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“Só mamãe e papai te amam”: o tabu de certos pastores da Igreja. Artigo de Andrea Grillo

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26 Outubro 2020

"A dureza e a rigidez com que os dois pastores (G. Müller e o bispo italiano de Reggio Emilia) se manifestaram sobre o tema das 'uniões civis' são o resultado de um duplo preconceito que paralisa a relação com a experiência. Como se absolutizam categorias velhas do pensamento institucional e moral da Igreja – elaboradas para outros mundos que não o nosso – cai-se em afirmações de uma extrema gravidade", escreve Andrea Grillo, teólogo italiano e professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em artigo publicado por Come Se Non, 25-10-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Acho que é justo, diante de afirmações aberrantes como as que foram proferidas nos últimos dias por alguns pastores da Igreja Católica, deixar de lado a emotividade e usar a cabeça.

A teologia também tem esta tarefa: examinar os argumentos que são feitos para tomar uma determinada posição. Parece-me que, nas declarações tanto de Dom [Massimo] Camisasca [bispo de Reggio Emilia, na Itália] quanto nas de Dom [Gerhard] Müller [ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé], há a presença de um “argumento oculto”, que comanda todo o raciocínio e que leva ambos a conclusões totalmente inadequadas ao objeto da discussão. É justo que a cidade fale sobre isso e se escandalize. É justo que a Igreja fale sobre isso e também se escandalize.

Vou prosseguir muito simplesmente relatando acima de tudo algumas afirmações dos dois pastores e, depois, examinando as suas fraquezas. Especifico que temos duas longas entrevistas de Müller (de 23-10-2020, sobre a qual, com Riccardo Saccenti, já escrevi aqui), das quais tomarei apenas três frases exemplares. Enquanto Camisasca concedeu uma curta entrevista em vídeo (de 24-10-2020), da qual examino a frase central.

Algumas expressões do “sofrimento teológico”

Em uma das entrevistas, Müller faz a seguinte afirmação, respondendo à pergunta em que se diz: “Francisco, no entanto, não fala de matrimônio”.

“As uniões civis não significam nada para a Igreja. Existem amizades não eróticas entre pessoas do mesmo sexo e do outro sexo, e a Igreja deve permanecer dentro desse perímetro. O resto não lhe pertence.”

E, depois, referindo-se às palavras do papa, acrescenta:

“As suas palavras provocaram uma confusão na doutrina católica.”

E, na outra entrevista, Müller é ainda mais explícito. À mesma pergunta, ele pergunta: "Mas Francisco não falava de casamento ... mas de união civil", Müller responde com estas palavras:

“E qual é a diferença, no fim das contas? Em muitos Estados, as chamadas uniões têm sido apenas a premissa para o reconhecimento dos casamentos gays. Por isso, muitos fiéis estão perturbados, pensam que essas palavras seriam apenas o primeiro passo para uma justificação das uniões homossexuais, para a Igreja, e isso não é possível.”

Por sua vez, Camisasca profere apenas três frases curtas, de improviso, com as quais “interpreta” aquilo que o papa disse: que as pessoas homossexuais devem ser acolhidas como filhos de Deus; e, depois, acrescentou duas frases que eu transcrevo:

“O papa disse que elas têm o direito de ter uma família. Essa família é a família dos seus pais. O papa não equiparou as uniões civis e o matrimônio: o matrimônio diz respeito a um homem e uma mulher; as uniões civis dizem respeito a outras situações.”

O “tabu” de Müller e Camisasca

Como é evidente, as duas posições não coincidem na intenção de fundo: enquanto Müller contesta o papa “paulinamente”, Camisasca oferece uma interpretação que lhe garante o mais amplo consenso. Mas ambos não captam a novidade positiva, ou seja, a recuperação da “pluralidade de foros” da qual a experiência familiar precisa.

Foi Paolo Prodi, em um admirável estudo sobre a “ideia de justiça”, que notou como a Idade Média conheceu a possibilidade de julgar a mesma realidade em níveis paralelos diferentes. Nessa linha, como esquecer que São Tomás de Aquino, como homem medieval, diz que o matrimônio é “generatio ad diversa: ad naturam, ad civitatem, ad ecclesiam”?

