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O Papa Francisco trata de temas que já não importam mais a ninguém. E por isso incomoda

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12 Junho 2019

"Algumas palavras que enchem jornais e TV nunca são mencionadas: populismo, migrantes, desigualdade". A crônica seca e precisa de Stefano Feltri no encontro de Bilderberg, publicado em Il Fatto Quotidiano em 4 de junho, ilumina as dificuldades do Papa Francisco em seu papel de líder religioso, uma voz ética em nível geopolítico.

O comentário é de Marco Politi, jornalista e ensaísta italiano, publicado por Il Fatto Quotidiano, 11-06-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Bilderberg não é o único fórum internacional em que se encontram, todos os anos, homens de poder, político e econômico, velhos sábios e "influenciadores" de vários tipos, incluindo alguns vindos da mídia de massa. Tem sua própria aura de privacidade misteriosa, mas isso é um detalhe. O ponto é que, para 130-150 personalidades que "contam" em nível global (este ano também haviam sido convidados o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o genro de Donald Trump, Jared Kushner), populismo, migrantes e desigualdades são fenômenos invisíveis.

Para essa esfera de poder, capaz de influenciar o cenário internacional com suas opiniões e interações, não é interessante que se afirmem na Europa, e não apenas na Europa, regimes fanaticamente xenófobos, que desrespeitam os princípios básicos das democracias liberais-democráticas e sociais. Não é interessante que tal mix de iliberalidade, clericalismo, nacionalismo e xenofobia reúna na Itália mais de um terço do eleitorado. Para essa camada política e econômica, não parece alarmante a disseminação de um clima de ódio social, que ataca obsessivamente o "diferente" (negro, islâmico, homossexual). A história se repete. Para muitos, gente demais, as perseguições antissemitas, que eclodiram entre as duas guerras mundiais, não estavam na agenda.

Neste quadro, Francisco se assemelha aqueles profetas que não eram ouvidos da tradição bíblica. Bergoglio é tenaz em denunciar políticos que semeiam ódio. É tenaz em reiterar que estão ressurgindo fenômenos que se acreditava pertencessem a um passado remoto: ou seja, as tendências a excluir agressivamente certos grupos e etnias da participação social. Há muito tempo, Francisco vem alertando contra o surgimento de uma onda ideológica, que lembra o nacionalismo histérico e a xenofobia persecutória entre as duas guerras mundiais. Há alguns dias ele voltou a insistir "contra toda discriminação e pelo respeito de pessoas de qualquer etnia, língua e religião".

Com a mesma tenacidade, o pontífice argentino bate e rebate sobre a questão da imigração, crucial na época contemporânea, uma questão de vida e de morte para milhões de seres humanos que - como ele disse uma vez - nem sequer buscam uma "existência melhor", mas simplesmente tentam existir. Não é uma questão de bondade abstrata e piegas como seus oponentes acusam. É um fenômeno diante do qual é absurdo fechar os olhos. A Organização Mundial da Saúde registra 258 milhões de migrantes em todo o mundo. Sessenta e cinco milhões foram expulsos dos seus países, 25 milhões têm o status oficial de refugiados, dez milhões são "ninguém", sem nacionalidade e sem qualquer direito de acesso aos serviços primários de educação e assistência.

Essa massa também inclui os 21 milhões de seres humanos de ambos os sexos, vítimas do tráfico, incluindo 5 milhões e meio de crianças. Objeto de exploração para o trabalho ou sexual. Os "novos escravos", como Francisco os chama. Também essa enorme população, cheia de sofrimento, "não importa". Não é um detalhe que Trump tenha se recusado a assinar o pacto sobre os migrantes da ONU e que Matteo Salvini tenha imposto ao governo italiano fazer o mesmo.

Quanto às desigualdades, as classes de poder têm cada vez menos vontade de falar sobre isso. A mera menção pelo pontífice desperta aborrecimento. A eliminá-las cuidará o "crescimento": o mantra hipócrita daqueles que ignoram que, de ano para ano, os super ricos ficam cada vez mais ricos. E que, de ano para ano, a esmagadora parte dos aumentos de riqueza premia sistematicamente aqueles que já são super beneficiados. Em 2014, oitenta indivíduos possuíam quanto a metade do planeta. Em 2019, apenas 26 pessoas possuem quanto os três bilhões e 800 milhões de habitantes mais pobres do mundo.

Ao tema das desigualdades - também como um risco à democracia – a Pontifícia Academia de Ciências Sociais e seu chanceler, monsenhor-Marcelo Sanchez Sorondo, vêm dedicando grande atenção há muito tempo. O último evento foi o encontro no Vaticano da cúpula pan-americana dos juízes. Estamos na presença, disse de forma realista Francisco, de uma deterioração dos direitos sociais. Mas "não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça nas desigualdades".

Nas pesquisas, Francisco registra altos consensos. Mas em setores substanciais das classes dirigentes econômicas e políticas, embriagadas por uma globalização sem regras a que se contrapõe eventualmente um soberanismo inspirado pelo liberalismo selvagem, o papa não tem nenhuma apreciação. Está muito isolado. A direita eclesial e as direitas econômicas - repetem no Vaticano os defensores de Bergoglio - esforçam-se em conjunto para pôr fim a um pontificado que incomoda. O choque que ocorre dentro e fora da Igreja Católica constitui a encruzilhada atual do pontificado.

A "La Solitudine di Francesco" (solidão de Francisco) dediquei meu último livro (ed. Laterza). Quanto está sozinho Francisco neste mundo inquieto? Falaremos sobre isso com o padre Federico Lombardi, a diretora do Huffington Post, Lucia Annunziata, o ex-ministro e economista Fabrizio Barca e a teóloga Marinella Perroni na sede da SIOI - Sociedade Italiana para a Organização Internacional. Terça-feira, 11 de junho, às 17h30, Piazza San Marco, 51.

 

 

 

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