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11 Novembro 2011

A sociedade moderna se emancipou do sagrado, mas corre o risco de fazer um uso da força indiscriminado. Na conversa com o teólogo Wolfgang Palaver, o antropólogo René Girard sintetiza o seu pensamento: dos mitos arcaicos ao terrorismo fundamentalista, as religiões antigas orientam a fúria sobre um indivíduo só: é o nascimento do sacrifício.

A análise é do filósofo italiano Roberto Esposito, em artigo para o jornal La Repubblica, 09-11-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O círculo dos perseguidores se aperta em torno da vítima, indefesa e aterrorizada. Eles buscam a sua carne, a dilaceram, se alimentam do seu tormento. O último grito incide indelevelmente sobre a sua alma, até que a angústia e o sentimento de culpa toma conta deles. Agora, eles se sentem, por sua vez, perseguidos e aferrados pela morte que deram. Pouco a pouco, unem-se ao grito da vítima, colocando-se do lado da dor. Agora, a "troca de perseguição" tornou-se "troca do lamento".

Essa cena, reproduzida em poucas e rápidas sequências em Massa e potere, de Canetti, é estendida ao longo das diversas fases da civilização humana por René Girard. Duas conversas com o teólogo Wolfgang Palaver, ocorridas depois do 11 de setembro de 2001, agora traduzidas pela editora Cortina sob o título de Religione e violenza, sintetizam o seu percurso que iniciou há 50 anos com o livro Menzogna romantica e verità romanzesca.

Como se aperta o nó entre religião e violência? Qual das duas é causa, e qual é o efeito uma da outra? E, acima de tudo, como se determina a passagem – crucial também para a nossa condição contemporânea – da concepção do sacrifício de uma vítima inocente à ideia de poder sacrificar a si mesmo, ou a si mesmos, em favor dos outros?

A tese do autor é de que, no início, há a violência desencadeada pelo desejo mimético – isto é, voltado ao objeto apenas por também ser desejado por outros. Como testemunha disso, além da experiência cotidiana, a grande narrativa de Cervantes a Dostoiévski, A deseja B porque C também deseja. Por isso, as coisas, ou a mulher, dos outros sempre parece mais desejável aos nossos olhos. É essa rivalidade, constitutiva do próprio mecanismo do desejo, que provoca uma violência infinita, potencialmente destrutiva do gênero humano.

Só nesse momento intervêm as religiões arcaicas de uma forma que atenua a violência, incorporando-a, isto é, orientando-a a um único indivíduo. É a origem do sacrifício ritual que se abate sobre o bode expiatório. Uma fresta se abre no coração da violência, para logo depois voltar a se fechar em torno da vítima designada. Ela desloca o próprio objetivo: de todos a um – um no lugar de todos.

Nos mitos fundadores das religiões mais antigas, repete-se obsessivamente a mesma cena original, reproduzida em Totem e Tabu de Freud. Alguém – muitas vezes até fisicamente diferente dos outros – é cercado e morto, atraindo sobre si o ódio que, de outra forma, acabaria aniquilando toda a comunidade. Desse modo, longe de ser a causa, a religião constitui, ao mesmo tempo, o efeito e a barreira da violência. O círculo de morte que se fecha em torno da vítima é o mesmo que permite a sobrevivência dos outros.

Naturalmente, para que esse mecanismo possa funcionar, aquele que é atingido deve ser considerado culpado – só assim os seus carnífices aparecem como inocentes. Os mitos arcaicos convergem todos nessa direção, fundindo-se com as religiões do sacrifício.

Até que, em um certo ponto, algo muda – quando uma religião, a judaico-cristã, destacando-se e contrapondo-se às outras, inverte não a realidade, mas sim a interpretação do evento sacrificial. Ainda nos Salmos, pela primeira vez, a vítima se rebela contra o linchamento, declarando a sua própria inocência. Mas é a Crucificação que rompe definitivamente com o dispositivo vitimário – não salvando a vítima, mas identificando na multidão dos perseguidores os verdadeiros culpados. É justamente o abandono espontâneo de Cristo à violência deles que reescreve a história do homem a partir de uma perspectiva diferente que restabelece a verdadeira distinção entre culpa e inocência.

Quando Nietzsche aproxima Dionísio e Cristo, capta, pela primeira vez, a conexão entre mitologia e cristianismo, sem, porém, se colocar ao lado das vítimas. Tendo chegado a encostar na verdade, mas não podendo sustentar a sua luz ofuscante, ele se refugia na loucura, mantendo coberto o segredo que nos mantém prisioneiros há milênios.

O que dizer de tal perspectiva? Até que ponto o relato do autor parece ser convincente? Certamente, com relação a quem, como Dawkins em Deus: Um delírio (Companhia das Letras, 2007), atribui à religião responsabilidade primeira pela violência, a inteligência e também a sugestão da reconstrução de Girard é incomparável. No que se refere ao terrorismo fundamentalista que explodiu nos últimos anos, ele não o remete a uma matriz teológica, mas sim a uma politização paroxística da religião. Enquanto isso, não devemos esquecer que, apesar de desvios também no judaísmo, o monoteísmo islâmico está longe do cristianismo, precisamente porque não admite a possibilidade do sofrimento de Deus, obstaculizando, deste modo, o significado do mecanismo sacrificial.

Mas o que importa é sobretudo a diferença entre o monoteísmo religioso e o político. Diferentemente do primeiro, este acaba reativando o impulso indiferenciado da violência na medida em que antepõe o poder à verdade. Por isso, Girard vê no mundo contemporâneo, de um lado, uma radical diminuição da violência, devida à revelação do mecanismo vitimário, mas de outro, a possibilidade catastrófica, tornada tangível pelos armamentos nucleares, de uma multiplicação das vítimas.

Emancipando-se do sagrado, as nossas sociedades se libertam da violência que ele produzia, mas também do escudo protetor que ele constituía contra uma violência indiferenciada. É como se a sociedade moderna, finalmente dissolvida pela imposição do sacrifício, perdesse também a verdade invertida que ele continha, trazida finalmente à luz pela religião cristã.

No entanto, apesar da riqueza do seu raciocínio, justamente nessa referência à verdade da Cruz, o discurso de Girard parece mostrar um duplo limite. Acima de tudo, porque não leva em conta a teologia da Glória em que a teologia da Cruz foi muitas vezes virada de cabeça para baixo. E depois porque, fazendo da fé necessariamente insegura, e também "irracional", a expressão de uma verdade, ou melhor, da única verdade, ela corre o risco de colocar novamente em movimento a mesma lógica excludente e, portanto, também potencialmente sacrificial, que ele pretendia denunciar. O que estava, no fundo da mentira obscena do sacrifício, se não a pretensão de matar em nome de uma verdade mais poderosa do que uma simples vida humana?



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