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15 Mai 2018

A eleição de Matias no grupo dos Doze em substituição a Judas, o traidor, é narrada por Lucas no primeiro capítulo dos Atos dos Apóstolos; ou seja, precede a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no Cenáculo, relatada no capítulo sucessivo. Essa ressalva é importante, porque ajuda a entender a modalidade com que aconteceu a escolha: trata-se do único episódio de sorteio mencionado no Novo Testamento, e mais especificamente nos Atos dos Apóstolos. Em outros casos, tais como a designação dos sete diáconos para o serviço aos pobres, mencionada no capítulo seis, ou para a eleição dos missionários a serem enviados para algumas províncias dos capítulos doze e dezesseis, Lucas limita-se simplesmente a recordar a imposição das mãos pelos Apóstolos, a confirmar decisões tomadas de comum acordo, uma vez que depois da Pentecostes o Espírito Santo habitava agora plenamente o grupo dos seguidores de Jesus.

O comentário é de Marco Rizzi, professor de literatura cristã antiga da Università Cattolica del Sacro Cuore, de Milão, publicado por Corriere della Sera, 13-05-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Em vez disso, a escolha de Matias, celebrado como santo pela Igreja Católica no dia 14 de maio, coloca-se no intervalo de tempo entre a presença de Cristo na terra, que terminou com a Ascensão, e a descida do Espírito: não poderia de forma alguma ser atribuída a Jesus, nem o grupo dos Doze - mais precisamente os onze - poderia vangloriar-se naquele momento da autoridade necessária para tal decisão. Pelo contrário, o recurso ao sorteio era praxe comum no judaísmo, pois o resultado era considerado uma decisão do próprio Deus, como afirma o Livro dos Provérbios: "A sorte é lançada no colo, mas a decisão vem do Senhor." O procedimento muitas vezes aparece no Antigo Testamento, como para a nomeação dos sacerdotes no serviço do templo ou para selecionar os bodes a serem sacrificados no Dia da Expiação (o chamado “bode expiatório”); Jonas também foi escolhido por sorteio para ser lançado ao mar e acalmar a tempestade. Portanto, não é necessário assumir uma influência de práticas gregas e romanas, que recorriam ao sorteio para a eleição para alguns cargos políticos.

Seja como for, no caso de Matias o sorteio parece inverter as previsões: de fato, a ordem e a maneira pela qual foram apresentados os dois candidatos para substituir Judas não são casuais. Nas listas que aparecem nos escritos bíblicos, o primeiro lugar é uma posição de destaque; além disso, sobre o outro candidato, José, são relatados o patronímico, Barsabás ( "Filho do sábado") e um epíteto, "Justo", que o qualificam de forma muito positiva. Sobre Matias, no entanto, é lembrado apenas o nome. Portanto, pode-se supor que a ordem dos nomes também refletisse as preferências daqueles que os haviam proposto, ou seja, o grupo dos cerca de cento e vinte irmãos citados por Lucas, diante dos quais Pedro havia expressado a necessidade de substituir Judas.

Naquele mesmo discurso, encontramos algum vestígio de informações sobre José e Matias; Pedro afirma que o substituto de Judas deveria ter pertencido ao grande grupo de pessoas que seguiram Jesus junto com os doze por "todo o tempo que ia do batismo feito por João até o dia em que Cristo ascendeu ao céu."

Após o episódio da eleição, nem os Atos nem escritos do Novo Testamento mencionam novamente os dois. Escritores cristãos subsequentes, no entanto, não deixaram de ter interesse em Matias; em suas obras se entrelaçam dados que revelam um possível fundo histórico e outros de claro teor lendário, ou, pelo menos, problemático. No início do século IV, Eusébio de Cesareia, autor da primeira história da Igreja, considerava que Matias fazia parte do grupo de setenta discípulos enviados por Jesus em missão, de acordo com o relato do Evangelho de Lucas, no capítulo décimo.

Provavelmente, naquela circunstância devia ter-se destacado, a ponto de ser proposto posteriormente como substituto de Judas no "colégio apostólico." Um século antes de Eusébio, Clemente de Alexandria identificava Matias com Zaqueu, o cobrador de impostos de baixa estatura que tinha subido na árvore para ver Jesus, sempre na história do Evangelho de Lucas. No II século, no entanto, o romance de Pseudo-Clemente sugere a equivalência de sua figura com a de Barnabé, o companheiro de Paulo na atividade missionária. Mas dificilmente, se isso fosse verdade, o autor dos Atos dos Apóstolos deixaria de mencionar uma ou outra identificação.

Pode-se supor que Matias tenha conseguido o mandato recebido no momento da eleição "por ser testemunha da ressurreição de Cristo" junto com os Apóstolos. Isso teria comportado uma intensa atividade de pregação, que deveria ter ocorrido no ambiente palestino ou nas proximidades. As notícias relativas à sua morte, de fato, o colocam na Palestina ou na Etiópia, que nos tempos antigos correspondia à área indefinida nas margens do Mar Vermelho. Em todo caso, deve ser excluída uma missão na Grécia ou Ásia Menor ao lado de Paulo. De acordo com Nicéforo, um historiador da Igreja do período bizantino que recorre a fontes anteriores, Matias teria morrido como mártir na Etiópia, enquanto para outros teria sido apedrejado pelos judeus em Cesareia, na Palestina, embora o golpe fatal teria sido desferido pelo machado de um soldado romano. Para isso, o seu atributo iconográfico é o machado; o que o tornou o santo padroeiro dos açougueiros e engenheiros (que normalmente não associamos com o uso de armas cortantes, mas no mundo antigo o machado representava um acessório indispensável para qualquer construtor). Deve, contudo, ser considerada a tendência das fontes posteriores a transformar todos os apóstolos em mártires, como no caso de João, que os mais antigos testemunhos consideram ter morrido em Éfeso já na velhice, enquanto na Idade Média espalhou-se a lenda de sua morte em um barril de óleo fervente (por isso é o santo a ser invocada no caso de queimaduras).

De acordo com o herético gnóstico Heracleon, Matias teria morrido de morte natural no Egito, deixando o legado de seu ensinamento em algumas obras, incluindo um evangelho apócrifo e outro texto chamado As tradições. Ensinamento composto de frases incisivas e curtas, seguindo o exemplo das coletâneas de ditos de Jesus, como, "Combater a carne e maltratá-la, sem conceder qualquer licença para o prazer, para fortalecer a alma pela fé e o conhecimento". Justamente o estilo direto favoreceu a fama de Matias entre os círculos heterodoxos e gnósticos egípcios, como portador de uma revelação especial por parte de Cristo, sucessiva à sua eleição, similar ao que aconteceu com Paulo no momento da conversão e imediatamente depois. Por essa razão, o herege Basílides alegava ter assumido para si os ensinamentos de Matias.

Os testemunhos mais antigos convergem em ligar ao Egito a figura do discípulo sorteado. Portanto, não é coincidência que a Igreja Copta preserve a antiga prática de escolher seu próprio Papa por sorteio entre três nomes, indicados por um procedimento que culmina em uma votação por uma assembleia composta por todos os bispos da Igreja Copta e dos representantes, até mesmo leigos, das várias dioceses no Egito e, agora, inclusive do resto do mundo. As relíquias de Matias são preservadas, porém, na igreja de Santa Maria Maior, em Roma, na Basílica de Santa Giustina, em Pádua e na Catedral de Trier.

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