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26 Julho 2018

Nada me poderia ter preparado para os arrepiantes relatos que ouvi, no início deste mês, no Bangladesh.

O artigo é de António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, publicado por The Washington Post e reproduzido por Público, 24-07-2018.

Crianças pequenas massacradas diante dos pais. Moças e mulheres violadas em grupo enquanto as suas famílias são torturadas e mortas. Aldeias incendiadas e arrasadas.

Nada me poderia ter preparado para os arrepiantes relatos que ouvi, no início deste mês, no Bangladesh, dos refugiados rohingya, que fogem dos massacres e da violência generalizada do estado de Rakhine, no Mianmar.

Um homem, membro desta etnia maioritariamente muçulmana, lavado em lágrimas, descreveu como mataram a tiro o filho mais velho à sua frente, como a mãe foi brutalmente assassinada e a sua casa incendiada até ficar reduzida a cinzas. Contou ainda como se refugiou numa mesquita, acabando por ser descoberto por soldados que o agrediram e queimaram o Corão.

As vítimas do que tem sido justamente qualificado de limpeza étnica sofrem uma tal angústia que o visitante não pode deixar de comover-se e indignar-se. Estas horríveis experiências desafiam a compreensão, contudo, constituem a realidade de um milhão de refugiados rohingya.

Os rohingya têm sofrido uma perseguição constante do seu próprio país, o Mianmar, e carecem dos direitos humanos mais elementares, começando pelo direito à cidadania.

Os abusos sistemáticos cometidos pelas forças de segurança do Mianmar, ao longo do último ano, foram concebidos para aterrorizar esta população, deixando-a perante duas opções: ficar e viver com medo da morte ou deixar tudo para trás para poder sobreviver.

Depois de uma viagem angustiante para um território seguro, estes refugiados tentam agora lidar com as difíceis condições que encontraram no distrito de Cox’s Bazar, no Bangladesh, condições essas que resultam, naturalmente, da crise de refugiados que mais se está a agravar no mundo.

Bangladesh é um país em vias de desenvolvimento que utilizou os seus recursos até ao limite. Todavia, enquanto outros países de maiores dimensões e mais ricos fecham as suas portas aos estrangeiros, o governo e o povo do Bangladesh abrem as suas fronteiras e os seus corações aos rohingya.

A compaixão e a generosidade do povo do Bangladesh revelam o melhor da humanidade e salvaram milhares de vidas. Porém, esta crise requer uma resposta à escala mundial.

Os Estados-membros das Nações Unidas estão a ultimar um Pacto Global sobre os Refugiados para que os países mais expostos, como o Bangladesh, não lidem sozinhos com o êxodo de seres humanos.

Até agora, as Nações Unidas e as agências humanitárias têm trabalhado, sem descanso, junto dos próprios refugiados e das comunidades de acolhimento para melhorar as suas condições. Ainda assim, são necessários, de forma urgente, muitos mais recursos para evitar a calamidade e dar maior expressão ao princípio de que uma crise de refugiados exige uma partilha mundial de responsabilidades.

Do pedido humanitário internacional no valor de mil milhões de dólares, somente 26% foi assegurado até agora. Este défice significa que a desnutrição prevalece no campo de refugiados, significa que o acesso a água e a saneamento está longe de ser ideal, significa que não podemos garantir às crianças refugiadas o acesso à educação básica. Significa, algo não menos importante, que as medidas tomadas não são suficientes para mitigar os riscos imediatos das monções.

As casas improvisadas construídas apressadamente pelos refugiados aquando da sua chegada estão agora ameaçadas por deslizamentos de terras, sendo necessário agir com urgência para encontrar locais alternativos e construir abrigos mais sólidos. Muito tem sido feito para enfrentar este desafio, mas há ainda graves riscos com que lidar atendendo à dimensão desta crise.

Viajei para o Bangladesh acompanhado pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e congratulo-me pela sua liderança na mobilização de 480 milhões de dólares para apoiar os refugiados rohingya e o país que os acolhe. No entanto, é necessário que a comunidade internacional faça muito mais. As expressões de solidariedade não são suficientes, o povo rohingya precisa de uma assistência real.

Apesar de tudo o que enfrentaram no Mianmar, os refugiados que encontrei em Cox's Bazar não perderam a esperança.

"Precisamos de segurança e do reconhecimento de cidadania no Mianmar. Queremos que se faça justiça pelas nossas irmãs, as nossas filhas e as nossas mães ", disse-me uma mulher desconsolada, mas muito determinada, enquanto cumprimentava uma mãe que embalava um bebé, fruto de um ato de violação.

Esta crise não se resolverá do dia para a noite, mas não podemos permitir que se arraste indefinidamente. O Mianmar deve criar condições para que os refugiados possam regressar, gozar de plenos direitos, com a promessa de poderem ter uma vida digna e em segurança. Para tal, é necessário um enorme investimento, não só na reconstrução e no desenvolvimento para todas as comunidades de uma das regiões mais pobres do país, mas também na reconciliação e no respeito pelos direitos humanos.

Se as causas da violência no estado de Rakhine não forem abordadas de forma abrangente, a miséria e o ódio continuarão a alimentar o conflito. Os rohingyas não se podem converter em vítimas esquecidas. Aos seus inequívocos pedidos de ajuda devemos responder com a nossa ação imediata.

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