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"A Europa precisa se rebelar, não podemos nos acostumar com bebês que morrem". Entrevista com Khaled Hosseini

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02 Julho 2018

De refugiados a refugiado. Em volta da mesa em uma cozinha simples, na frente de uma bandeja de biscoitos de tâmaras feitos em casa.

Khaled sorri, olha para a pequena Haya que se mexe inquieta dos braços de sua mãe, e diz para Yaser "A salvação e o futuro dos nossos filhos vem em primeiro lugar. Vai ser muito difícil, mas vocês vão conseguir começar de novo."

Fiumefreddo di Sicilia, uma pequena cidade a meio caminho entre o Etna e o mar. É aqui, em um pequeno apartamento no primeiro andar de um Sprar (centro de segundo acolhimento) que há três meses moram Yaser, 40, sua esposa Sumeer, 39, e seus quatro filhos, Botul, 15 anos, a cabeça já coberta por um orgulhoso véu branco, Amar, 12 anos, Heba, quase 10, e a pequena Haya de 18 meses. A pequena da casa nasceu na Jordânia no campo em que, durante sete anos, esta família síria em fuga da guerra que destruiu sua vida, esperou por um corredor humanitário que os levasse a algum lugar no mundo para começar uma nova vida.

Hoje à sua mesa está um convidado especial, Khaled Hosseini, escritor afegão, embaixador do ACNUR, que ao drama dos refugiados decidiu dedicar seu novo livro "Sea prayer", a ser lançado pelas edições SEM em 30 agosto, no terceiro aniversário da morte de Alan Kurdi, o menino sírio de três anos cuja foto (jogado em uma praia turca) tornou-se um símbolo de uma tragédia que infelizmente está se renovando.

A entrevista é de Alessandra Zaniti, publicada por La Repubblica, 01-07-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

"Quando acontece novamente, quando os mortos se tornam 100, 200, 1000, cria-se uma espécie de trágico acomodamento. Eu não ouvi uma palavra de compaixão por essas outras crianças que me fizeram reviver um dia que eu nunca vou esquecer, aquele da morte de Alan. Como pai de dois filhos não consigo nem imaginar o que pode ter sentido aquele pai diante do pequeno corpo de Alan. E, depois, vendo a sua foto. É por isso que eu decidi manter viva essa memória, para ajudar ele e os milhares de migrantes como ele que, por desespero, colocam as pessoas que mais amam no mundo naqueles barcos. Para dizer ao mundo que é terrível, que não é aceitável, que deve ser encontrada uma solução, para que isso não volte a acontecer."


Eis a entrevista.

Qual poderia ser a solução? A Europa, mas também os Estados Unidos respondem blindando as fronteiras.

O imperativo moral deve ser salvar as pessoas no mar e criar canais seguros e legais para colocar a salvo os refugiados resgatados. É verdade, os estados fecham suas fronteiras, o clima não é adequado para criar compaixão e solidariedade. Nos EUA, porém, a opinião pública se rebelou. Na Europa não.

As pessoas, em minha opinião, são mal informadas, a espécie humana é insensível aos números e as estatísticas, a empatia é baseada no conhecimento. Decidi contar a história de um pai que fala com seu filho adormecido em seu colo durante a travessia em um bote. E um pai é um pai, em qualquer continente. Hoje o relato de histórias é fundamental, é um dever cívico e toda a renda desse livro vai para o ACNUR e para a fundação Hosseini para projetos em favor dos refugiados.

Intolerância, campanhas de ódio, racismo estão se espalhando em muitos países, liberando palavras e comportamento impensáveis. O que está acontecendo?

Você vê, eu estou aqui hoje na casa desta família de refugiados da Síria. Eu revivi seu drama, eles me contaram que a sua vida mudou de repente sob o peso das bombas, o peso da decisão de partir, o risco da fuga, a espera para um país que os acolhesse. E agora aqui, em uma cidade onde foram recebidos com indiferença, onde não falam com ninguém, onde não é fácil se integrar, aprender a língua, a dificuldade de começar tudo de novo. "Portas abertas", a iniciativa do ACNUR que abre aos moradores do lugar as casas dos refugiados, é uma boa oportunidade para aprender. Há uma grande disparidade na Europa entre o que as pessoas pensam e a verdade.

Qual é a verdade que a Europa não consegue ver?

É apenas o desespero, a absoluta falta de alternativas que obriga um pai e uma mãe a colocar os próprios filhos nas mãos de traficantes, a embarcá-los em um bote sabendo que o risco de morte é muito alto. É a última chance que eles têm. Não vêm aqui para viver no luxo europeu ou para roubar o trabalho. Eles vêm aqui para dar um futuro para seus filhos. Para mim, quando minha família fugiu do Afeganistão, tudo foi mais simples. Os refugiados não querem ser um fardo, todos que conheci gostariam de estar em sua própria casa. Digo isso com um magnífico poema Warsan Shire. Chama-se "Home": "Ninguém deixa sua casa até que se torne a boca de um tubarão, ninguém quer ser violentado, despertar pena.

O encontro de hoje com esta família confirma isso para mim. Vai ser muito difícil integrar-se em um país tão diferente, conseguir um emprego, construir relações sociais. Para uma família que na Síria era feliz e tinha tudo o que precisava. Mas aqui estão seguros e esse é o caminho certo. Boa vida, Yaser, boa vida.

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