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A ciência precisa de tempo para pensar. Pelo fim da cultura “publicar ou morrer”

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18 Mai 2019

“A pressão constante para publicar (o famoso "publicar ou morrer"), fomentada pelo exigente sistema de avaliação acadêmica, e a maior competição entre o crescente número de grupos de pesquisa são algumas das causas dessa superprodução de artigos e revistas”, avalia Manuel Souto Salom, pesquisador do pós-doutorado Juan de la Cierva, no Instituto de Ciências Moleculares da Universidade de Valência, em artigo publicado por Rebelión, 16-05-2019. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

O ritmo da produção científica disparou nas últimas décadas. Alguns estudos recentes estimam que hoje existem cerca de 30.000 periódicos que publicam mais de 2 milhões e meio de artigos científicos por ano, com uma taxa de crescimento anual de 5%.

A pressão constante para publicar (o famoso "publicar ou morrer"), fomentada pelo exigente sistema de avaliação acadêmica, e a maior competição entre o crescente número de grupos de pesquisa são algumas das causas dessa superprodução de artigos e revistas. Por outro lado, também devemos destacar o surgimento de revistas e congressos "predatórios" com os quais alguns pesquisadores, ávidos por aumentar o número de publicações, tentam inflar seus currículos com contribuições científicas sem rigor e com pouca avaliação dos pares.

Outras consequências dessa aceleração na produção científica são os recortes do mesmo estudo científico no maior número possível de artigos ("salami slicing"), o plágio e a publicação de resultados difíceis de reproduzir ou mesmo errôneos, muitas vezes devido à precipitação no momento da publicação.

Frenar a produção científica

Em 2010, a Slow Science Academy de Berlim lançou um manifesto em favor de desacelerar esse ritmo de produção na ciência.

"Dizemos sim ao fluxo constante de publicações de revistas de revisão por pares e seu impacto, dizemos sim à crescente especialização e diversificação em todas as disciplinas. No entanto, afirmamos que isso não pode ser tudo. A ciência precisa de tempo para pensar. A ciência precisa de tempo para ler e tempo para falhar. A sociedade deve dar aos cientistas o tempo que eles precisam, mas o mais importante, os cientistas devem tomar seu tempo".

Assim como os chamados "movimentos pela calma" Slow Food e Slow Fashion, a Slow Science busca valorizar mais a qualidade dos artigos científicos do que sua quantidade, para assim promover uma pesquisa mais reflexiva e pausada.

Uma alternativa à cultura de "publicar ou perecer"

"Só porque contar o número de publicações é uma maneira fácil e rápida de avaliar a pesquisa, não significa que seja uma boa maneira de medir sua qualidade. A ciência é um processo lento, constante e metódico. Não devemos esperar que os cientistas forneçam soluções rápidas para os problemas da sociedade".

Estas são as palavras de Uta Frith, professora emérita do Instituto de Neurociência Cognitiva, da University College London, e uma das promotoras do movimento Slow Science. Conta em um de seus artigos que, assim como a produção de alimentos, a lentidão pode ser uma virtude.

Trata-se de uma forma de melhorar a qualidade e uma alternativa à cultura predominante de "publicar ou morrer". Segundo Frith, "no momento, não há plano em curto prazo, apenas para ir despertando consciências. Cada vez somos mais pessoas falando sobre essa ideia individualmente, em diferentes partes do mundo".

Também na Espanha alguns pesquisadores estão conscientes da necessidade de desacelerar o ritmo frenético da produção científica.

"Acredito que a relevância deste movimento se deve, acima de tudo, em sua aposta no convívio. Temos que desacelerar os procedimentos da pesquisa para ter certeza de que estamos nos perguntando as melhores questões e isso equivale a ouvir os interessados e incorporá-los na tarefa de projetar as perguntas e interpretar as respostas".

Assim Antonio Lafuente, pesquisador científico do Centro de Ciências Humanas e Sociais do CSIC e uma das forças motrizes do movimento na Espanha, explica a importância da Slow Science.

Em uma de suas palestras, Lafuente relembra a história de Stefan Grimm, um professor de toxicologia do Imperial College de Londres que se suicidou, em 2014, após receber um e-mail de seus chefes que exigiam melhorar suas métricas acadêmicas e obter mais dinheiro em projetos de pesquisa.

Antes de cometer suicídio, Grimm enviou um e-mail para seus colegas da universidade, contando o que aconteceu.

"Meu chefe, o professor Martin Wilikins, veio ao meu gabinete e me perguntou quantas bolsas tinha. Depois de listá-las, me disse que não era suficiente e que eu teria que sair da universidade dentro de um ano, no máximo. A realidade é que esses cientistas no topo da hierarquia só olham os números para julgar seus colegas, sejam em fatores de impacto ou ingressos em subsídios. Afinal, como você pode convencer seu chefe de que você está trabalhando em algo emocionante, se ele nem sequer participa dos seminários regulares do departamento?"

Os cientistas devem assumir seu tempo

"Em 1844, Charles Goodyear descreveu em uma patente a preparação de borracha vulcanizada, um dos materiais mais produzidos, atualmente, na indústria química. Esta grande descoberta não foi o resultado de uma inspiração repentina, mas veio depois de mais de 10 anos de experimentos repetidos e resultados fracassados."

A história é contada por Jean-François Lutz, pesquisador do CNRS, no Instituto Charles Sadron, em Estrasburgo, na prestigiosa revista Nature Chemistry. Nela, critica a rapidez com que muitos artigos são publicados no campo da química, antes de estar suficientemente maduros.

"Certamente, o Manifesto da Slow Science não atinge uma mudança de ritmo na ciência contemporânea. No entanto, incentiva os cientistas a pensar sobre como trabalham e sobre o seu papel na sociedade. Portanto, cada pesquisador deveria dedicar alguns para lê-lo e depois tirar suas próprias conclusões. Afinal, ter tempo para pensar é, de certo modo, o que todos nós aspiramos."

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