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A paternidade de Deus é feita de ternura

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21 Julho 2017

Também este ano se renova a tradição, dentro do Festival dos Dois Mundos, dos “Sermões em Spoleto". O ciclo, que abriu em 1º de julho e segue até o dia 15, está sendo dedicado a “A oração de Jesus: o Pai nosso”.

A abertura do ciclo ficou a cargo do arcebispo de Florença, Cardeal Giuseppe Betori, com uma reflexão sobre as palavras "Pai nosso que estás nos céus", aprofundando o sentido da experienciação da paternidade de Deus desde o momento em que Freud anunciou a “morte do pai". Na sequência, a irmã Roberta Vinerba meditou sobre "Santificado seja o vosso nome"; no dia 7 de julho, foi a vez de dom Donato Ogliari, abade de Monte Cassino, sobre "Venha o vosso reino", no sábado, 8 de julho, o sermão foi do cardeal Gianfranco Ravasi, que propôs uma reflexão sobre "Seja feita a vossa vontade"; no domingo, 9 de julho, a tarefa coube a Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade de Santo Egídio, sobre “O pão nosso de cada dia nos dai hoje"; na sexta-feira, 14 de julho, o padre Ermes Ronchi estará abordando "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido", e, finalmente, o Arcebispo de Spoleto Norcia, Dom Renato Boccardo irá encerrar o ciclo tratando do "Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal".

A primeira reflexão é de Giuseppe Betori, arcebispo de Florença, publicada por Avvenire, 01-07-2017. A tradução de Luisa Rabolini. 

Os sermões de Spoleto / 1

O ciclo deste ano centra-se sobre o tema da oração a partir das palavras do "Pai Nosso".

A reflexão do cardeal Giuseppe Betori

Pai nosso que estais no céu, podemos encontrar-te na terra? Esta pergunta pode ser o ponto de partida da nossa reflexão sobre a primeira palavra da oração que Jesus ensinou aos seus discípulos. Porque o fato de existir um Pai no céu pode ser uma revelação interessante para o nosso conhecimento, mas que esse Pai seja alcançável para nós não apenas no futuro, mas desde o presente momento, significa poder preencher a nossa existência com uma presença amorosa, da qual nosso coração manifesta uma ardente necessidade. No entanto, ao mesmo tempo em que o coração expressa esse desejo, em outros aspectos o mundo ao nosso redor registra aquele sentimento que podemos chamar de ausência dolorosa. A ênfase sobre a "morte do pai" acompanha a retórica do nosso tempo, pelo menos desde o surgimento da psicanálise. A reflexão de Freud, de Lacan, assim como a do menos citado Mitscherlich – o autor de Auf dem Weg zur vaterlosen Gesellschaft (Rumo a uma sociedade sem pai, em tradução livre, de 1963) –, torna-nos conscientes do desaparecimento da imagem do pai que nos foi transmitida pela tradição, o pater familias, o pai a quem Kafka escrevia a Carta, de publicação póstuma em 1952, a figura paterna que havia dominado a cena familiar durante séculos.

Quando nos dirigimos a Deus com o título de "Pai", estamos dizendo algo bem específico. Aliás, a revelação cristã – ao nos falar de um Pai – não só define como devemos entender corretamente Deus, mas também nos dá uma nova perspectiva sobre a realidade. Se Deus fosse apenas um princípio ordenador, algo similar ao Deus de quem podem falar os filósofos, seria possível alcançá-lo através do raciocínio. O próprio Tomás de Aquino interpõe uma pequena distância, quando o ressalta como princípio do real, alcançado em cada uma das vias do conhecimento de Deus, "chamamo-lo Deus", "é chamado Deus" (Summa Theol., I, q. 2, art. 3).

Deus, nas palavras da revelação cristã, não é apenas um Deus ordenador: ele é Pai. E esta afirmação traz consigo a consequência de que também o real é visto totalmente a partir de outro ponto de vista; em particular no que diz respeito à criatura dotada de liberdade e inteligência. É a revelação de Jesus que provoca essa "conversão paterna" da nossa imagem de Deus. Aqui também podemos imaginar que o Menino Jesus tenha tido uma escola de paternidade no testemunho de São José. A família de Nazaré foi para Ele o lugar propício onde fazer a experiência concreta e diária do amparo amoroso de um pai. Naquela habitação humilde e digna, na presença discreta e apaixonada de São José "ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens" (Lc 2:52).

Como recordava o Papa Francisco na homilia da Missa no início de seu ministério petrino (19 de março de 2013), São José é o guardião de Maria, de Jesus e da Igreja, e executa essa tarefa em atendimento a Deus. Acrescentava o Papa: "O cuidado, o amparo, exige bondade, exige ser vivido com ternura. Nos Evangelhos, São José é retratado como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas em seu espírito emerge uma grande ternura, que não é a virtude do fraco; pelo contrário, denota força de espírito e capacidade de atenção, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, capacidade de amor".

