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03 Outubro 2020

“Muitos maestros não conhecem o latim, não o estudaram. Estou falando dos maestros que executam o ‘Requiem’ de Verdi: a primeira palavra que o coro pronuncia é ‘Requiem’. Os maestros leem a indicação dinâmica escrita na partitura: ‘pianissimo’, ‘sottovoce’, e se detêm na palavra ‘Requiem’. Mas a frase inteira é ‘Requiem aeternam dona eis Domine’. ‘Requiem’ é acusativo e é regido pelo verbo ‘dona’, que é o motor da frase, por isso deve ser executado pianissimo, mas expressando um senso de pedido desesperado. Não é uma frase passiva, expressão de uma situação de quietude. Às vezes, é executado sem vida, detendo-se apenas na primeira palavra, enquanto, ao invés disso, é preciso pôr a atenção no verbo. Pensemos em um erro análogo na ‘Traviata’ de Verdi, quando o tenor entoa a célebre ária ‘Dei miei bollenti spiriti, dimenticandodi accentuare il seguito’...”

A reportagem é de Aldo Cazzullo, publicada em Corriere della Sera, 02-10-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o que acontece ao se juntar duas cabeças como Riccardo Muti, o mais importante maestro do mundo, e Massimo Cacciari, filósofo de genialidade multiforme.

O resultado é um pequeno livro intitulado “Le sette parole di Cristo” [As sete palavras de Cristo] (133 páginas, que a editora Il Mulino está prestes a publicar), cuja leitura é um puro prazer intelectual, que passa pela música, teologia, fé, pintura.

A frase inicial vem justamente de uma pintura que Muti e Cacciari admiram junto com Capodimonte: a Crucificação de Masaccio, uma das obras que inauguram a grande época renascimental. O Cristo moribundo acaba de pronunciar a sétima das suas últimas frases, confiando a alma ao Pai.

Crucificação de Masaccio, de 1426 (Foto: Wikipédia)

Os autores recordam as sete últimas palavras do Nosso Redentor na cruz, as sete sonatas compostas por Haydn provavelmente em 1786 para a cerimónia da Sexta-Feira Santa celebrada na Catedral de Cádiz, que Muti dirigiu – e Cacciari escutou – no Festival de Ravena.

São, portanto, Masaccio e Haydn que inspiram o diálogo, que acaba dando som, voz, música à pintura e dando forma, perspectiva e cor à partitura. O filósofo ainda se lembra das palavras com que o maestro convidou o público de Ravena à escuta: “Cada um de vocês se encontrará com a própria vida, as próprias dores, os próprios medos, as próprias esperanças, todos unidos em Cristo; a humanidade de Cristo é a humanidade de vocês que escutam”.

“Pater, dimitte illis quia nesciunt quid faciunt”; Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. A palavra-chave, aponta Muti, é a primeira, “pater”, evocada pelos violinos, com um tom contemplativo e melancólico em que Cacciari capta, além do pedido de perdão, o desencanto sobre a natureza “daqueles”, de nós, seres humanos.

“Hodie mecum eris in paradiso”; em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso. O hoje, ressalta Cacciari, é o hoje perfeito: um “Hodie” eterno, que indica aquilo que está para acontecer em questão de poucas horas e, ao mesmo tempo, dá a medida da eternidade. “E de fato – responde Muti – as notas são: ‘dó-mi-ré-si-dó’, Haydn começa do dó e volta ao dó, e depois ‘sol-dó-si-lá-sol’, começa do sol e volta ao sol. Portanto, formam-se como que dois círculos”, precisamente o símbolo do infinito: “Uma ideia consciente ou um mistério do gênio?”.

“Mulier, ecce filius tuus”; Mulher, eis o teu filho. Aqui, a palavra-chave é “ecce”. A sonata começa com duas trompas. Uma escolha ousada, que os autores leem à luz e do grito mudo de Cristo de Masaccio e do pranto não só de Nossa Senhora e de São João, mas também e sobretudo de Madalena, que, na obra de Capodimonte, representa idealmente a humanidade.

“Deus meus, Deus meus, ut quid derelequisti me?”; Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? Para representar a frase mais dramática, a música deve expressar um senso de arrastamento; o som para de repente, “como se fossem soluços”.

“Sitio”, tenho sede. Quase um impulso para sobreviver. Depois de pensar nos algozes, no bom ladrão, na mãe, em Deus, Jesus se dá conta de que está morrendo, e a sua natureza humana luta para resistir. “Aqui começa o tema sustentado por uma série de pizzicati – anota Muti –, que são como gotas de água, gotas de água e de sangue”, que fazem Cacciari se lembrar das “lágrimas de sangue” de Rigoletto.

“Consummatum est”; tudo está consumado. Uma frase que os autores leram paralelamente àquela – “o tempo já não existe” – com que o comendador arrasta para fora o Don Giovanni de Mozart.

“In manus tuas, Domine, commendo spiritum meum”; Pai, em tuas mãos eu entrego o meu Espírito. E aqui os autores entram em uma discussão (que envolverá os evangelistas, as Wiener Philharmonikers, o Duomo de Milão, uma sinfonia de Bruckner, e depois Cherubini, Brahms, Beethoven, a decapitação de Luís XVI, o carnaval de Molfetta...). Mas revelá-la é contrário ao espírito das resenhas, que não devem contar os livros, mas no máximo induzir a lê-los (pelo menos aqueles, não muitos, que vale a pena ler; incluindo certamente este).

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