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02 Julho 2020

"Greve dos entregadores, nesta quarta, pode ser esboço de novas lutas. O 0,1% nada produz — mas extrai, saqueia e devasta. Contra ele, é preciso somar as periferias do mundo e a antiga classe média, em extinção. Fazê-lo é nosso desafio", escreve Noriel Roubini, professor de Economia na Stern School of Business, na Universidade de Nova York, executivo-chefe da Roubini Macro Associates e foi o primeiro economista de repercussão internacional a prever a grande crise financeira de 2008, em artigo publicado por Project Syndicate e reproduzido por Outras Palavras, 30-06-2020. A tradução é de Simone Paz.

Eis o artigo.

As grandes manifestações e protestos que se seguiram ao assassinato de George Floyd por um policial de Minneapolis discutem racismo estrutural e brutalidade policial nos Estados Unidos, mas não só. Aqueles que foram às ruas em mais de cem cidades norte-americanas, direcionam uma crítica mais ampla ao presidente Donald Trump e ao que ele representa. Uma vasta subclasse de americanos cada vez mais endividados e socialmente paralisados — afro-americanos, latinos e, cada vez mais, brancos — vêm se revoltando contra um sistema que fracassou.

Esse fenômeno não se limita apenas aos EUA, é claro. Somente em 2019, manifestações expressivas abalaram Bolívia, Chile, Colômbia, França, Hong Kong, Índia, Irã, Iraque, Líbano, Malásia e Paquistão, entre outros países. Embora cada um desses episódios tenha alcançado estopins diferentes, todos eles refletem um ressentimento causado pelo mal-estar socioeconômico, pela corrupção e pela falta de oportunidades econômicas.

São esses mesmos fatores que ajudam a explicar o crescente apoio e ascensão de líderes populistas e autoritários nos últimos anos. Após a crise financeira de 2008, muitas empresas procuraram aumentar seus lucros cortando custos — a começar pelo trabalho. Em vez de contratar trabalhadores com contratos formais de emprego, com bons salários e benefícios, as empresas adotaram um modelo baseado no trabalho de meio período, por hora, por “bicos”, de freelancers, criando o que o economista Guy Standing chamou de “precariado”.

Dentro desse grupo, ele explica, “as divisões internas levaram à demonização dos imigrantes e de outros grupos vulneráveis, onde alguns são suscetíveis aos perigos do extremismo político”.

O precariado é a versão contemporânea do proletariado de Marx: uma nova classe de trabalhadores alienados e desamparados, propensos à radicalização e mobilização contra a plutocracia (ou o que Marx chamava de burguesia). Essa classe está crescendo novamente, ainda mais agora, que as corporações muito capitalizadas respondem à crise da covid-19, tal como aconteceu em 2008: recebendo resgates e atingindo suas metas de ganhos, enquanto reduzem os custos trabalhistas.

Uma parte desse precariado é formada por conservadores religiosos brancos mais jovens e com menos escolaridade, em pequenas cidades e áreas semi-rurais, que, nos EUA, votaram em Trump em 2016. Eles esperavam que o presidente realmente faria algo a respeito do “caos econômico” que descreveu em seu discurso inaugural. Mas, embora Trump concorresse como um populista, governou como um plutocrata, cortando impostos para os mais ricos, atacando trabalhadores e sindicatos, minando o Affordable Care Act [também conhecido pelo nome de Obamacare ou “Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente”] e favorecendo políticas que prejudicam muitas das pessoas que votaram nele.

Muito antes da chegada da covid-19 ou até mesmo de Trump, cerca de 80 mil estadunidenses morriam por anos de overdose de drogas, e muitos outros eram vítimas de suicídio, depressão, alcoolismo, obesidade e outras doenças relacionadas ao estilo de vida. Como mostram os economistas Anne Case e Angus Deaton em seu livro Deaths of Despair and the Future of Capitalism [“As mortes do desespero e o futuro do capitalismo”], essas patologias têm afetado cada vez mais uma classe de brancos desesperados, menos qualificados, desempregados ou subempregados — grupo no qual a mortalidade de pessoas de meia-idade tem aumentado.