Tentemos descobrir qual é, para Müller e Camisasca, o “ponto cego” do seu raciocínio. Acredito que seja a noção de “família”, que ambos não conseguem distinguir da noção de matrimônio. Para ambos, funciona um duplo silogismo maximalista que poderíamos formular assim:

Primeiro silogismo:

a) existe vida familiar merecedora de proteção jurídica somente onde há matrimônio;

b) para as pessoas homossexuais, não pode haver matrimônio;

c) logo, a única forma familiar que elas podem conhecer é a família de origem.

Não é difícil entender com quais lentes deformadas esse raciocínio olha para além da sacristia.

O segundo silogismo é este:

a) o único lugar de exercício da sexualidade é o matrimônio;

b) as pessoas homossexuais não podem se casar;

c) logo, a sua condição de pecado só pode ser salva por “relações não eróticas”.

Confunde-se a tarefa com o fato, e se raciocina como se este não fosse o ideal, mas o real.

O novo horizonte

O que devemos admitir, ao contrário de Müller e Camisasca? As duas afirmações sobre as quais hoje é necessário refletir, e que o magistério de Francisco “colocou em obras” desde o duplo Sínodo sobre a família, podem ser assim sintetizadas:

- O primeiro silogismo parte de uma afirmação “abstrata”: a coincidência entre família e matrimônio. Isso nunca foi verdade e também não o é hoje. A forma de vida familiar e a instituição do matrimônio nunca foram sobrepostas. Acima de tudo, é preciso reconhecer com lucidez que hoje – assim como no mundo antigo, medieval e moderno, embora em modalidades diferentes – há “famílias” que não têm um matrimônio na base. O “fato familiar” apresenta gestos, relações, gerações, vidas conviventes diante das quais a Igreja nunca pôde se virar dizendo: “Não nos pertence”. O primeiro erro de “lógica eclesial” está aí.

- O segundo silogismo está relacionado com o primeiro, mas se move principalmente no plano “moral”. E elabora uma “teoria geral da sexualidade” restrita apenas à esfera matrimonial. Toda a sexualidade exercida “fora do matrimônio” é uma “ofensa à castidade”. Daí todos os “vícios da castidade”, contemplados pelo Catecismo sob o lema “de sexto”. Se passarmos da “tarefa” ao fato, devemos reconhecer, não só hoje, que o exercício da sexualidade existe e floresce também antes e ao lado do matrimônio. Isso podemos não nos agradar, mas é assim. Pensar que podemos reduzir toda a experiência ao princípio do único lugar legítimo como lugar matrimonial é um ideal que se idealiza e se torna violento. Assumir o fenômeno da “sexualidade” com clarividência não apenas como uma “função da reprodução” implica uma reavaliação profunda dessas categorias rígidas demais e, por isso, desumanas.

O escândalo da cidade e o escândalo da Igreja

A dureza e a rigidez com que os dois pastores se manifestaram sobre o tema das “uniões civis” são o resultado de um duplo preconceito que paralisa a relação com a experiência. Como se absolutizam categorias velhas do pensamento institucional e moral da Igreja – elaboradas para outros mundos que não o nosso – cai-se em afirmações de uma extrema gravidade.

A indiferença em relação ao “cuidado civil” e a proposta de uma solução “familiar” com aquilo que muitas vezes é o problema – a família de origem e não a família eletiva – indicam que a falta de uma boa teologia se torna, para os pastores e para os cristãos, uma espécie de analfabetismo de retorno, que altera não só a possibilidade de dar respostas sensatas, mas também a capacidade de ver os problemas na sua evidência. Isso é grave e, quando se trata de bispos, também é escandaloso.

É escandaloso que esses pastores não consigam mudar de ótica, nem mesmo que um papa lhes diga isso. E preferem ou contestá-lo visceralmente a fazê-lo se passar por um velho caquético que, diante da demanda de um jovem de “desmamar de casa”, responde: “Só a mamãe e o papai te amam”.

Paternalismo moral e velhos preconceitos antimodernistas sequer permitem entender a demanda que surge da vida e, assim, sugerem respostas que soam ao mesmo tempo cômicas e arrogantes.

 

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