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26 Abril 2018

Na história a criação mais antiga (Gen 2.4a-28), toda a obra da criação culmina na criação do homem.

Roberto Mela, teólogo, comenta o livro Simone Paganini, Cappuccetto rosso e la creazione del mondo. Come si interpreta un testo (Chapeuzinho Vermelho e a criação do mundo. Como se interpreta um texto, Lapis Lazuli sn), EDB, Bologna 2018, pp. 80, em artigo publicado por Settimana News, 24-04-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o comentário.

Cappuccetto Rosso e la creazione del mondo.
Come si interpreta un testo
Simone Paganini
EDB, 2018, 80 páginas

Na primeira dos cinco cenas (2,4b-7) Deus cria a vida fazendo chover sobre a terra seca e formando o ser vivo para que a cultive.

Na segunda cena (2,8 a 14) Deus também trabalha, plantando um exuberante jardim.

Na terceira cena (2,15-17) Deus coloca o ser humano no jardim e se dirige a ele pela primeira vez dizendo que ele pode comer de todas as árvores, exceto daquela do conhecimento.

Na quarta cena (2,18-22) Deus fala a si mesmo, decidindo fazer uma ajudante para o homem que lhe seja idônea. Assim forma a mulher do flanco (mais que da costela) do homem.

Na quinta cena (2,23-25), o homem fala pela primeira vez, louvando poeticamente e com amor a mulher que é apresentada.

No relato da criação mais recente (Gen 1,1-2,4a), a tradição se reformula colocando no coração não a criação do homem, mas dos corpos celestes: sol, lua e estrelas. A sua criação constitui a quarta cena (1,14 a 19), a cena central de uma estrutura setenária concêntrica (1,3-5.6-8.9-13.14-19.20-23.24-31; 2,1-3) que distribui o material narrativo em seis cenas, três que precedem e três que sucedem aquela central.

Escrito quando Israel estava no exílio e em perigo de desaparecer como povo, Gen 1 não quer narrar a modalidade da criação do mundo (Gen 2 já existia), "mas mostrar como o seu Deus, o Deus de um povo derrotado e em exílio, fosse o mais poderoso de todos" (p. 70). É o primeiro passo para a fé monoteísta. Colocar no centro um Deus que criou os astros é uma mensagem revolucionária ao nível político. Uma tábua retrata Nabonidus que, em vestes sacerdotais, adorava três divindades: Astarte que é a estrela mais luminosa do céu, Sin que é a lua, e Shamash, que é o sol alado.

O texto do Gen 2 expressa uma mensagem muito forte de esperança e rebelião contra o império babilônico dominante que destruiu o templo em Jerusalém. Mas o Deus dos judeus não é um Deus perdedor, que vai desaparecer da face da terra. Ele é o Deus criador, não só do homem, mas até dos deuses daqueles que derrotaram e conquistaram Israel.

A estrutura sedentária de Gen 1,1-2,4a – de padrão concêntrico, com a cena central da criação dos astros (Gen 1,14-19) - "expressa assim uma mensagem profundamente política, que quer tranquilizar e dar confiança aos fiéis do Deus de Israel no exílio "(p. 72).

Gen 1 corrige e reelabora a narrativa mais antiga de Gen 2 e constrói "uma nova estrutura de composição usando o conteúdo de uma história neutra - eventualmente relevantes apenas para definir o papel da mulher em relação ao homem - para transmitir uma mensagem de profundo conteúdo político e religioso "(p. 73).

A estrutura formal dinâmica do Gen 1 permite entender de forma inequívoca a intentio auctoris. Narrando "a criação, os autores do Gênesis 1 transmitem uma mensagem que vai muito além da narrativa original da qual tinham partido. Eles apresentam uma visão revolucionária da sociedade em que se encontram vivendo, contra a sua vontade, e contribuem para estabelecer a identidade do povo de Israel durante o exílio na Babilônia" (pp. 73-74).

