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O Papa no hospital: uma carícia a retribuir. Artigo de Eugenio Scalfari

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07 Julho 2021

 

"Este é o Papa que temos e que o mundo possui. Nos últimos tempos nosso Francisco vê e sente a necessidade de que o mundo mude. Ele é um revolucionário à sua maneira. Não há papas, e quase nunca existiram, que se assemelhem a ele. As religiões no mundo são muito numerosas e cada uma tem quem a dirige e quem a atende, mas a religião de Francisco se apresenta como um fenômeno mundial e não para se beneficiar concretamente de seus resultados, mas para conviver com a cultura espiritual em relação a Deus". 

O comentário é do jornalista italiano Eugenio Scalfari, fundador do jornal La Repubblica, em artigo publicado por La Repubblica, 06-07-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo. 

 

Conheço o Papa Francisco há anos e por isso me considero um homem de sorte. Por acaso também conheci graças à minha profissão de jornalista outros papas não "romanos", mas de países europeus, mais cinzentos e severos do que Francisco, que vem de uma família piemontesa e da Ligúria que emigrou para a Argentina. O Papa passou a sua juventude na América do Sul e depois de um noivado, que foi principalmente uma promessa de garoto de doze ou treze anos, fez o noviciado no Chile na Companhia de Jesus. De volta à Argentina se formou em Filosofia em Buenos Aires. Em 1969 recebeu a ordenação sacerdotal e daí começou a sua carreira. Assim nasceu o nosso Papa e está agora hospitalizado em Roma depois de uma complicada cirurgia.

Claro que a esperança é que a cirurgia tenha tido bons resultados. Acredito que esse sentimento de afeto esteja muito vivo e disseminado nas pessoas da maior parte do mundo.

Para mim a dor, já disse, é profunda, não posso silenciá-la sem falar sobre ele. Eu o conheço há muitos anos. Uma vez, ele veio me visitar em uma clínica romana porque ficou sabendo que eu não estava bem e queria me ver. Ele subiu para o meu quarto e chegou até o meu leito onde me deu uma carícia e os votos mais afetuosos.

Fique bom rápido, ele me disse. Vocês entendem que coisas como essa afetam por toda a vida a nossa maneira de pensar e agir. E de fato isso aconteceu comigo, embora eu não seja uma pessoa religiosa. Conheço a história das religiões em geral e daquela cristã em particular, mas há conhecimento, o amor não.

O amor é algo aventureiro. Falando várias vezes com o Papa Francisco, apresentei a ele o problema de que os sentimentos religiosos muitas vezes se deterioram depois de serem sentidos profundamente.

Já fiz esta pergunta várias vezes ao Papa Francisco e ele respondeu que a religião se recupera com um sentimento pessoal muito intenso e, portanto, embora de formas diferentes daquelas do início, eles ressurgem entre as pessoas, que retomam seus sentimentos com uma religiosidade profundamente diferente do começo.

O Papa sabe dessas coisas, segue-as, espalha-as. Não é fácil encontrar um sacerdote que sinta a necessidade de reavivar os sentimentos religiosos de um povo que mudou o seu modo de pensar e de ser. É claro que existem sacerdotes que disseminam a retomada do sentimento religioso entre os fiéis que já se afastaram das igrejas, mas o Papa é outra coisa e não se limita a frequentar a religiosidade mundial, se ela está muitas vezes se apagando.

Sua Santidade viaja pelo mundo para reavivar os sentimentos religiosos. Da forma como ele os sente, são muito vívidos; se se extinguiram, ele é capaz de reavivá-los e difundi-los mesmo onde ainda não existem, mesmo mudando de alguma forma sua substância, objetivos, perspectivas e importância. Francisco viajou e ainda viaja pelo mundo, desde sua Argentina até o Japão, Austrália, China e toda a Europa.

Em suma, o mundo: este é o Papa Francisco, o pontífice que conheci e aprendi a apreciar com um sentimento próximo da amizade. Jesus de Nazaré é a sua referência principal, mas isso é óbvio, só faltaria isso! Jesus de Nazaré é um problema que o Papa sentiu desde os primeiros dias de sua religiosidade. Jesus se fez homem. Aquele que é o Filho de Deus, como demonstrou no jardim do Getsêmani e depois na cruz quando eram três pregados e Jesus se reconheceu em um dos dois e não no outro que não acreditava que ele fosse o salvador.

Esta é a religião de Francisco com toda a massa de questões que ela traz consigo tanto para os que se tornaram quanto para os que sempre foram religiosos, quanto pelos outros que acreditam no viver, no morrer para viver, no encontrar-se e amar-se com aqueles que pensam da mesma forma ou se sacrificam da mesma forma.

Este é o Papa que temos e que o mundo possui. Nos últimos tempos nosso Francisco vê e sente a necessidade de que o mundo mude. Ele é um revolucionário à sua maneira. Não há papas, e quase nunca existiram, que se assemelhem a ele. As religiões no mundo são muito numerosas e cada uma tem quem a dirige e quem a atende, mas a religião de Francisco se apresenta como um fenômeno mundial e não para se beneficiar concretamente de seus resultados, mas para conviver com a cultura espiritual em relação a Deus. E Francisco sempre foi capaz de sentir algumas profundas diferenças dentro de uma mesma religião.

Este é o mundo, é preciso vivê-lo, mudá-lo, melhorá-lo. Este é o mundo: saibam disso e vivam com isso. O mundo é Deus e somos nós, com nossas qualidades e nossos erros. E a Francisco eu retribuo hoje a carícia que ele me deu naquele dia.

 

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