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É o tempo de mudanças turbulentas. É por isso que precisamos de uma teologia 'rápida'. Artigo de Antonio Spadaro

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20 Janeiro 2025

"Nessa realidade de mudanças culturais, novos sujeitos estão surgindo, com novos estilos de vida, formas de pensar, sentir, perceber e estabelecer relações. Nessa situação cultural, o maior desafio é dialogar empaticamente, também em busca de novas linguagens para expressar a fé", escreve Antonio Spadaro, jesuíta e ex-diretor da revista La Civiltà Cattolica, em artigo publicado por Avvenire, 19-01-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

As mudanças que experimentamos não são “velozes”. Elas são “rápidas”. A Igreja nunca prestou muita atenção à velocidade dos fenômenos. Em vez disso, enfatizou sua “rapidez”. Foi João Paulo II quem falou sobre o “rápido desenvolvimento das tecnologias”, por exemplo. No adjetivo “rápido” encontra-se a raiz de “raptar”, ou seja, agarrar, arrastar. O trem é veloz: corre sem ser perturbado em um trilho sem envolver nada mais. A alta velocidade lhe é própria. “O século da motorização impôs a velocidade como um valor mensurável, cujos recordes marcam a história do progresso das máquinas e dos homens”, observa Italo Calvino em seu Lições americanas. 'Rapidus', por outro lado, não é o que corre, mas o que rapta, arrasta, arrebata. E também é capaz de envolver atitudes, estilos de vida, compreensões da realidade, da política.

A invenção da luz elétrica “raptou” o ritmo de nossos dias; as redes sociais, nossa capacidade de relação; a inteligência artificial, nossa forma de pensar.

O ritmo acelerado de nosso tempo atual exige ser atravessado. Isso lembra o convite de Jesus aos discípulos: “Passemos para a outra margem”, que - a propósito - foi o lema de uma das viagens apostólicas mais delicadas e difíceis de Francisco, a da República Centro-Africana. Passar para a outra margem “pressupõe uma passagem que ocorre nas consciências, atitudes e intenções das pessoas”, havia afirmado o Pontífice na época. À noite, Jesus está diante da multidão no Mar da Galileia, um espelho de água exposto a tempestades de vento repentinas. Ele está falando de um pequeno barco que balança nas ondas. Justamente naquele exato momento - talvez o menos oportuno - convida à travessia. Está escuro. Não será uma travessia ao luar: o caos chega na forma de águas tumultuosas. De repente, “levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia”. O caos não perturba Jesus. Pelo contrário, ele está sentado na popa, em seu travesseiro, dormindo. E esse sono devia ser profundo, pois ele não acorda nem mesmo com o bater das ondas e a água que invadiu o barco! O caos não perturba o descanso. O Senhor é sempre senhor da situação, mesmo quando está “dormindo”. E é assim que intervém como libertador. Então, imediatamente “o vento cessou e houve grande bonança”. Jesus pode, portanto, dizer a seus discípulos: “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?” (Mc 4,35-41). Essa imagem retrata bem o chamado de Jesus para atravessar para a outra margem, cruzando águas ameaçadoras e rápidas.

A “corredeira” é o trecho de um rio cujo leito adquire subitamente uma inclinação, produzindo uma aceleração de seu curso com ondas e turbulência. Não se trata de uma correnteza tranquila, nem de uma cachoeira. Essas são as águas nas quais navegamos em nossa passagem. Nas ondas, lemos as transformações culturais e sociais que hoje se agudizaram, mas também nossos medos. A característica da “mudança de época” é que as coisas parecem não estar mais no seu lugar. O que antes servia para explicar o mundo, as relações, o bem e o mal, agora parece ter se tornado inútil.

Parece provável que o que nos parecia normal da família, da Igreja, da sociedade e do mundo não será mais como era antes. Em espanhol, Francisco evocou a rapidación, que “aprisiona a existência no vórtice da velocidade”, levando a mudar “continuamente os pontos de referência”.

Não podemos nos iludir achando que estamos vivendo em uma situação transitória, em que é preciso esperar que passe, e então as coisas voltarão a ser como sempre foram. Tampouco se pode assumir a atitude do avestruz e fazer “como se” o mundo fosse diferente. É preciso coragem para superar os medos, atravessar o mar e fazer a travessia junto com a humanidade desse nosso tempo.

