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A ignorância da elite

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26 Mai 2021

 

“Raramente a ignorância da maioria é tão prejudicial como a da elite. Esta possui milhares de canais de distribuição cultural, dos 'tanques' aos especialistas, e é uma arma de poder. O que não é dito, turva o seu modelo”, escreve Fabrizio Mejía Madrid, escritor, ator e jornalista mexicano, em artigo publicado por La Jornada, 22-05-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

Dizer think tank remete você a um tanque de guerra e a um aquário. Lá dentro, algumas ideias são isoladas do mundo. Separadas do resto, ignoram muito mais coisas do que conseguem explicar. Nos inícios do neoliberalismo, o aquário foi a organização de Friedrich Hayek, von Mises e Milton Friedman, chamada Sociedade Mont Pèlerin, que se reuniu pela primeira vez em 1947.

Naqueles dias, era apenas a cristalização da utopia do livre mercado e a concorrência, duas coisas que se regulavam misteriosamente e que requeriam a ignorância de suas partes para atuar. Este primeiro grupo de economistas, jornalistas e diretores de universidades foi financiado, hoje sabemos, por corporações como General Electric, Du Pont, General Motors e a cervejaria Coors.

Com o dinheiro à vista, muito rapidamente as sociedades tipo Mont Pèlerin se multiplicaram dentro das universidades da Inglaterra e dos Estados Unidos. Os aquários se tornaram blindados de combate. Constituíram-se em consultorias que eram vendidas entre os governos que buscavam oferecer um ar de cientificidade para suas políticas públicas, como, por exemplo, os critérios irremovíveis de uma economia “saudável” ou de um índice de “competitividade”.

Desse modo, uma parte da academia foi consumida por sua própria ideia de competir e ganhar. Ao final, fossilizaram-se em dogmas e criaram uma rede que conectou a elite corporativa global com os funcionários de governo e em troca obtiveram dinheiro e influência política.

A partir da ilusória neutralidade da ciência econômica ou estatística, forjaram os critérios invariáveis e eternos que justificavam o já existente, e o venderam como política pública. Ninguém os elegeu para tal posição e muito menos houve transparência em seus financiamentos.

Todas as ideias que ficaram de fora do “tanque” foram rotuladas como pré-modernas, nacionalistas, totalitárias, não científicas. Curiosamente, rotuladas como ignorantes, quando o que o dogma neoliberal permitia era a exclusão do que não fosse a justificativa, não mais do mercado, mas do êxito medido em dinheiro, obtido por qualquer meio.

A ideia do neoliberalismo como “ciência” engendrou vários monstros. Um dos mais perniciosos foi o de que a realidade era apenas o medível. As quantidades adquiriram uma relevância cultural sem precedentes como única fonte de verdade e, em sua versão mais obtusa, de neutralidade.

O que os modelos e suas métricas medem e como nos representam se esconde na suposta dureza dos números. A econometria e a estatística fazem dos números uma espécie de poder soberano inquestionável, enquanto que, ao mesmo tempo, os neoliberais recorrem a razões não matemáticas para justificar seu êxito: a psicologia do empreendedor ou a “visão” empresarial, a “liderança”.

O que as teorias neoliberais e as metodologias estatísticas fizeram foi criar um mundo compartilhado apenas para acadêmicos, empresários, políticos e analistas da imprensa, rádio e televisão. Naquele aquário se entendiam e, enquanto censuravam o resto das ideias, aumentavam sua ignorância calculada contra tudo o que não justificasse o já existente.

Um exemplo dessa ignorância estratégica foi a “utilidade marginal” que justifica que 1% da elite acumule 99% da riqueza, do mesmo modo em que os diamantes são mais caros do que água. O especulador financeiro contribui mais para o valor da economia do que o agricultor. A desigualdade é confirmada no modelo matemático.

Outro monstro foi o de uma ideia formalista da democracia. Em muitos países, como o México, a ideia que se concretizou com “tanques”, cursos universitários e mesmo nos institutos encarregados pelas eleições foi a de que a democracia não podia passar de um conjunto de regras, sem conteúdo político. Era a visão estreita da filosofia do direito, enunciada como mandamento divino, da Universidade de Turim.

Aterrorizada pelas maiorias e a participação cidadã, a democracia de leis e regulamentos justificou, ao seu modo, o já existente: partidos, eleições periódicas, tipos de representação, resultados. Colocou a cabeça na esfera jurídica para não ver as desigualdades sociais, as emoções políticas e as fraudes contra a vontade cidadã.

A democracia de regulamentos é uma tecnocracia. A política como indignação moral ou esperança não vem no manual de procedimentos, razão pela qual a mera enunciação dos conflitos em uma sociedade é qualificada como “populismo”. Dizer que há desigualdade gera “polarização”, segundo esta visão tosca, do mesmo modo em que dizer que existe o racismo é racista. Daí à ideia de que só “os que sabem” deveriam poder votar e ser votados, é apenas um passo.

É tecnocrático pensar que apenas a elite com credenciais universitárias deveria governar ou que as emoções por trás de todo sufrágio são ruins porque é necessário votar de acordo com o modelo racional que nos diz quais são os nossos verdadeiros interesses e desejos. Com um modelo de democracia baseado quase exclusivamente em ignorar o político, ou seja, o conflito manifesto, os “tanques” se dedicam a medir a “eficácia” das políticas públicas com critérios que eles próprios traçaram.

Raramente a ignorância da maioria é tão prejudicial como a da elite. Esta possui milhares de canais de distribuição cultural, dos “tanques” aos especialistas, e é uma arma de poder. O que não é dito, turva o seu modelo.

Para voltar ao primeiro “tanque”, Hayek se negou a discutir publicamente o Plano Marshall que os Estados Unidos conferiam à Europa devastada pela guerra. Vetou aquele debate dentro de seu próprio aquário. Significaria assumir que a intervenção do Estado era economicamente urgente e politicamente necessária, que suas terias careciam da experiência do real, do falível. E optou pela cegueira.

 

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