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Papa Francisco e as uniões civis. Nós precisamos de clareza, não de um blecaute midiático

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30 Outubro 2020

“Em vez de debater com os inimigos de má-fé, Francisco oferece a eles todas as oportunidades de que precisam para serem desacreditados. É isso que está acontecendo agora? Talvez apenas o próprio Francisco saiba. Se for, desta vez a estratégia está falhando – pior ainda, é a estratégia errada, uma espécie de erro de categoria. O problema não é apenas que isso levou a uma crise midiática; isso criou uma crise moral”, escreve Matthew Sitman, editor da revista Commonweall, em artigo publicado por La Croix, 28-10-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

Na última quinta-feira acordei surpreso – e para muitos de nós, acolhido – com as notícias: o Papa manifestou-se a favor da união civil para casais gays e lésbicos.

“Eles são filhos de Deus e tem o direito a ter família”, disse ele em uma entrevista registrada no documentário Francesco, lançado recentemente. “Ninguém deveria ser descartado, ou ser feito miserável por causa disso”.

Então veio a linha que gerou muita controvérsia: “O que é necessário é uma lei de união civil, dessa forma estarão legalmente protegidos”.

As manchetes se espalharam por toda imprensa católica. “Papa Francisco declara apoio à união de casais do mesmo sexo pela primeira vez como Papa”, como exemplo típico.

Jornais populares como o Washington Post reportaram as notícias de forma similar: “Papa Francisco pede por lei de união civil para casais homossexuais”.

Enquanto isso, diferentes comentários nos explicavam o que isso significava.

Um dos seus biógrafos, capturando o clima entre muitos dos admiradores de Francisco, descreveu o Papa como “falando direta e inequivocamente do direito dos gays de estar em famílias, ou seja, relacionamentos amorosos de cuidado e ternura sustentados por um compromisso de longo prazo”.

Essas manchetes e as histórias e comentários girando em torno delas eram, estritamente falando, acuradas.

Foi a primeira vez desde que se tornou Papa que Francisco falou publicamente a favor da união civil para casais do mesmo sexo, e tal endosso não deveria ser minimizado – mesmo que parecesse uma concessão tardia.

Como argumentou Francis DeBernardo, o diretor executivo do New Ways Ministry, quando o Papa fala, “ele envia ondas que afetam como as políticas e o ministério pastoral são executados em todos os níveis da Igreja”.

Embora ele não estivesse falando diretamente sobre a doutrina, ou defendendo qualquer mudança formal no ensino da Igreja, as palavras de afirmação de Francisco poderiam encorajar paróquias e padres, e todos os católicos, a serem mais receptivos às pessoas LGBTQ.

Como DeBernardo também enfatizou, os comentários podem fazer a diferença especialmente em lugares onde, muitas vezes com o apoio dos bispos locais, as relações entre pessoas do mesmo sexo têm sido criminalizadas.

Mas desde que as notícias do que Francisco disse se espalharam, a história se tornou mais complexa – e confusa. Acontece que seu apoio a uniões civis nem mesmo aconteceu durante as filmagens de Francesco.

Pelo contrário, como noticiou o New York Times, os comentários do Papa foram feitos em uma entrevista de 2019 a uma emissora mexicana, a Televisa. Foi filmado com câmeras do Vaticano, e eles controlaram o que poderia ser feito com a filmagem.

De acordo com duas pessoas próximas à Televisa, “o Vaticano cortou os comentários do Papa sobre as uniões do mesmo sexo na edição”.

A filmagem bruta captura a citação sobre as uniões civis, porém, foi guardada nos arquivos do Vaticano. Quando os criadores do documentário tiveram acesso aos arquivos, eles encontraram a filmagem e a usaram.

Então, os comentários de Francisco finalmente foram tornados públicos. Embora esse caminho fosse truncado para serem compartilhados, significa que palavras como “declara” ou “pede” ou “direta e inequivocamente” são, se não literalmente erradas, pelo menos altamente enganosas.

Que tipo de declaração é feita ao permitir, talvez inadvertidamente, imagens de arquivo a serem usadas em um documentário?

Uma vez que não sabemos se Francisco sabia que o endosso havia sido cortado da entrevista original ou se ele sabia que seria incluído no novo documentário, pode-se dizer que ele pretendia divulgar essas opiniões agora, quanto mais descrevê-lo como um apelo direto a tais medidas?

Essas são questões legítimas, não acusações conspiratórias – que alguns, infelizmente, aceitaram.

Parece não haver razão para questionar a autenticidade da filmagem e, embora as nuances da frase em espanhol que Francisco usou, “convivencia civil”, possam ser debatidas, há um amplo consenso de que inclui o que comumente se entende pelo termo uniões civis.

O esclarecimento sobre essas questões, infelizmente, não parece estar disponível. Como revelou a Associated Press, “o Vaticano se recusou a comentar e impôs uma espécie de blecaute midiático sobre o assunto”.

Nenhum dos meios de comunicação internos do Vaticano informou sobre a citação cortada, e na sexta-feira o jornal Il Fatto Quotidiano citou um e-mail de um funcionário do ministério de comunicações do Vaticano para outro dizendo que não haveria qualquer comentário, mas fala que estão “lidando com a atual crise midiática”.

Se esse for realmente o caso, ele abala ainda mais a noção de que o endosso do Papa é melhor entendido como um anúncio de algum tipo.

O Vaticano não diria pelo menos algo afirmativo sobre o que aconteceu, ou estaria preparado para responder de alguma forma, se essa fosse a intenção?

Como as palavras de Francisco estão sendo entendidas

É verdade, então, como disse o funcionário anônimo, que o Vaticano está enfrentando uma crise midiática. Eles mais uma vez perderam o controle sobre como as palavras de Francisco estão sendo entendidas.

