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Atirar para matar: a guerra total de Israel contra os civis de Gaza

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04 Abril 2024

As imagens mostram quatro jovens caminhando por um local cercado por casas destruídas pelos bombardeios israelenses em Khan Younis, no sul de Gaza. Não correm, nem carregam armas. De acordo com testemunhos locais, dirigem-se até suas casas para verificar se ainda estão em pé, uma vez que as forças israelenses parecem ter se retirado da área.

A reportagem é de Iñigo Sáenz de Ugarte, publicada por El Diario, 02-04-2024. A tradução é do Cepat.

Um drone israelense os descobre e se lança contra eles. O primeiro míssil mata dois. O operador do drone vê um terceiro se afastando, caminhando sem olhar para trás e volta a atirar. O quarto não chegou tão longe. Tropeça e cai no chão. É eliminado com um terceiro míssil.

As vítimas não representavam qualquer ameaça e não faziam nenhuma tentativa de se esconder. Simplesmente, estavam em uma área onde qualquer civil palestino estava destinado a morrer. Só por andar pelas ruas.

“Nossos chefes, quando identificávamos alguém em nossa zona de operações que não fazia parte das nossas forças, pedia que atirássemos para matar”, disse anonimamente um soldado ao jornal israelense Haaretz, depois dessas mortes. “Disseram-nos explicitamente que mesmo que um suspeito entrasse em um edifício onde houvesse pessoas, deveríamos disparar contra o edifício e matá-lo, ainda que outras pessoas ficassem feridas”.

Esta é uma das formas que os militares israelenses utilizam para matar civis em Gaza, nesta guerra. As vítimas não precisam portar armas. Não precisam sair de um túnel ou de um prédio para se dirigir até um local onde estão os soldados. Não precisam ser identificadas de forma alguma como combatentes do grupo palestino Hamas. Só precisam perambular por um local onde há ordens para atirar e matar qualquer um que se aproxime.

Desde o início da guerra, Israel matou 32.916 palestinos, segundo os últimos números do Ministério da Saúde de Gaza. As autoridades israelenses afirmam que eliminaram milhares de membros do Hamas. Chegaram a apresentar o número de 9.000, ainda que seja uma especulação porque é impossível que saibam quantos mataram.

A primeira versão do Exército sobre este fato consistiu em afirmar que “um terrorista que havia disparado um foguete” contra o território israelense foi localizado e eliminado. Se a rede de televisão catariana Al Jazeera não tivesse transmitido as imagens, no dia 21 de março, a história, ocorrida em fevereiro, poderia ter acabado ali como um dos muitos anúncios com os quais os militares confirmam que estão cumprindo a missão confiada por seu governo.

Já em março, um alto comandante militar admitiu ao Haaretz que se tratava de “um incidente muito grave” porque as vítimas não portavam armas e não representavam uma ameaça.

O caso de Khan Yunis confirmou o que já havia sido denunciado em outras ocasiões. Israel cria constantemente “zonas para matar” (kill zones, em inglês) nas quais suas tropas disparam contra qualquer coisa que se mova. Qualquer pessoa ou grupo que entre nessa zona é automaticamente considerado uma ameaça. Será assassinado – assassinato é o termo adequado quando há razões para acreditar que se trata de um civil – pelos soldados mais próximos ou por um drone operado a distância. Não se trata de um erro ou um acidente, mas de um padrão de comportamento.

“Na prática, um terrorista é qualquer pessoa que as Forças de Defesa de Israel mataram nas zonas onde as suas forças operam”, disse um oficial ao Haaretz, no artigo em que se explica esta política. A sentença de morte, para denominá-la de alguma forma, é aplicada por estar situado em um lugar concreto. Não é a confusão inerente ao campo de batalha em uma guerra, que em inglês se denomina the fog of war. Trata-se de uma tática escolhida e executada com total frieza.

