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É realmente tudo culpa da religião? Artigo de Lucetta Scaraffia

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02 Fevereiro 2018

“Mulheres e homens, ambos vítimas da mesma estrutura social antiga e penetrante, não seriam oprimidos pela tradição religiosa, mas sim pelas próprias resistências à mudança.”

A opinião é da historiadora italiana Lucetta Scaraffia, membro do Comitê Italiano de Bioética e professora da Universidade de Roma “La Sapienza”. O artigo foi publicado por L’Osservatore Romano, 01-02-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Uma das convicções mais enraizadas do nosso tempo é de que as religiões estão na origem da opressão das mulheres e que, em particular, a religião islâmica as humilha e proíbe a liberdade delas. Até alguns anos atrás, quando a presença islâmica na Europa ainda não era tão penetrante e não parecia apresentar problemas particulares, a “besta negra” do feminismo era a Igreja Católica, pelo seu fechamento diante do aborto e dos anticoncepcionais e pela recusa do sacerdócio feminino, mas hoje o seu lugar, sem dúvida, foi tomado pela tradição islâmica.

Véus impostos, burkini, esposas e filhas segregadas nas periferias das cidades europeias colocaram diante dos olhos de todos um exemplo bem mais forte de falta de respeito por aquela liberdade individual feminina que, em vez disso, foi conquistada nas nossas sociedades. A reação é violenta e imediata, e algumas mulheres islâmicas perseguidas também se fazem porta-vozes disso, ao indicarem na secularização o único caminho viável para alcançar a liberdade feminina.

Mas é realmente assim? Como ocorre dentro da tradição cristã, em que muitas estudiosas redescobrem as raízes feministas dos Evangelhos, assim também algumas estudiosas da tradição muçulmana estão trazendo à tona uma realidade mais variada e complexa.

Mas a primeira que começou a olhar com olho crítico para esse estereótipo foi uma antropóloga e historiadora francesa, Germaine Tillion, com um livro sobre a família na área do Magrebe, cujo olhar se abre para toda a zona mediterrânea, L’harem et les cousins, lançado em 1966, após cerca de 20 anos de pesquisas de campo.

Seu objeto de estudo é a degradação progressiva da condição feminina na zona mediterrânea, mas sem procurar fáceis bodes expiatórios nas religiões. Tillion conecta essa situação com a existência de uma estrutura social relativamente homogênea nas costas tanto meridionais quanto setentrionais do Mediterrâneo, distinguindo, portanto, a fé religiosa das práticas sociais, nas quais traça a origem pré-histórica de uma endogamia mediterrânea, que sobreviveu às grandes revoluções religiosas como o cristianismo e o Islã.

“A sociedade ‘histórica’ [a nossa] (...) venera o próprio parentesco do lado paterno, abandona aquela socialização intensa (conhecida como exogamia) que salvou a sociedade ‘selvagem’ e, acima de tudo, é fanática pelo crescimento em todos os campos: econômico, demográfico, territorial.” Um modelo social expansionista e conquistador que é aquele em que nós mesmos ainda vivemos.

A longa duração na qual a autora define seu discurso também envolve a Europa e serve para sublinhar como as grandes religiões – cristianismo e Islã – fracassaram na sua tentativa de valorizar as mulheres. Tillion, de fato, revela como a norma corânica que impõe que se dê uma parte da herança às filhas (mesmo que metade daquela que cabe aos homens) e a liberdade de administrá-la às mulheres casadas nunca foi implementada pelas tribos nômades endogâmicas, porque significaria a desagregação da tribo.

Portanto, caíram no vazio as “prescrições que representavam, no momento em que o Alcorão foi revelado, a legislação mais ‘feminista’ do mundo civilizado”. Populações caracterizadas por uma fervorosa religiosidade muçulmana, portanto, não tiveram problema em ignorar uma norma corânica que teria dado às mulheres uma maior autonomia individual.

Mas o mesmo, lembra Tillion, ocorreu nas sociedades cristãs: o crime de honra que atingiu algumas áreas da península italiana até tempos infelizmente recentes certamente não pode ser considerado coerente com o ensinamento cristão.

A estudiosa conclui, então, que as tradições sociais foram mais resistentes do que as forças religiosas novas que se sobrepuseram, dominando apenas aparentemente as culturas mediterrâneas durante séculos.

A partir da sua pesquisa pontual, emerge que o controle sobre as mulheres se torna mais rígido nas fases de transição de um sistema cultural a outro: “A degradação da mulher não acompanha, portanto, a endogamia, mas sim uma evolução incompleta da sociedade endogâmica”, que se produz no contato entre a sociedade urbana e a tribal como reação protetora em relação ao espaço aberto da vida cidadã.

À degradação das condições de vida, as populações reagem controlando as próprias mulheres, ou seja, suas coisas. Trata-se, portanto, de sustentar uma mudança mal sucedida, causa de mal-estar social. “Em suma, o Islã quase ‘reabsorveu’ sozinho um fenômeno social cuja relação com ele diz respeito essencialmente à geografia e não à teologia”, escreve Tillion.

A novidade da análise de Germaine Tillion também consiste em identificar como problemático o conceito de masculinidade mediterrâneo, que prevê uma valorização desmedida da virilidade, causando angústias no indivíduo.

Mulheres e homens, ambos vítimas da mesma estrutura social antiga e penetrante, portanto, não seriam oprimidos pela tradição religiosa, mas sim pelas próprias resistências à mudança.

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