Entre os geralmente amigos do Papa, a tendência tem sido alternar entre saber de observações de que seus comentários dificilmente eram chocantes – ele apoiava as uniões civis como uma alternativa ao casamento entre pessoas do mesmo sexo quando era arcebispo na Argentina – e garantias vigorosas que mais uma vez ele provou seu compromisso em traçar um curso diferente para a Igreja nas questões LGBTQ.

Essas posições não são necessariamente incompatíveis ou contraditórias, é claro; o que importa é que, mesmo entre os partidários de Francisco, há incerteza sobre o que significa seu endosso.

Essa incerteza também deu a outros comentaristas, incluindo aqueles inclinados a rejeitar as visões progressistas sobre as questões LGBTQ, bem como aqueles críticos de Francisco, a chance de definir o que aconteceu.

Por não dizer o que suas palavras significavam e não significavam, elas foram interpretadas por outrem.

Algumas vezes isso toma forma de ênfase, corretamente, porque Francisco não alterou o ensino da Igreja sobre sexualidade e casamento – isso é, a prioridade é dada ao que ele não disse.

Mike Lewis, por exemplo, corretamente notou que “as palavras de Francisco aqui pertencem inteiramente a uma ordem de prudência. Não eram sobre assuntos doutrinais”.

No entanto, é precisamente porque Francisco ponderou sobre uma questão prudencial que seria útil saber mais sobre suas intenções. Ele não precisa elaborar uma grande teoria dos direitos LGBTQ para ajudar seu rebanho a entender melhor o que ele queria trazer à nossa atenção.

Seria útil saber se seu endosso é melhor entendido como um comentário comum em continuidade com suas posições anteriores, ou se seu propósito era agitar as coisas, para impressionar os católicos que a oposição às proteções legais básicas para pessoas LGBTQ não seria mais tolerado.

Os relatos que esvaziam, se não rejeitam, a importância das palavras do Papa estão mais próximos da verdade?

Porém, mais prejudicial é que o silêncio do Vaticano deu àqueles que se opõem ao papado de Francisco uma abertura para retratar o endosso de forma mais sombria – apenas como “a mais recente prova de que ele está minando perigosamente o ensino da Igreja”.

Eles preocupam-se desde variadas questões: das mais sóbrias, sobre como suas palavras podem ser enquadradas com declarações sobre o assunto, a acusações mais violentas, de heresia.

Alguns desses críticos não ficariam satisfeitos com qualquer explicação que Francisco possa oferecer, mas certamente alguns católicos justos, que podem ser céticos em relação aos seus comentários, apreciariam uma maior clareza sobre o que ele quis dizer, especialmente se ele pretendesse que fossem interpretado de forma restrita como pouco mais do que a permissão para parar de travar uma batalha de retaguarda nas guerras culturais.

Uma possível interpretação do que Francisco poderia estar fazendo, de acordo com seu estilo preferido de liderança, é que ele está iniciando o debate, mais do que decidindo.

Ao divulgar esses comentários, mas deixando suas intenções um tanto vagas, Francisco está deixando a questão ser discutida e debatida.

A intenção é ser pedagógico: ele levanta a saliência de uma questão e, assim, provoca uma ampla conversa sobre ela.

Isso não apenas sinaliza que a questão está em seu coração, mas também atrai seus apoiadores e críticos, permitindo que ele analise as respostas aos seus comentários.

Armado com esse conhecimento, ele é mais capaz de discernir o caminho a seguir.

Isso estaria de acordo com a maneira como Francisco usou um “silêncio” estratégico em outros momentos de seu papado.

Em uma das observações mais nítidas sobre seu papado, Austen Ivereigh mostra de forma convincente em seu livro recente, Wounded Shepherd (Pastor Ferido, em tradução literal), que Francisco frequentemente evita confrontos diretos com seus inimigos.

Seu silêncio não apenas dá a eles o “espaço” para se apresentarem e se revelarem, ajudando-o a ver melhor as forças que se opõem a ele, mas também pode levá-los à raiva frenética enquanto se frustram cada vez mais com a recusa de Francisco em cair nos ataques.

Considere apenas como exemplo a tentativa de golpe do arcebispo Viganò, que inicialmente teve uma recepção calorosa de vários católicos conservadores e deu lugar a despachos e publicações malucas em um punhado de veículos de direita.

Em vez de debater com os inimigos de má-fé, Francisco oferece a eles todas as oportunidades de que precisam para serem desacreditados.

É isso que está acontecendo agora? Talvez apenas o próprio Francisco saiba. Se for, desta vez a estratégia está falhando – pior ainda, é a estratégia errada, uma espécie de erro de categoria.

O problema não é apenas que isso levou a uma crise midiática; isso criou uma crise moral.

Às vezes, a ambiguidade em nome da preocupação pastoral pode ser apropriada: quando se trata da comunhão para católicos divorciados e recasados, por exemplo, as particularidades de cada situação realmente importam. O discernimento é necessário porque nenhuma regra pode cobrir todas as possibilidades.

Mas direitos legais para a população LGBTQ, incluindo a união civil, não são sobre discernir os seus lugares na Igreja. Não é sobre condição espiritual.

São direitos seculares. Eles são sobre se a dignidade dada por Deus às pessoas LGBTQ merece reconhecimento legal ou não.

Eles tratam de saber se o abuso e a perseguição de pessoas vulneráveis são tolerados por seus governos ou não. É uma pergunta sim ou não. As vidas e amores das pessoas LGBTQ merecem proteção do Estado?

Não há nenhuma boa razão para Francisco permanecer ambíguo sobre isso. Suas palavras realmente importam. Ele deveria usá-las novamente, e logo.

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