Surfando nessas corredeiras, vemos hoje uma grande mudança na relação entre o cristão e a cultura. A Igreja perdeu a direção da produção cultural, que tinha sua base e propósito em uma visão teológica da vida. Nossa prancha nem sempre nos sustenta. A maneira de evangelizar, entrando em culturas complexas, híbridas, dinâmicas e mutáveis como as atuais, implica a maturidade de compreender que somos atores, e talvez às vezes protagonistas, mas sempre juntos e ao lado dos outros. Nosso futuro não é mais construído em busca de “hegemonias culturais”.

Nessa realidade de mudanças culturais, novos sujeitos estão surgindo, com novos estilos de vida, formas de pensar, sentir, perceber e estabelecer relações. Nessa situação cultural, o maior desafio é dialogar empaticamente, também em busca de novas linguagens para expressar a fé.

A reflexão crítica e o discernimento deficientes, ao contrário, podem levar ao subjetivismo religioso fundamentalista ou a um sincretismo superficial. Somos chamados a ler essa inquietude na sociedade e a valorizá-la, pois todos os sistemas que tentam “apaziguar” o homem são perniciosos. Devemos manter viva a capacidade de sonhar com “novas versões do mundo” (Papa Francisco). Nisso consiste a nossa travessia das corredeiras de nosso tempo. É preciso levar nossos motores ao limite para superar o redemoinho de Cila e Caribdis. Não devemos ser vítimas do medo diante das grandes mudanças da história. Aquelas que estamos vivendo, afinal, são muito significativas, mas certamente não são as primeiras da história humana. Por exemplo, já passamos por mudanças abruptas de “inteligência” na história: basta pensar na revolução do Iluminismo, à qual o Romantismo respondeu em seguida. A humanidade produz essas mudanças e deve aprender a geri-las com sabedoria.

Contemplar Cristo vivo em nosso tempo liberta o cristão das tentações que pensam ser necessário reciclar o Evangelho, transformando-o em uma oficina de restauração ou em vários laboratórios de utopias. É necessário ter a coragem de nos lançarmos no futuro, confiantes no fato de que o Senhor não é apenas um “farol” que fica parado e emite luz à distância, mas está justamente no nosso barco sacudido pelas ondas, salvando-nos com o descanso de sua consolação. Ele é o Senhor das marés. O caos não perturba seu descanso nem o faz perder o domínio da situação.

A teologia, portanto, deve assumir a tarefa de pensar as ondas, além das margens de desembarque, de se lançar nas corredeiras e pensar rapidamente, correndo, sem reclamar que não tem tempo para raciocinar, para planejar. Precisamos de pensamento teológico rápido, de uma “teologia rápida”. E não basta mais pretender sempre uma parada para olhar as estrelas a fim de se orientar: é preciso aprender a entender a posição na corrida para traçar rotas. Corremos o risco de manter uma visão excessivamente “ontológica”, teorética, estática da contemplação. Corremos o risco de continuar a acreditar em Mercúrio (e sua destreza) bem separado de Saturno (e sua contemplação solitária). Esse politeísmo não nos serve. Também é preciso entender a direção dos ventos e prever os possíveis vendavais. Afinal, esse é o significado original de “cibernética” (etimologicamente, a arte de dirigir), que é estar em actione contemplativus, como a devoção moderna já propunha nos séculos XIV e XV e, depois, a espiritualidade inaciana. Mas o padre jesuíta Claude Larre também observou isso em seu esplêndido (e esquecido) comentário espiritual sobre o antigo Tao Te King: a abordagem contemplativa de Lao Tzu entende a vida como uma arte que se casa com o contexto e o fluir da realidade. A memória eclesial deve se unir ao instinto para transformá-lo em “intuição”, que é a capacidade de perceber, discernir e avaliar com rapidez uma situação em seu devir.

A Igreja - ainda mais graças à sua sinodalidade cada vez mais radical - hoje precisa habitar não apenas portos seguros, onde possa guiar as pessoas como se faz nos terremotos. Ela também precisa se estabelecer em lugares expostos às corredeiras, aos ventos e até mesmo às tempestades que sacodem o mundo. É nesses lugares agitados e ventosos que sopra o Espírito.

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