Mas o precariado norte-americano também inclui progressistas urbanos, mais velhos e com formação universitária, que nos últimos anos têm se mobilizado a favor de políticos de esquerda como os senadores Bernie Sanders, de Vermont, e Elizabeth Warren, de Massachusetts. É esse grupo que vai às ruas para exigir não apenas justiça racial, mas, também, oportunidades econômicas (de fato, ambas questões estão diretamente relacionadas).

Considerando que a desigualdade de renda e riqueza vem aumentando há décadas — devido a inúmeros fatores, que incluem desde a globalização, até comércio, migração, automação, enfraquecimento do trabalho organizado, aumento dos mercados de oligopólio e discriminação racial — isso não deveria ser uma surpresa. Um sistema educacional segregado, racial e socialmente, promove o mito da meritocracia enquanto consolida a posição das elites, cujos filhos sempre obtêm acesso às principais instituições acadêmicas e, consequentemente, assumem os melhores empregos (geralmente se casam entre si pelo caminho, e reproduzem, dessa forma, as condições das quais eles mesmos se beneficiaram).

Entretanto, essas tendências criaram um loop de resposta político por meio de lobby, de financiamento de campanhas e outras formas de influência, fortalecendo ainda mais um regime tributário e regulatório que beneficia os ricos. Não é de admirar que, como Warren Buffett “brincou”, a alíquota de imposto de renda paga por seu secretário é mais alta que a dele.

Ou então, como uma manchete satírica do The Onion abordou a questão recentemente: “Manifestantes são criticados por saquear empresas sem antes ter formado suas próprias firmas de capital privado”. Plutocratas como Trump e seus companheiros vêm saqueando os EUA há décadas, utilizando ferramentas financeiras de alta tecnologia, brechas nas leis tributárias e de falência, além de outros métodos, para extrair riqueza e renda das classes média e trabalhadora. Nessas circunstâncias, a indignação que os comentaristas da Fox News têm manifestado sobre alguns casos de saques em Nova York e em outras cidades, representa o auge da hipocrisia moral.

Não é segredo que o que é bom para a oligarquia financeira, costuma ser ruim para os cidadãos — e é por isso que os principais índices do mercado de ações atingiram novos patamares à medida em que a classe média foi esvaziada e caiu num profundo desespero. Com os 10% mais ricos possuindo 84% de todas as ações, e 75% dos que estão abaixo sem nenhuma, o aumento do mercado de ações não fará absolutamente nada em prol da riqueza de dois terços dos norte-americanos.

Como o economista Thomas Philippon demonstra em seu livro The Great Reversal [“A Grande Reversão”, em tradução literal], a concentração do poder oligopolista nas mãos das grandes empresas americanas está agravando ainda mais a desigualdade e marginalizando os cidadãos comuns. Uns poucos unicórnios sortudos (startups avaliadas em US $ 1 bilhão ou mais), administrados por poucos jovens sortudos de vinte e tantos anos não mudarão o fato de que a maioria dos jovens americanos viva cada vez mais uma vida precária, trabalhando em “bicos” e sem saída.

Certamente, o sonho americano sempre foi mais imaginação do que realidade. A mobilidade econômica, social e interacional sempre ficou aquém do que se esperaria a partir do mito do empreendedor que ergue e cresce por si próprio. Mas, atualmente, com a mobilidade social diminuindo à medida que a desigualdade aumenta, os jovens de hoje têm toda razão em sentir raiva.

O novo proletariado, o precariado, agora se revolta. Parafraseando Marx e Engels no Manifesto Comunista: “Que os plutocratas tremam diante de uma revolução do precariado. Os precarizados não têm nada a perder, além de seus grilhões. Têm um mundo a conquistar. Trabalhadores precários de todos os países, uni-vos!”.

 

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