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Tacanas, um povo ameaçado pelas petroleiras e o mercúrio

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30 Julho 2019

A Amazônia apresenta desafios para a Igreja e para a sociedade que não são fáceis de enfrentar. A vastidão do território, juntamente com a diversidade de povos, realidades e problemáticas, significa um chamado constante para estar alerta para descobrir as ameaças que pairam sobre a região e seus povos.

A reportagem é de Luis Miguel Modino.

Na zona de fronteira entre Bolívia, Peru e Brasil, ao sul do rio Madre de Dios, na margem direita, os Tacanas vivem em seu Território Comunitário de Origem (TCO Tacana II). É uma região de difícil acesso, onde a fonte tradicional de renda tem sido a coleta de castanha, atividade que ocupa quase toda a população de dezembro a abril, um trabalho árduo, que leva as famílias a se separarem, porque os homens são obrigados a passar semanas, meses, no monte, no meio da floresta amazônica. Intermediários de castanhas, indivíduos e empresas, exploram e tiram os melhores benefícios. Isso está levando os Tacanas a se organizarem melhor para obter benefícios mais justos de seu trabalho como coletores de castanha.


Foto: Equipe Itinerante

O resto do ano o garimpo de ouro tornou-se uma atividade econômica, no período em que as águas dos rios baixam, o que representa um grande perigo para os povos da região, que ameaça a poluição de seus rios, o que prejudicaria seriamente sua sobrevivência. Consequência da contaminação dos rios da região, é que os tacanas não podem mais comercializar o pirarucu, um peixe altamente valorizado da Amazônia, pois possui altos níveis de mercúrio.

A região tem sido invadida por pessoas de todo o país nos últimos anos, já que cada uma das balsas pode movimentar cerca de 20 gramas por dia, o que pode gerar cerca de 4.000 reais por dia, desencadeando uma verdadeira corrida do ouro. A isso se somam estudos realizados por companhias petrolíferas, com o apoio do governo de Evo Morales, que vê a Amazônia boliviana como fonte de recursos, embora isso possa representar um problema de consequências desastrosas para o meio ambiente e para o povo. A TCO Tacana II foi cortada por mais de mil quilômetros de linhas de explosão, perfuração sísmica, por uma empresa de petróleo. De fato, após os levantamentos, alguns indígenas alegam que as raízes das castanheiras foram afetadas, assim como os animais foram embora e os peixes também. Acrescenta-se a isto que, se forem descobertas quantidades significativas de petróleo, o que é muito possível de acordo com levantamentos preliminares, a instalação de vários poços é projetada, bem como uma estrada que cortaria o território.


Foto: Equipe Itinerante

Um fato muito sério é que, em 2017, durante as pesquisas sísmicas, a empresa de petróleo encontrou o grupo indígena isolado chamado "Toromona". Este PIAV (Povos de Isolamento Voluntário) ou PIL (Povos Indígenas Livres, de acordo com a denominação do Conselho Indigenista Missionário - CIMI) é historicamente conhecido e possui como território tradicional o Parque Nacional Madidi adjacente ao TCO Tacana II, na região fronteiriça da Amazônia boliviana com o Peru (Parque Nacional Bahuaja Sonene). Apesar disso, o projeto de petróleo não parou, o que invade o território tradicional dos “Toromona”, violando a Convenção 169 da OIT e colocando em risco sua existência física e cultural.

Alguns indígenas do povo Tacana participaram da Escola de Direitos Humanos organizada pela Rede Eclesial Pan-Amazônica - REPAM, que está ajudando as comunidades a se tornarem cada vez mais conscientes das ameaças que pairam sobre elas, mas ao mesmo tempo dos direitos que os protegem.


Foto: Equipe Itinerante

A terra Tacana II ainda não registrou seu título de reconhecimento e isso pode ser um problema, já que eles estão mais vulneráveis quando se trata de defender o território. O título está em processo, mas o governo ainda não o reconheceu. Isso se une, como afirmam alguns integrantes da Equipe Itinerante após uma visita a essas comunidades, a falta de união entre as comunidades, situação cada vez mais comum em diferentes lugares da Pan-Amazônia, onde as empresas extrativas subornam alguns líderes para semear a divisão. Apesar destas dificuldades, verifica-se que alguns líderes do povo tacana estão muito conscientes das dificuldades que as companhias petrolíferas podem trazer e da importância de defender o território.

Outra ameaça que paira sobre o povo Tacana, como consequência de todo o processo histórico invasivo de seu território, é a perda de identidade cultural, algo que se manifesta em que cada vez menos pessoas falam a língua nativa e nas festas, onde a influência externa é muito clara. Essa situação é aumentada pelo fato de os professores geralmente chegarem da região do Altiplano, com uma cultura totalmente diferente, o que impede que a escola seja um lugar de transmissão do conhecimento tradicional de seu povo e da cultura ancestral.

Como em muitas outras regiões da Amazônia, não há presença significativa da Igreja Católica nas comunidades tacanas, que exigem maior acompanhamento, não só no campo pastoral e na formação de líderes pastorais, mas também naquilo que faz referência às ameaças do petróleo, mineração e estradas. Nesse sentido, a esperança de que o Sínodo para a Amazônia possa ajudar a tornar uma presença maior uma realidade é algo desejado pelas comunidades do povo Tacana.


Foto: Equipe Itinerante

Como reconhecem da Equipe Itinerante, é importante ressaltar a importância das visitas e a realização de dinâmicas nas oficinas e celebrações, uma vez que as comunidades experimentam uma proximidade e um interesse que, infelizmente, devido a circunstâncias diferentes, não é comum, e que por outro lado pode ser de importância decisiva no futuro dos povos e na conservação de uma região cada vez mais ameaçada por interesses externos. De fato, os membros da Equipe recordam a gratidão das famílias pelo simples fato de estarem ali, pedindo que não os esqueçam

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