14 Julho 2025
"Rojas, bispo mexicano naturalizado estadunidense, usou sua prerrogativa para afirmar que a liberdade vale uma missa e para denunciar tanto a pandemia desencadeada pelo egoísmo supremacista quanto a guerra racial travada contra os mais fracos da sociedade estadunidense", afirma Tonio Dell'Olio, padre italiano, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana em www.mosaicodipace.it, 11-07-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.
Na Igreja, existem leis que são muito raramente utilizadas. Há uma, por exemplo, que permite ao bispo de uma diocese dispensar os fiéis, ou uma categoria deles, da obrigação de comparecer à missa dominical. Geralmente, é aplicada diante de um perigo real e grave, como a guerra ou a pandemia, mas D. Alberto Rojas, bispo de San Bernardino, na Califórnia, emitiu um decreto para dispensar os fiéis latinos da missa porque correriam o risco de serem parados pela polícia de imigração de Trump e "deportados". Na realidade, esse ato é uma denúncia aberta e evangélica que pede respeito pela dignidade das pessoas e a garantia do direito à mobilidade.
Em suma, Rojas, bispo mexicano naturalizado estadunidense, usou sua prerrogativa para afirmar que a liberdade vale uma missa e para denunciar tanto a pandemia desencadeada pelo egoísmo supremacista quanto a guerra racial travada contra os mais fracos da sociedade estadunidense.
Um bispo corajoso que, já em 23 de junho, havia denunciado por escrito as "prisões indiscriminadas de irmãos e irmãs realizadas ao saírem de casas, no local de trabalho ou em outros locais públicos", como de fato tinha acontecido em um salão paroquial onde os fiéis estavam reunidos.
"Esses atos", continuou o bispo, "não respeitam nem o direito a um julgamento justo nem a dignidade dos filhos de Deus".