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Srebrenica, estrutura improvisada do mal

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13 Julho 2020

"Srebrenica não é mais um lugar-comum, mas um lugar de humana monstruosidade que reside nos abismos mais profundos de nossa consciência. Lembrar e escrever sobre Srebrenica implica uma descida a esses abismos, uma reelaboração profunda para a qual o livro de Djukic faz uma contribuição decisiva. E talvez não seja coincidência que o jornalista croata tenha levado dez anos para redigir esse texto de indiscutível valor histórico e documental, um texto que tem o valor de arrancar Srebrenica da dimensão do lugar-comum e lançar luz sobre as áreas de sombra daqueles dias de morte", escreve Alessandra Briganti, em artigo publicado por Il Manifesto, de 11-07-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Srebrenica é um "topônimo de um dos piores crimes da Bósnia", lembrado porque se tornou lugar comum, mas o quanto realmente sabemos sobre Srebrenica?

Metodo Srebrenica, por Ivica Djikic

O jornalista e escritor croata Ivica Djikic tenta responder a essa pergunta em um livro, "Método Srebrenica" (ed. Bottega errante), que não se questiona sobre os motivos de uma das páginas mais sombrias da história europeia recente, quanto sobre as modalidades que a tornaram possível.

Como se organiza um massacre? Como organizar o transporte, os centros de concentração e o fuzilamento de milhares de pessoas? Como esconder os cadáveres?

Uma empreitada que só pode ser confiada a um homem que "não gera dúvidas", um homem que não analisa, mas age, que não discute, mas executa de maneira eficaz e dá sentido ao que lhe é ordenado.

Aquele homem é o coronel Ljubiša Beara. Ele é o homem da concretização do mal: na véspera de seu aniversário de 56 anos, Beara recebe a ordem de colocar em ação a máquina da morte que levará ao extermínio de cerca de oito mil homens, "turcos" do vale de Drina.

Mapa da Srebrenica, Cidade na Bósnia e Herzegovina
(Foto: Pinterest)

Não é uma engrenagem em uma máquina de produção da morte, mas o artífice convicto de uma estrutura improvisada do mal, criada para "mostrar ao açougueiro de Srebrenica, o general Ratko Mladic, que é possível organizar um massacre de dimensões inimagináveis”.

Djiukic rastreia as notícias dos dias do massacre, a partir da noite entre 11 e 12 de julho, 25 anos atrás, quando o exército sérvio bósnio do general Mladic e seu líder político Radovan Karadzic tomam a decisão de matar todos os prisioneiros e fazê-los desaparecer o mais rápido possível.

Beara é o homem designado para planejar a operação e a tal objetivo se dedica completamente: entre noites sem dormir, suor e garrafas de uísque, o coronel prepara os ônibus necessários para o transporte dos prisioneiros, providencia o combustível para levar as vítimas às áreas longe de olhares indiscretos, localiza as valas onde jogar os cadáveres.

O massacre é realizado com a cumplicidade de uma centena de homens, criados na Armada Popular Iugoslava, que por várias razões estão cientes do que está acontecendo, das dimensões e da gravidade do massacre, que por crueldade supera todos os crimes praticados das guerras na ex-Iugoslávia e todas as que ocorreram na Europa após a Segunda Guerra Mundial.

Desde a fase de planejamento, passa-se para a fase de execução. Esses são os dias do massacre, "um fogo obsessivo de fuzis que pareciam pular nos braços de homens que não eram assassinos profissionais, que nunca antes haviam matado dessa maneira", homens que oscilam entre a impossibilidade de escapar da ordem recebida e o abandono ao delírio da onipotência. Por outro lado, as mortes de prisioneiros presos, as tentativas inúteis de fuga, a ocultação de corpos: da tarde de quinta-feira 13 de julho até a tarde ou noite do domingo 16 no território de Bratunac e Zvornik, é cancelada a população masculina - adultos, jovens, crianças - de Srebrenica, sob os olhos cúmplices das Nações Unidas e do mundo inteiro.

Mapa da Bósnia. (Fonte da imagem: Diário Liberdade)

Djiukic nos leva para dentro dessa máquina da morte com tanta lucidez que parece quase impiedoso. Não há cheiros, não há cores em uma crônica que resulta distanciada, quase cirúrgica, mas que na realidade espelha a racionalidade com a qual o massacre foi planejado.

Porque Srebrenica não é um episódio que pode ser relegado a uma dimensão de loucura coletiva, mas é um método racional com o qual o extermínio de milhares de pessoas se organizou conscientemente.

A descrição das modalidades com que o massacre é planejado permite ao autor investigar profundamente os recônditos humanos do massacre.

Srebrenica não é mais um lugar-comum, mas um lugar de humana monstruosidade que reside nos abismos mais profundos de nossa consciência. Lembrar e escrever sobre Srebrenica implica uma descida a esses abismos, uma reelaboração profunda para a qual o livro de Djukic faz uma contribuição decisiva. E talvez não seja coincidência que o jornalista croata tenha levado dez anos para redigir esse texto de indiscutível valor histórico e documental, um texto que tem o valor de arrancar Srebrenica da dimensão do lugar-comum e lançar luz sobre as áreas de sombra daqueles dias de morte.

Uma opção ainda mais necessária neste momento histórico, marcado pelos retornos dos nacionalismos na Europa que gostariam de colocar em discussão e até mesmo negar as evidências históricas do massacre de Srebrenica.

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