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25 Novembro 2020

"Nesta época de bipolaridade e extremismo, por conta das opiniões divergentes, o autoritarismo vem ganhando terreno, criando rapidamente uma sociedade na qual o medo é compartilhado e o ódio é disseminado como força reguladora da sociedade", escreve Raphael Colvara Pinto, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Vigário Paroquial de Saint Charles, na Arquidiocese de Boston.

Eis o artigo.

O ódio, a intransigência e o racismo, como símbolos de nossa sociedade, despontam como lócus emblemático, desafiando até mesmo os mais lúcidos a testarem os limites de sua paciência.

Hoje há uma suposição compartilhada de que vivenciamos uma transformação completa. Palavras como solidariedade e empatia viraram ficção surreal, apontando para um horizonte que oscila entre a ordem e caos, num mundo que ainda não é, mas que também não vislumbrou o que virá a ser. Uma circunstância marcada por movimentos e situações, onde a irracionalidade flerta com a realidade presente, constituindo-se em uma experiência catastrófica que é, ao mesmo tempo, individual e coletiva.

Em nossos tempos, as cavernas e os labirintos tornaram-se um signo da ambiguidade. Uma sucessão perpétua de novos começos e fins que buscam libertar o passado para enfrentar o futuro. Lá, escrevemos rabiscos disformes que expressam o cárcere de nossos temor, contradição e busca por segurança.

Na visão do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (2007a. p. 7), a modernidade falhou em suas promessas de trazer segurança, tornando-se mais consciente de sua natureza autodestrutiva e ambivalente.

A metáfora da fluidez (BAUMAN, 2007a. p. 8) constitui-se em uma chave de leitura para compreensão da velocidade na vida contemporânea, marcada por uma realidade porosa, onde uma constância é indesejada, até mesmo temida.

Essa ambivalência torna-se a base de um projeto contínuo, sintonizado com a produção da mobilidade e indeterminação, onde a única certeza é de que, provavelmente, tudo mudará.

As sociedades de hoje são mais predispostas a se sentirem ameaçadas e inseguras. Os relacionamentos são projetados cuidadosamente para que sejam previsíveis, evitando o contato vinculativo e íntimo com pessoas desconhecidas e, portanto, potencialmente perigosas. Consequentemente, o universo social organizou-se por busca frenética de autoproteção, categorizando as pessoas por meio de estereótipos, estabelecendo uma linha clara de demarcação entre “nós” e os “outros” (BAUMAN, 2003, p. 57).

Bauman (2007a. p. 63) explica que “insegurança moderna não deriva necessariamente da carência de proteção, mas, sim, da falta de clareza de seu escopo”. O autor entende que a individualização exacerbada, imposta pelo paradigma moderno, é a grande responsável por essa situação calamitosa; isso dá-se pelo fato das esferas comunitárias terem sido substituídas pelo individualismo-solipcista.

Nesta época de bipolaridade e extremismo, por conta das opiniões divergentes, o autoritarismo vem ganhando terreno, criando rapidamente uma sociedade na qual o medo é compartilhado e o ódio é disseminado como força reguladora da sociedade.

Os constantes fluxos de posturas divergentes têm empurrado a sociedade para visões de mundo cada vez mais estreitas, dificultando a percepção de como as pessoas entendem o seu papel relacional com os outros. Observar esta dura realidade pode parecer assustador. Tais eventos desenrolam-se de maneira complexa e as diferentes forças colidem de maneira vertiginosa.

Talvez, seja necessário reconstruir tudo novamente, ao invés de simplesmente recriar ou inventar, pois o tempo sempre convoca à resistência, abrindo novos caminhos. Contudo, o futuro é um processo incerto e não um local estável.

Na vida, as estradas não ficam mais retilíneas simplesmente pelo fato de serem percorridas. Dobrar a esquina na bifurcação ou seguir reto, não nos dá garantia de que encontraremos respostas fáceis para os dilemas históricos. Ao contrário, teremos que aceitar fazer esse trajeto, assumindo o ônus e os riscos do caminho. Assim, percorreremos esta viagem marcados pela esperança e utopia que sempre apontam para um horizonte tardio.

 

Referências:

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001.

BAUMAN, Z. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro. Editora Zahar, 2003.

BAUMAN, Z. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2007a.

BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2007b.

 

Leia mais

  • “Entramos na era da insegurança ou na era do medo”. Entrevista com Gilles Lipovetsky
  • Nos dias do medo vamos construir a era do “nós”. Entrevista com Vittorino Andreoli, psiquiatra
  • O vírus do medo
  • Bauman, crítico da modernidade, e as existências líquidas sempre em risco. Artigo de Donatella Di Cesare
  • Bauman: mundo líquido, obra sólida
  • “Hoje há muito individualismo, os mortos são só números”. Entrevista com Umberto Galimberti
  • “Com a reclusão compulsória, assistiremos a um fortalecimento do individualismo”. Artigo de David Le Breton
  • “A crise atual levará a uma transformação da consciência coletiva dentro do individualismo”, afirma Peter Sloterdijk
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