Todo Exército opera com normas de combate em que seus soldados sabem em quais situações devem abrir fogo. Grupos de direitos humanos, recorrendo a casos como o de Khan Yunis, denunciam que estão sendo utilizadas normas mais “flexíveis” do que em guerras anteriores e que muitos comandantes abrem caminho para que suas tropas disparem quando considerarem necessário. A cúpula militar tentou, ocasionalmente, conter essa liberdade que generais e coronéis assumiram, mas sem resultados. Os comandantes que permitem e encorajam a matar civis se limitam a informar que mataram alguns terroristas.

Esta carta branca para atirar prejudicou a integridade das próprias tropas. Em janeiro, soube-se que 36 dos 188 militares tombados em combate até aquele mês tinham morrido por incidentes de fogo amigo ou acidentes. A porcentagem é de 19%, um número gigantesco e sem precedentes nas guerras das últimas décadas, no caso dos exércitos modernos.

Um caso semelhante foi o dos três reféns israelenses que escaparam e que saíram de um edifício em uma kill zone, em dezembro. Dispararam contra eles, ainda que houvessem tirado as camisas, agitando-as como bandeiras brancas. Gritaram em hebraico que eram israelenses e o comando militar da região lhes autorizou a sair, garantindo que não atirariam. Contudo, um soldado que não recebeu essa informação e tinha ordens para atirar em qualquer palestino que visse na rua abriu fogo e os matou.

O Exército chamou isso de “um evento trágico”. Se as vítimas fossem palestinas, o incidente nem sequer teria sido noticiado.

A presença de tropas em atitude agressiva faz com que seja normal que os civis se escondam em suas casas. A guerra está prestes a completar seu sexto mês. Especialmente na zona norte de Gaza, as 300.000 pessoas que se estima que continuam vivendo lá precisam sair às ruas para tentar encontrar comida onde quer que seja e não morrer de fome ou verificar se a sua casa foi destruída.

O ataque de terça-feira ao comboio humanitário da World Central Kitchen (WCK), a ONG dirigida pelo chef espanhol José Andrés, é um exemplo da política de atirar contra civis só porque nas imediações - seja em uma casa ou em um veículo – pode estar um suposto membro do Hamas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou esta situação como “ataque não intencional”. Foi tudo menos isso. Um drone atacou o primeiro dos três carros, que circulavam a 500 metros de distância um do outro como medida de segurança, e depois disparou outras duas vezes contra os outros dois veículos. Morreram sete pessoas da ONG, cinco estrangeiros e dois palestinos com dupla nacionalidade, estadunidenses em um caso e canadense no outro.

Após a primeira explosão, os ocupantes do carro blindado que sobreviveram esperaram o segundo veículo, entraram nele e notificaram o ataque. Entraram no segundo carro, que também recebeu um impacto que causou danos maiores. Quando o terceiro chegou, colocaram os feridos dentro e continuaram o trajeto. Segundos depois, um terceiro míssil destruiu o carro. Foi um ataque deliberado contra cada um dos veículos. A possível existência de um homem armado fez com que os militares decidissem que era legítimo matar a todos.

Fontes militares citadas pelos meios de comunicação israelenses sustentam que um homem armado viajava em um caminhão carregado de alimentos que fazia parte do comboio e que ficou no armazém de Deir al-Balah, no centro de Gaza, onde foi entregue a ajuda. É possível que se este indivíduo armado existia, fosse um policial de Gaza com a missão de proteger os alimentos diante da possibilidade de um roubo.

Os carros, identificados com a logo da WCK no teto, retornaram, agora sem o caminhão, em direção a Rafah, no sul, por uma rota previamente acordada com o Exército israelense. A unidade militar encarregada de vigiar aquela estrada ordenou ao operador do drone atacar o comboio e acabar com todos os seus ocupantes.

Philip Gourevitch, jornalista da revista The New Yorker e autor do livro mais conhecido sobre o genocídio de Ruanda, escreveu com clareza, mencionando também o ataque de segunda-feira contra o consulado iraniano na capital síria: “A inteligência incrivelmente precisa e a exatidão no ataque aéreo de Israel contra os generais iranianos em Damasco permite confirmar, se necessário, que tudo o que se faz em Gaza é igualmente deliberado e não um produto do talvez inevitável dano colateral da luta contra o Hamas”.

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