Fome. ‘Estamos condenando o futuro de milhões de brasileiros’ – Frases do dia

Foto: Leonardo de França | Brasil de Fato

29 Novembro 2021

 

‘Estamos condenando o futuro de milhões de brasileiros’



“As novas pesquisas mostrarão infelizmente que os brasileiros que passam fome podem superar os 20% ou seja, mais de 40 milhões de pessoas, sem falar das crianças. Crianças que passam fome antes dos 5 anos, se sobreviverem, levarão essa marca da desnutrição o resto da vida. Ou seja, não terão um desenvolvimento intelectual e motor normal. Estamos condenando o futuro de milhões de brasileiros” - José Graziano da Silva, ex-ministro, ex-diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e atual diretor do Instituto Fome Zero – Portal Uol, 28-11-2021.

 


Aumento brutal


“Não se pode descuidar do combate à fome e à miséria, especialmente nos países com elevada desigualdade econômica. O índice de Gini cresceu no Brasil de 0,62 em 2015 para 0,68 em 2021, um aumento brutal de quase 10% num indicador que vai de 0 a 1 e é relativamente estável por décadas. Os dados da FAO mostram claramente que os países mais afetados pelo aumento da fome na pandemia são os que tem pior distribuição da renda. Ou seja, onde não tem miséria não tem fome” - José Graziano da Silva, ex-ministro, ex-diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e atual diretor do Instituto Fome Zero – Portal Uol, 28-11-2021.




Pandemia e as perdas dos mais pobres



"Segundo informe da Oxfam, "as 1.000 pessoas mais ricas do mundo recuperaram todas as perdas que tiveram durante a pandemia de covid-19 em apenas nove meses [entre fevereiro e novembro de 2020], enquanto os mais pobres do planeta vão levar pelo menos 14 anos para conseguir repor as perdas devido ao impacto econômico da pandemia" - José Graziano da Silva, ex-ministro, ex-diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e atual diretor do Instituto Fome Zero – Portal Uol, 28-11-2021.

 

Não podemos esperar 2023



“Mas quem tem fome não pode esperar. Por isso é necessária uma ampla mobilização da sociedade, como ocorreu com o Fome Zero depois da eleição do Lula em 2002. Quem decide acabar com a fome é uma sociedade e não o governo de plantão. Não podemos esperar 2023. Os estados e municípios, na ausência do governo federal, têm que assumir essa responsabilidade. E há muito que podem fazer, não tudo, mas muito” - José Graziano da Silva, ex-ministro, ex-diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e atual diretor do Instituto Fome Zero – Portal Uol, 28-11-2021.



Preocupação não está no centro, mas na direita



“É grande a expectativa no mercado e no mundo político em relação à rodada de pesquisas programadas para este final de ano. Com a campanha eleitoral completamente antecipada, levantamentos que, tradicionalmente, nesta altura do campeonato serviriam apenas para balizamento de estratégias, agora ganham contornos decisivos com a entrada de Sérgio Moro na disputa. A maior preocupação, diferentemente do que o senso comum supõe, não está no centro, mas na direita: se o ex-juiz confirmar o viés de alta, Jair Bolsonaro terá necessariamente que voltar a crescer, alertam governistas. Para eles, o pior cenário para o presidente seria terminar 2021 em quase empate técnico com Moro” - Alberto Bombig e Camila TurtelliO Estado de S. Paulo, 28-11-2021.

Redemoinho



“No PDT, a apreensão é grande diante do risco de Ciro Gomes perder pontos porcentuais para Moro e ser tragado pelo bololô inferior dos nomes de centro” - Alberto Bombig e Camila TurtelliO Estado de S. Paulo, 28-11-2021.

Âncora



“Justamente quando Bolsonaro precisa voltar a pontuar, uma nova onda da covid-19 se empina no horizonte eleitoral, mas o presidente mostra estar disposto a manter o tom negacionista no enfrentamento da pandemia. Ou seja, continuará apostando em fidelizar apenas os eleitores “radicais” - Alberto Bombig e Camila TurtelliO Estado de S. Paulo, 28-11-2021.



Pode chegar

 


“Foram consideradas um desastre as declarações do presidente sobre a nova variante do vírus. Só faltou ele dizer que a cepa será bem-vinda no País, observa um expoente do Centrão. O ministro Ciro Nogueira teve de correr para evitar o desastre completo e impor barreiras ao menos para passageiros de voos vindos da África do Sul” - Alberto Bombig e Camila TurtelliO Estado de S. Paulo, 28-11-2021.

 

Não acabou


“Pesquisas recentes indicam que os brasileiros relaxaram em relação à pandemia, mas não completamente. Segundo a Quaest, 55% se diziam muito preocupados com a covid-19 no início deste mês, quando a situação ainda não havia se tornado crítica na Europa e na África do Sul” - Alberto Bombig e Camila TurtelliO Estado de S. Paulo, 28-11-2021.



Orçamento secreto


“Vivemos em um país onde a cúpula do Congresso acha razoável dissimular os caminhos do dinheiro público”, sobre as emendas do orçamento secreto” - Alessandro Vieira, Cidadania-SE – O Estado de S. Paulo, 28-11-2021.

Forcinha


“Os presidentes das centrais sindicais (Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central) se reúnem com Geraldo Alckmin nesta segunda-feira, 29, em São Paulo. A intenção é apoiar a criação da chapa Lula-Alckmin e mostrar a união do grupo. Miguel Torres, presidente da Força Sindical, foi um dos articuladores da reunião” - Alberto Bombig e Camila TurtelliO Estado de S. Paulo, 28-11-2021.

O grande empazuellamento

 

"E a CPI da Covid temia que, depois de meses levantando os crimes contra a vida praticados pelo governo durante a epidemia, tivesse seu relatório posto para dormir pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Pois não há mais o que temer. O relatório já ronca no berço esplêndido da empazuellada PGR. Mas o grande empazuellamento, não por acaso, é o do Exército. Não importa quão cheios de vento, seus generais foram reduzidos a pazuellos por Bolsonaro, e isso também entrará para a história" - Ruy Castro, jornalista, escritor - Folha de S. Paulo, 24-11-2021.