Mas Jesus, em sua contínua referência ao Pai, permite-nos inverter outra perspectiva, cada vez mais difundida na atualidade. Como observado por Marcel Gauchet em um dos seus brilhantes livros, "se o século XX foi aquele da descoberta da criança real, o século XXI abre-se sob o signo da sacralização da criança imaginária" (O filho do desejo, Vita e Pensiero, de 2010). Assim, hoje, estamos cada vez mais propensos a olhar para os filhos como objetos de desejo, como extensão narcisista do nosso olhar. Ao contrário, observa Massimo Recalcati, é preciso recuperar o sentido de uma dívida simbólica, perceber que somos em primeiro lugar filhos.

Somente a partir da presunção consciente de sermos filhos, podemos nos tornar adultos e gerar, por nossa vez, filhos: caso contrário, encontramo-nos em competição com os nossos filhos pelos mesmos espaços (adultos que se vestem e se comportam como crianças) ou pretenderemos que sejam eternamente felizes e cheios de sucesso (e somos incapazes de apoiá-los frente aos inevitáveis fracassos da vida).

Recalcati faz referência a Telêmaco como exemplo do filho que precisa do pai e sai à sua procura, que quer herdar algo de seu pai. Quem não aceita essa dívida simbólica, comporta-se como os vinhateiros homicidas da parábola evangélica: nas palavras de Recalcati, os vinhateiros rejeitam "a filiação simbólica em nome de um fantasma de autogeração" (Il complesso di Telemaco, Feltrinelli, 2014). É o engano da serpente que no Éden sugere a Adão e Eva que serão como Deus, ou seja, terão a capacidade de se autogerar (cfr. Gn 3,5). Não podemos esquecer que, ao contrário, todos nós somos gerados pelo Pai.

Mas o que significa então que Deus é Pai? Devemos mais uma vez nos reportar àquele que nos fala de Deus desta maneira: uma vez mais, precisamos nos voltar para Jesus.

Jesus encontrou em José o testemunho de um amor paterno, a casa paterna foi para ele um lugar de atenção e de cuidado, de ternura e de paixão. Mas se Jesus fala de Deus como um Pai, é porque tem um testemunho ainda mais profundo, ainda mais radical; do qual a vida de José pode ser considerada apenas como uma imagem.

Se, nas palavras de Jesus, Deus tem os traços do Pai, é porque tem sobre isso uma comprovação ainda mais íntima e verdadeira. Isso quer dizer que Jesus não criou para si a imagem de Deus como um Pai, não fez para si um conceito do Criador, adaptando-o a uma figura familiar para todos, que transmite a sensação de proteção e de afeto. Jesus realmente viveu a experiência de Deus Pai: se Jesus pode revelar aos homens que essa é a face de Deus, é porque experimenta constantemente isso em seu próprio coração. Jesus chama o Pai de Abbá, papai, revelando uma intimidade com Ele que modifica a forma como na história os homens olharam para Deus. Para Jesus, Deus é Abbá, porque Ele, Jesus, é o Filho. Jesus nos diz que Deus não é somente o Criador, o Todo-Poderoso, o Altíssimo: é Papai, a pessoa que todo filho precisa ter para se sentir seguro, para poder se abrir ao mundo com a confiança necessária. A intimidade que Jesus tem com o Pai abre-se para um afeto alimentado por ternura.

Há uma coisa que nunca é suficientemente percebida, mas que é cheia de significado. Observando bem, no Evangelho Jesus diferencia a sua relação com o Pai daquela que nós temos. No dia da Ressurreição, enquanto pede a Maria de Magdala para ir anunciar aos discípulos a sua ascensão ao Pai, ele utiliza estas palavras: "Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou voltando para o meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês" (Jô 20:17). E mesmo quando ensina a oração que dá o título a esta conferência não diz, "quando oramos, devemos dizer: Pai nosso", mas fala: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso..." (Mt 6,9).

Em um comentário a essa passagem de Mateus em que Jesus fala do Pai nosso, o Papa Francisco salienta que "se o espaço da oração é dizer ‘Pai’, a atmosfera da oração é dizer ‘nosso’: somos irmãos, somos família" (Meditação matutina na capela de Santa Marta, de 16 junho de 2016). Eis por que a oração que Jesus nos ensina começa com essas palavras: dessa forma nos lembramos que somos irmãos e que o mundo em que estamos não é nosso, mas nos foi Doado por um Pai cheio de amor pelo homem.

Acompanhe todas as reflexões sobre o Pai Nosso

  • O rosto do Pai iluminado pela cruz
  • Quem dá o pão, muda o mundo
  • Livres para cumprir a sua vontade
  • O Perdão A escolha que liberta o futuro
  • A tentação é a hora da verdade

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  • Um Deus que se revela Pai. Artigo de Bento XVI
  • Deus ama as pessoas ''como uma mãe'', afirma Francisco
  • Pai-Nosso. “Não nos induzais” ou “não nos exponhais”: em busca de um verbo
  • Pai-Nosso: uma simples tradução?
  • O canto do Pai-Nosso em aramaico que comoveu o Papa na Geórgia

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