Paganini pretende explicar os elementos básicos necessários para decodificar um texto bíblico, inserindo-o no seu contexto histórico e literário, em busca não só da intentio auctoris, mas também da intentio operis. Isso requer a análise das modalidades narrativas e a intenção final, inclusive pragmática, da história.

Para ilustrar o procedimento, Paganini recorre à fábula de Chapeuzinho Vermelho. Na versão francesa de Charles Perrault, inserida em uma coleção de fábulas publicadas em 1697 e destinada a ser lida para a corte francesa de Luís XIV, o Rei Sol, na sua corte de Versalhes, o final da fábula é trágico, com Chapeuzinho Vermelho que tira as roupas e vai para a cama com o lobo, comida como sua avó que a precedeu. Não há caçador que intervenha para salvá-las.

O aviso moralizante da parábola (não fabula) é alertar as garotinhas para não dar confiança para maníacos perversos e desequilibrados, que podem atentar contra a sua inocência.

Os Irmãos Grimm, em 1912, recolhem uma história em que Chapeuzinho Vermelho também desobedece à sua mãe, mas no final, depois de ser comida pelo lobo - mas sem ter ido para a cama com ele depois de ter se despido - é salva pelo caçador com a sua avó depois dele cortar o lobo.

Na história de O Lobo e os sete cabritinhos, os Irmãos Grimm modificam ainda mais o texto, certificando-se que Chapeuzinho Vermelho corra para resgatar os sete cabritinhos comidos pelo lobo fazendo engolir grandes pedras ao lobo, de forma que morra e possa ser abatido e esfolado pelo caçador, salvando os cabritos. Chapeuzinho Vermelho explica para si mesma a moral: "Nunca mais vai correr sozinha na floresta, longe do caminho, quando a mãe te proibiu".

No primeiro conto a salvação poderia ser pensada incorretamente como automática, graças à intervenção do caçador; no segundo, insiste-se na obediência da garota que não desafia a salvação automática, mas obedece à mãe por prudência internalizada.

O conto de Perrault e as duas versões dos irmãos Grimm mostram como a intentio auctoris e a intentio operis mudam ao longo do tempo e nas culturas, assim como aconteceu com o Gen 1,1-2,4a em relação ao Gen 2,4b-28, reutilizado e modificado com uma intentio operis muito diferente expressa com uma estrutura literária modificada. É esta que deve ser procurada, porque o texto é a única realidade que concretamente existe diante do leitor.

O exegeta não deve procurar tanto as respostas, mas "entender a quais perguntas o texto quer responder" (p. 78, grifo do autor). Da mesma forma que não precisamos nos questionar sobre o aparato digestório do lobo, também não há necessidade de questionar sobre a criação ex nihilo, que aparece apenas com 2 Mac. "A narrativa da criação em sete dias quer responder a outra pergunta, que é de caráter teológico e político, não científico. A exegese, portanto, não é só a expressão de um método científico que quer encontrar respostas a partir da análise de um texto, mas sim a arte de conseguir colocar para um texto antigo as perguntas corretas" (pp. 77-78).

Paganini fez muito bem em publicar sua palestra (revista), realizada na Universidade de Aachen, no semestre de inverno de 2017. Um pequeno texto, mas muito útil e estimulante.

Leia mais

  • O diálogo entre o Gênesis e a psicanálise
  • O feminino no Gênesis: homem e mulher face a face
  • A cobiça como desejo que não aceita ser estruturado por um limite. Leituras do Gênesis pelo exegeta André Wenin
  • O verdadeiro poder de Deus é o poder de reter-se. André Wenin, exegeta belga, analisa Gênesis 1-4
  • Do Gênesis a Saint-Exupéry, milhares de vozes para uma meditação
  • Evolução e pecado original: releituras do Gênesis
  • A salvação revelada a todas as nações
  • Interpretar a Bíblia, segundo o cardeal Ravasi
  • Deus e o mundo: a doutrina trinitária da criação. Artigo de Jürgen Moltmann

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