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Olmi. O sonho inacabado sobre o Evangelho de Marcos

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09 Mai 2018

A profunda amizade entre o cardeal e o falecido diretor: "Ermanno me surpreendia constantemente com seus insights que já se tornavam imagens, com a paixão de suas perguntas e a verdade de sua pesquisa”.

O depoimento é de Gianfranco Ravasi, cardeal, publicado por Corriere della Sera, 07-05-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eu tinha 17 anos e justamente no seminário de Milão onde estava cursando o ensino médio apresentaram o primeiro filme de Ermanno Olmi, Il tempo si è fermato (O tempo parou). Fui de imediato conquistado, especialmente pelos silêncios que percorriam aquelas sequências em preto e branco, silêncios na verdade "brancos", ou seja, repletos de palavras implícitas, bem mais impactantes do que as poucas frases trocadas pelos dois protagonistas, enquanto o tique-taque de um relógio marcava o lento escorrer do tempo. Silêncios que eram verdadeiras epifanias entre as majestosas montanhas que serviam de pano de fundo para a história. Então, alguns anos mais tarde, foi lançado Il posto (o lugar), sobre a cidade de Milão, o amor e o trabalho, depois I fidanzati (Os noivos), e assim por diante ... O fio da filmografia de Olmi acompanhou desde então minha vida e desde o início sempre havia a esperança de conhecer pessoalmente esse autor extraordinário que o dicionário bibliográfico Garzantina "universal" definia com seis palavras: "autor de filmes elegíacos e introspectivos de rigorosa moralidade."

O encontro aconteceu anos mais tarde, em 1983, durante a apresentação para um público pequeno de uma obra de metáfora ambiciosa e talvez não totalmente entendida, o Camminacammina que colocava em cena os Reis Magos do Evangelho, os peregrinos do Absoluto. Trocamos, na ocasião, apenas algumas palavras. Eu não teria pensado que a partir daquela pequena semente nasceria uma das amizades mais preciosas e importantes de minha vida. Uma amizade feita - como o primeiro filme - também de silêncios e de distância, de poucos escritos e de telefonemas. No entanto, quando estamos juntos e falamos, é como se vivêssemos no mesmo edifício e o discurso recomeçasse do ponto onde havia sido interrompido apenas poucas horas antes.

O fio dos nossos pensamentos, sentimentos, estados de espírito foi, portanto, sempre tenso e direto, confiado especialmente aos temas espirituais, morais e até mesmo os mais difíceis da teologia. Cada encontro nosso conheceu, assim, a intensidade da reflexão, mas também toda a leveza de espontaneidade, até mesmo da ironia. Tantas pessoas reconheceram em Ermanno uma bondade extraordinária que era quase estrutural, iluminada por aquele seu olhar tão límpido e brilhante. No entanto, as perguntas que ele continuamente jogava sobre a mesa eram abrasadoras, queimavam as mãos e as mentes para analisá-las, gerando reações diferentes (basta pensar em Cento chiodi e Il Villaggio di Cartone).

O amigo comum, Sergio Zavoli, no Diario di un cronista, confessara: "Todo dia a fé e o amor devem ser conquistados através da luta contra a dúvida. A vitória sobre a dúvida é a única verdadeira declaração de fé". Acreditar e amar, as duas estrelas brilhantes no céu humano e artístico de Olmi, são duas aventuras da alma que, porém, envolvem carne e sangue, que perturbam antes de consolar, que exigem antes de doar, que arrasam antes de exaltar. Ermanno gostava da frase que um dia me disse o escritor francês Julien Green: "Enquanto estamos inquietos, podemos ficar tranquilos". Uma inquietação tipicamente agostiniana que não é frenesi, mas percurso ao longo de um caminho lá no alto, na crista daquelas montanhas tão caras ao diretor, entre as quais, se destaca o Moriá de Abraão e do sacrifício de seu filho Isaac, com um Deus misterioso que se assoma com a sua indecifrável crueldade aparente, mas que no final revela-se como o único Salvador.

Por esse motivo Olmi nem sempre foi compreendido por aqueles que usam apenas os moldes rigorosos e rígidos dos teoremas teológicas ou filosóficas, como também não o foi por aqueles que o consideravam apenas o narrador "elegíaco e introspectivo" do doce passado ou dos sentimentos puros. A ele parece bem caber uma consideração que há anos ouvi de outra personalidade de nossa cultura contemporânea, Carlo Bo: "O consenso sem sofrimento que damos a Deus é apenas outra maneira, entre tantas, de não lhe responder". Ermanno tentou dar, ao contrário, uma resposta "custosa", que é arrancada da alma e da carne, que duela com a dúvida, que envolve o eterno e o infinito e é, portanto, por sua própria natureza "infinita".

Com esse espírito, depois que me mudei de Milão para Roma para o meu compromisso eclesial atual, tentamos - com outro amigo em comum, Claudio Magris - um desafio que não foi realizado. Era a aspiração de criar não apenas mais um produto cinematográfico sobre Jesus, mas uma narrativa visual que combinasse história e mistério, humanidade e transcendência, documento e contemplação, partindo do Evangelho de Marcos. Desse projeto ficaram apenas as conversas que trocamos entre nós quando ele vinha a Roma e ficava com sua esposa em uma residência não muito longe do Vaticano, ou quando, sentados à mesa, compartilhávamos amizade e ideias.

Ermanno continuamente me surpreendia com seus insights que já se tornavam imagens, com a paixão das suas perguntas e a verdade de sua pesquisa. Ele, de fato - como aconteceu com os grandes diretores (basta citar Bresson, Dreyer, Bergman, Tarkovsky) - desmentiu a convicção de Antonin Artaud, o famoso teórico do teatro francês, para o qual "o cinema lida apenas com a pele humana de coisas, a derme da realidade". Não, cada filme de Olmi e cada uma de suas pesquisas foram como uma espada de luz que transpassa a epiderme da história para chegar até a carne e descer até a medula dos ossos.

Nota da IHU On-Line: No XVIII Simpósio Internacional IHU.A virada profética de Francisco. Possibilidades e limites para o futuro da Igreja no mundo contemporâneo, a ser realizado de 21 a 24 de maio de 2018, na Unisinos – campus Porto Alegre, será apresentado o último filme de Olmi, intitulado ‘Sono uno de voi’. Trata-se de um documentário sobre o cardeal Carlo Maria Martini. A exibição do documentário ocorrerá no dia 21 de maio, às 10h.

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