20 Outubro 2020
Quatro ex-alunos do Colégios Santo Inácio de El Bosque apresentaram uma demanda de indenização que chega ao montante de 480 milhões de pesos chilenos (mais de 60 mil dólares na cotação atual) contra a Fundação Santo Inácio e a ordem religiosa Companhia de Jesus no Chile.
A reportagem é publicada por El Periscopio, 19-10-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Os sujeitos foram identificados como Sebastián Milos, Daniel Palacios, Allan Pineda-Reyes e Juan Pablo Barros, que acusam o padre Jaime Guzmán de ter cometido abusos entre 1986 e 1992.
A ação, que foi recebida para tramitação no último mês de agosto pela 13ª Vara Cível de Santiago, descreve uma série de humilhações sofridas pelos jovens, pelas quais exigem o recebimento de 120 milhões de pesos cada um por danos morais.
Além disso, na ação movida pelos quatro, eles também acusam a instituição de não só não tomar as medidas necessárias para evitar os abusos, mas também infringir o dever de zelo na seleção de seus padres e professores.
O responsável pela ação é o advogado Juan Pablo Hermosilla, que também representa as vítimas de Karadima, e a professora de Teologia Marcela Aranda, principal denunciante do padre Renato Poblete, também jesuíta.
Em junho de 2019, a Companhia de Jesus denunciou a expulsão de Guzmán, após a conclusão do processo administrativo penal por abusos contra menores que a Congregação para a Doutrina da Fé encomendou ao superior geral dos Jesuítas, Arturo Sosa, s.j. O religioso também foi privado do estado clerical.
“Parece-nos absolutamente legítimo que alguns optem pelo caminho judicial, especialmente considerando que os tribunais são o ente e objetivo do Estado dedicado a fazer justiça”, opinaram do Centro de Prevenção e Reparação da Companhia de Jesus.
