23 Março 2018
O direito dos homossexuais ao casamento tornou-se destaque da campanha eleitoral na Costa Rica, com um pastor anti-gay tornando-se o favorito do segundo turno das eleições em abril.
O evangélico Fabricio Alvarado Munoz fez oposição ao casamento homossexual como ponto-chave de sua campanha, e pesquisas sugerem que isso o impulsionou, segundo a imprensa.
A informação é publicada por La Croix International, 22-03-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
Alvarado Munoz tinha 32,9% dos votos, enquanto seu rival, o centrista Carlos Alvarado Quesada, teria que se contentar com 28,4%, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa CID-Gallup para a Repretel TV News, divulgada em 16 de março.
No entanto, com 38,7% de indecisos ou pessoas que não pretendem votar, ainda pode haver uma virada.
Se for eleito, Alvarado Munoz prometeu retirar a Costa Rica de um tratado pan-americano de direitos humanos que poderia forçar o país a reconhecer casais homossexuais.
"Propomos a soberania da família como a base fundamental da sociedade", disse ele, segundo o Pink News.
A oposição aos direitos LGBT corre solta no país, e a Corte Interamericana de Direitos Humanos já afirmou que estava violando as proteções de direitos humanos, não permitindo o casamento entre homens e mulheres gays.
Alvarado Munoz era jornalista da televisão antes de se dedicar à fé e tornar-se pastor e "cantor cristão" em 2009. Ele só descobriu a política em 2014, quando se tornou parlamentar.
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Pastor anti-gay assume a liderança na corrida presidencial da Costa Rica - Instituto Humanitas Unisinos - IHU