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Remover estátuas não é apagar a história. Pelo contrário: é escrevê-la

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15 Junho 2020

Defender estátuas de colonizadores, escravocratas ou governantes autoritários é uma atitude que está em queda (com o perdão do trocadilho). O assunto é polêmico pois são os usos públicos do passado que estão em debate. Pra conhecer a história dessa questão, acompanhe essa sequência.

A reportagem é publicada por Mídia Ninja. 14-06-2020.

Ao longo da história, existiram três maneiras de se lidar com os chamados “monumentos polêmicos”: retirar completamente os monumentos, retirar as estátuas e deixar os pedestais, ou simplesmente mantê-los. Para uns, retirá-los seria “apagar a história”, pois são importantes para ensinar as pessoas sobre o passado. Observar uma estátua é uma maneira efetiva de se aprender história? Ou as estátuas dizem mais sobre quem as colocou lá do que sobre o homenageado no monumento?

Estátuas podem nos ensinar sobre história, mas nunca transmitem uma verdade imutável do passado. Em vez disso, elas simbolizam as idéias fixas de uma comunidade específica em relação ao seu passado, capturadas em um determinado momento. Representam uma perspectiva. Conflitos sobre tal ou tal estátua são resultado de desacordos específicos sobre um aspecto da história, quando uma estátua passa a não mais dialogar com os anseios da sociedade.

Na Roma Antiga, após a morte de um imperador, o Senado avaliava seu governo e decidia se deveria destruir os monumentos a ele. Eles chamavam esse processo de “condenação da memória”. Esta é a estátua de Julia Aquilia Severa, esposa do Imperador romano Heliogábalo.


Foto: Wikimedia Commons.

Durante o século XVI, protestantes passaram a destruir ícones do catolicismo, o movimento conhecido como iconoclastia. Avessos aos usos e abusos das imagens, protestantes decapitaram as estátuas da Catedral de Utrecht, no atual Países Baixos.

Em 1776, após a leitura da declaração de independência dos EUA, soldados e cidadãos foram para Bowling Green, um parque em Manhattan, para derrubar a principal estátua do rei inglês George III. O próprio ato de derrubar a estátua tornou-se parte da história da independência dos Estados Unidos. Museu? Foi derretida para fazer balas para guerra pela independência.

Na Revolução Francesa, 1789, não foi só a Bastilha, prisão símbolo do absolutismo, que foi colocada abaixo pelos revolucionários. Várias estátuas foram derrubadas e transformadas em balas de canhão. Nessa gravura, o povo derrubando a estátua de Luís XIII em Paris, em 11/08/1792. 

Foto: reprodução twitter Mais história, por favor

Em 1871, após as comunas tomarem Paris do governo de Napoleão III, os revolucionários derrubaram a estátua de Napoleão I na Place Vendôme em 1871. Na Alemanha, após a II Guerra Mundial, símbolos nazistas foram removidos e destruídos da paisagem urbana, assim como nomes de ruas foram alterados.

Durante o século XX, muitas estátuas homenageando “heróis” europeus foram erguidas em terras coloniais africanas e asiáticas. Essa é a de D. Afonso Henriques, em Luanda, inaugurada durante o Salazarismo, em 1941. Com os movimentos de independência, muitas destas estátuas foram derrubadas. Se antes estava ali o “fundador” de Portugal, desde 1975 o pedestal se encontra vazio.


Foto: reprodução educulturals.

Estátuas de líderes do socialismo soviético também foram removidas com o fim da URSS. Após a dissolução do bloco soviético, as estátuas de Lenin, Stálin e outros importantes líderes do regime foram colocadas no Muzeon Park.

Em 2003, no Iraque, soldados estadunidenses junto de manifestantes opositores do regime derrubaram a estátua de Saddam Hussein após sua derrota na guerra contra os EUA.

Nos últimos anos, homenagens a colonialistas e escravagistas passaram a ser alvo de contestações pelo mundo. Um desses nomes é o de Cecil Rhodes, um dos mais famosos nomes do imperialismo britânico e homenageado em várias universidades pelo mundo. Em 2015, estudantes pediam a retirada da estátua em homenagem a Rhodes na Universidade de Capetown, África do Sul. O movimento ficou conhecido como #RhodesMustFall. 

