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“Camus e Monod nos ensinam: devemos aceitar a nossa finitude.” Entrevista com Telmo Pievani

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21 Dezembro 2020

Albert Camus e Jacques Monod. Dois prêmios Nobel (o primeiro de Literatura, em 1957, o segundo de Medicina, em 1965). Dois ferrenhos defensores da liberdade. Ambos partidários contra o nazifascismo. Existe a sua amizade, e existem os fervorosos diálogos entre os dois, que se confrontam sobre uma ética do desencanto e sobre a finitude de todas as coisas, que está no centro do novo livro de Telmo Pievani.

A reportagem é de Simona Regina, publicada por La Stampa, 18-12-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Não se trata de um livro de divulgação, mas sim de um romance filosófico sobre fragilidade e liberdade, que entrelaça fatos e ficção para nos levar ao cerne das suas histórias muito pessoais, mas também da História e dos conhecimentos científicos da época.

Afinal, “Finitudine” [Finitude] (Ed. Raffaello Cortina, 280 páginas), através de uma fenda na trama do tempo, nos leva a 1960: Camus sobreviveu ao acidente de carro (que na realidade lhe custou a vida) e no hospital recebe as visitas do amigo Monod. Eles estão escrevendo um livro juntos e precisam corrigir seus rascunhos. Um livro no livro.

Pievani, filósofo da biologia na Universidade de Pádua, recorre a esse truque narrativo e funde as suas linguagens, a filosofia de Camus e a ciência de Monod, entregando-nos a visão comum deles sobre a vida, que, afinal, também é dele. “Rompeu-se a antiga aliança entre nós e a natureza, e não somos nada mais do que nômades errantes às margens de um universo, surdo e indiferente às nossas esperanças e aos nossos sofrimentos, no qual, porém, devemos viver. Mas, dentro dessa situação incômoda e frágil, somos livres, e, precisamente por ser única e irrepetível, a vida tem um grande valor, e nós temos o dever de honrar o melhor possível o fragmento de tempo que nos é dado.”

Por meio dos diálogos entre os dois, Pievani também propõe lições de biologia. De fato, Monod explica o que acontece no seu laboratório no Instituto Pasteur e ilustra as bases da biologia molecular, e Camus se torna uma espécie de intermediário do leitor: pede explicações e, se não entende, também pede desenhos que simplifiquem aqueles palavrões.

Eis a entrevista.

Uma forma diferente do habitual para fazer divulgação?

Através deles, que dialogam, eu explico conceitos muito difíceis. E, mesmo que os diálogos sejam imaginários, aquilo que eles dizem é verdade: fruto de um trabalho de escavação histórica laborioso, para fazer com que as pessoas não dissessem nada que ainda não fosse conhecido na época. Portanto, também tive que prestar atenção ao uso das palavras. Por exemplo, ainda não se falava em mudanças climáticas, enquanto quem falava de engenharia genética eram os escritores de ficção científica. Assim, imaginei que Monod ou Camus tivessem lido o estadunidense Jack Williamson.

Na época, as mudanças climáticas não estavam no centro do debate, mas Camus e Monod falam de nós, humanos, como de uma espécie invasiva, tanto que, para o restante dos seres vivos, a finitude se apresenta com a face do Homo sapiens.

Fui eu quem os fiz dizer isso e me senti autorizado a fazê-lo. Porque é verdade que ainda não se falava de crise ambiental – a Primavera Silenciosa de Rachel Carson, por exemplo, veio depois (1962) –, mas se falava de devastação do ambiente após a revolução industrial. E Monod e Camus defendiam que a finitude de todas as coisas deve nos inspirar também uma solidariedade ecológica e estavam empenhados contra a proliferação nuclear: eles diziam que o ser humano inventou um instrumento capaz não só de destruir a si mesmo, mas também o planeta.

Você põe em cena um debate secular sobre o sentido do fim de todas as coisas, que não leva ao niilismo e ao pessimismo. Como é possível conviver com a consciência de que tudo acaba e de que não haverá outra história depois da última história?

Camus e Monod encontram uma solução ética para a finitude. Eles defendem que devemos aceitá-la sem confiar em esperanças metafísicas: um caminho impedido para eles, assim como para mim. E, na finitude, fundamentam virtudes éticas muito importantes, como a liberdade e a solidariedade: se tudo acabou, e a nossa vida não depende de nenhum designer inteligente, somos livres e solidários neste frágil destino comum. E, como argumenta Camus, se a vida é uma oportunidade única e irrepetível, ela tem um valor absoluto, razão pela qual é imperdoável a pena de morte e qualquer violação da integridade da vida.

Desencadeia-se um curto-circuito com o presente quando eles falam da peste e dizem que nós negaremos o próximo flagelo, depois nos abandonaremos ao pânico e, em seguida, virá o tempo da desolação. E, como ocorre hoje, nos perguntaremos se, por causa da peste, tornamo-nos melhores ou piores.

Na realidade, há um curto-circuito no curto-circuito. Entre o “De rerum natura” de Lucrécio, “A peste” de Camus e a “peste” que estamos vivendo. Porque, como diz Camus, certos esquemas se repetem: quando chega uma epidemia, sempre ficamos surpreso. E depois, quando ela vai embora, o esquecimento toma conta. Temo que também será assim desta vez. Com a vacina, sairemos dela, mas, se quisermos ser sapiens, devemos entender que aquilo que aconteceu tem causas profundas e, se não as removermos, nos encontraremos novamente em situações semelhantes. Assim como quando acaba a peste em Oran: todos festejam, mas a peste está escondida e viaja para outra cidade que se crê feliz. Pois bem: essa é uma chave de leitura para entender como deveremos nos comportar em 2021, quando a nossa praga for embora.

Mas entre nós e os vírus sempre há uma corrida evolutiva.

Sim, em sentido lato, nós, como mamíferos, interagimos com os vírus há dezenas de milhões de anos. Primeiro, os vírus travaram a sua luta com as bactérias, que são seus verdadeiros inimigos evolutivos, e depois com os organismos pluricelulares, incluindo nós. Tanto que 8% do DNA humano é viral. O que deveria nos preocupar e sobre o qual não falamos o suficiente é que nos últimos milênios, primeiro com a revolução agrícola, depois com a convivência com os animais que são portadores de vírus, depois com a devastação ambiental, multiplicamos as possibilidades de os vírus darem o salto de espécie e nos atacarem, como aconteceu desta vez.

Então, foram os vírus que encontraram a forma de enganar a finitude?

Paradoxalmente, sim: os vírus são genes egoístas em estado puro, como diria Richard Dawkins. Eles também são finitos, mas, se um vírus coloniza uma célula, ele transfere o seu material genético, e assim o seu DNA ou RNA é virtualmente eterno. Afinal, os vírus são máquinas biológicas que fazem uma única coisa e a fazem muito bem: cópias de si mesmos. O DNA pode ser uma forma de desafiar a finitude, mas não a nossa. Porque, como dizem Camus e Monod, nós também carregamos informações genéticas. Se tivermos filhos, essa informação não morre, mas é transmitida, mas a nós interessa a nossa vida individual e a nossa consciência, e esta não existe mais, mesmo que os genes passem aos filhos e netos.

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