o curioso, o preguiçoso, o enérgico, o líder e assim por diante. Percebi que eles não eram apenas um bando de aves, mas também um grupo de indivíduos abençoados por Deus com a vida. Talvez, cada um estivesse louvando a Deus de uma forma única que eu nunca entenderia. Fiquei grato pelo fato de esses perus, que têm um lugar único na ordem criada por Deus, compartilharem um momento de louvor comigo.

Os animais impressionam uma parte da nossa consciência que reconhece a sua individualidade e senciência. Quem tem animais de estimação sabe que dois cachorros não são intercambiáveis, porque eles têm temperamentos únicos.

Os cientistas e a nossa experiência podem nos dizer que os animais de fazenda, como galinhas, perus, porcos e vacas, têm níveis semelhantes de senciência e temperamentos perceptíveis, assim como os animais de estimação, como cães e gatos.

Consequentemente, eu acredito que os animais são mais do que máquinas de carne, leite e ovos. Cada animal individual tem memórias, relacionamentos e um temperamento que dá sentido à sua vida e uma identidade distinta. Se cada animal tem uma existência única, então não temos justificativa para destruir violentamente a vida conectada a esses atributos. Esses indivíduos têm um propósito de existência, para além da mera utilidade para os humanos.

São John Henry Newman escreveu: “A crueldade com os animais é como se o homem não amasse a Deus... Há algo de muito terrível, de muito satânico em atormentar aqueles que nunca nos fizeram mal e que não podem se defender, que estão totalmente sob o nosso poder”.

Não há boas razões para comer produtos de origem animal como parte das tradições festivas. A preservação das queridas tradições das ceias familiares tem um peso superdimensionado em comparação com a preservação da vida de criaturas sencientes. O prazer sensorial dos humanos não pode competir com o tratamento brutal aos animais. Além disso, não precisamos de carne por razões nutricionais ou financeiras. Então, por que persistimos em permitir a violência nos nossos pratos?

Podemos nos perguntar como seria um Natal vegano. Graças à internet, podemos encontrar inúmeras opções de refeições veganas deliciosas e nutritivas para as festas. Podemos criar novas tradições de pratos típicos veganos e criar novas histórias familiares de como a vovó queimou o pão de lentilha naquela fatídica tarde de Ação de Graças. As festas não precisam de produtos alimentícios de origem animal.

No “já mas ainda não” da era atual, precisamos fazer um gesto rumo à imagem da era messiânica, quando o lobo será hóspede do cordeiro. Nas nossas relações com os animais, precisamos vê-los como nossos companheiros na criação de Deus, ao invés de máquinas de carne, leite e ovos, que podem ser brutalizados ao nosso bel prazer.

Como escreve o Papa Francisco, “hoje devemos decididamente rejeitar que, do fato de sermos criados à imagem de Deus e do mandato de dominar a terra, se deduza um domínio absoluto sobre as outras criaturas” [Laudato si', n. 67].

A ideia de que bilhões de criaturas sencientes são abatidas para satisfazer as nossas necessidades gastronômicas em torno das festas deve nos fazer dar uma pausa. O conhecimento das condições brutais nas fazendas industriais que nos fornecem carne, leite e ovos deveria nos horrorizar. Precisamos ouvir o clamor dos animais que sofrem nas mãos dos humanos sem nenhuma razão aceitável.

Enquanto caminhamos pelo tempo do Advento, antecipando o nascimento de Cristo, reflitamos sobre como seria uma cultura que respeitasse toda a vida. Enquanto Jesus vem ao nosso mundo dilacerado pela violência neste Natal, eu os convido a criarem seus próprios pequenos espaços livres de violência, acabando com a violência nos seus pratos.

 

 

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