A questão também passou para a ordem do dia nos EUA, quanto a estátuas em homenagem a líderes dos exércitos dos Estados Confederados na Guerra Civil (1861-1865). Os confederados defendiam a manutenção do direito de escravizar os negros. É o caso das várias homenagens ao General Lee, um dos maiores líderes dos exércitos sulistas. São tantas que existe uma extensa lista na Wikipedia de ruas, avenidas, escolas, estátuas, memoriais. Na lista de homenagens ao General Lee, tem também uma lista das mudanças recentes sobre elas: a partir de 2015, escolas, ruas e avenidas mudaram de nome e diversos monumentos foram retirados, como este, em St. Louis.

Quando as discussões sobre a retirada da estátua do General Lee chegaram a Charlottesville, Virginia, supremacistas brancos e membros da KKK se organizaram em defesa da permanência da estátua de Lee, em 08/07/17. A discussão se desdobrou nas manifestações Unite the Right. Manifestantes supremacistas brancos se reuniram na Universidade da Virgina em Charlotesville, com tochas ao redor da estátua de Thomas Jefferson em 11/08/17. As semelhanças com a estética da KKK não são coincidência.

A reunião de grupos de extrema direita ao redor da estátua do General Lee, em Charlotesville, mostra que a questão vai muito além de preservar a estátua para contar o passado, mas sim uma disputa clara sobre qual passado vai ser contado.

Ano passado, em protestos na América Latina, várias estátuas foram vandalizadas, decapitadas ou derrubadas. Em 29 de out, de 2019, no Chile, a cabeça da estátua de Pedro de Valdivia, colonizador espanhol, foi parar nas mãos da estátua de Caupolicán, líder mapuche do século XVI.

Após o assassinato de George Floyd e do aumento do número de manifestações do Black Lives Matter, o movimento contra as estátuas que representavam pessoas que tivessem seu passado ligado ao colonialismo e ao escravismo cresceu nos EUA e pelo mundo. Uma das que chamou mais atenção e desencadeou uma série de outros atos, foi a derrubada da estátua de Edward Colston, famoso traficante de escravos do Reino Unido. A estátua foi derrubada e lançada ao mar por manifestantes.

Derrubar uma estátua é também uma maneira de incentivar debates sobre o tema e divulgar o movimento. O próprio vídeo se torna um documento histórico com seu valor próprio e a queda da estátua acrescenta detalhes tanto na história da escravidão quanto na história contemporânea. Na Bélgica, a estátua do Rei Leopoldo II, conhecido pelas atrocidades cometidas no então Congo Belga, foi primeiro vandalizada e depois retirada pelo governo.

O prefeito de Londres afirmou que estátuas e nomes de rua devem refletir os valores dos londrinos de 2020, por isso nomeou uma comissão para compreender “como nosso domínio público deve celebrar a diversidade de nossa cidade”.

A discussão chegou ao Brasil. Aqui, muitas das estátuas homenageiam caçadores de índios, escravocratas e pessoas ligadas à ditadura militar. A grande imprensa não tem dado voz não a historiadores, que tem capacidade de mostrar a historicidade do fenômeno. Lembra do começo do texto? Mencionamos sobre as três maneiras de lidar com as estátuas: retirar completamente, deixar os pedestais ou simplesmente mantê-las.


Foto: @marinmatamoros.

Podíamos discutir processos de patrimonialização e a constituição de lugares de memória, mas a maioria das colunas tratam de apenas um dos prismas aqui apresentados: manter estátuas seria preservar a história. É o caso de Laurentino Gomes, Vera Magalhães e Hélio Schwartsman. A estátua de Borba Gato, em SP, passou a ter vigilância 24 horas por dia.

O empobrecimento do debate mostra o longo caminho que ainda temos que percorrer para repensar nossas estátuas, os nomes de nossas ruas, avenidas e estádios. Mostra também que a luta será árdua e não contará com o apoio nem da grande imprensa, muito menos dos poderes públicos.

Podemos colocar aqui duas questões importantes sobre este processo: Que memória estamos procurando preservar e como? E em nome de quem estamos agindo?

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