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A nossa Epifania marcada pelo ódio. Artigo de Vito Mancuso

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08 Janeiro 2024

"Entre os muitos votos recebidas entre o Natal e o Ano Novo percebi em quase todos os lugares, desencavando sob as palavras convencionais usuais, amargura, preocupação, desorientação, medo. O sentimento generalizado é a percepção de ter que lidar com um mundo que ninguém mais controla. Não digo governa, mas pelo menos, em alguns aspectos, controla. Não, nenhum governo e nenhum controle. Disso deriva uma sensação de ansiedade e angústia crescentes, às quais ninguém parece realmente apto a responder. A maioria se sente como se vivesse dentro de uma nuvem negra, cheia não de chuva, mas de poluição, e na sua mente vai crescendo desproporcionalmente precariedade, indeterminação, falta de sentido, desorientação; em suma, um sentimento persistente de naufrágio inevitável que enfrenta a nossa civilização, a natureza enlouquecida, o ser como um todo", escreve o teólogo italiano Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele, de Milão, e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 07-01-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo ele, "a Epifania coincide, portanto, com a 'fenomenologia do espírito': com a compreensão de que o verdadeiro fenômeno é o espírito (ou a lógica, ou a dinâmica, ou o Tao, ou o Dharma, ou o Logos, ou de qualquer outra forma se chame essa realidade) que torna possível a vida, o ser, a beleza, a inteligência, e a nossa mente que vê e se toma consciente disso. De fato, que milagre inédito é viver e compreender. À luz das condições iniciais do imenso fenômeno que chamamos de universo, alguém poderia apontar um maior? A transformação da matéria inorgânica das origens na matéria viva e inteligente que nos constitui faz com que a transformação da água em vinho nas bodas de Caná da Galileia pareça uma brincadeira de criança".

Eis o artigo.

Epifania significa literalmente “manifestação” e no seu uso tradicional o termo refere-se à tríplice manifestação da divindade de Cristo, que começou com a homenagem dos Magos em Belém e se completou no batismo no rio Jordão e no milagre das bodas em Caná. A raiz de epifania vem do verbo grego “phaíno”, que significa “aparecer, trazer à luz, manifestar-se”, do qual também deriva o substantivo “fenômeno”. Bem além do uso coloquial com que designamos uma coisa ou pessoa extraordinária, dizendo por exemplo “é um fenômeno”, o termo fenômeno indica todo objeto do nosso conhecimento sensível, no sentido de que podemos conhecer só “fenômenos”: isto é, não as coisas e as pessoas pelo que realmente são em si mesmas, mas apenas pelo que nos aparecem. O nosso conhecimento é sempre necessariamente fenomênico.

Um derivado do fenômeno é o "epifenômeno", termo intimamente ligado a epifania e que indica não o que constitui a essência propriamente dita da realidade, mas apenas o que aparece na superfície como manifestação secundária. "Epì", de fato, em grego significa "acima, sobre", portanto o epifenômeno é o que aparece acima, na superfície, e que, como tal, é superficial, enquanto a essência propriamente dita que constitui o significado da realidade que está abaixo, no fenômeno originário.

Entre os muitos votos recebidas entre o Natal e o Ano Novo percebi em quase todos os lugares, desencavando sob as palavras convencionais usuais, amargura, preocupação, desorientação, medo. O sentimento generalizado é a percepção de ter que lidar com um mundo que ninguém mais controla. Não digo governa, mas pelo menos, em alguns aspectos, controla. Não, nenhum governo e nenhum controle. Disso deriva uma sensação de ansiedade e angústia crescentes, às quais ninguém parece realmente apto a responder. A maioria se sente como se vivesse dentro de uma nuvem negra, cheia não de chuva, mas de poluição, e na sua mente vai crescendo desproporcionalmente precariedade, indeterminação, falta de sentido, desorientação; em suma, um sentimento persistente de naufrágio inevitável que enfrenta a nossa civilização, a natureza enlouquecida, o ser como um todo. 

Limitemo-nos a esses dias festivos: o que aconteceu? As vinte guerras em curso no nosso planeta continuaram a apresentar os seus relatos de vítimas e de horror. Aos 1.200 israelenses mortos pelos terroristas do Hamas no dia 7 outubro de 2023, respondem mais de 22.000 vítimas palestinas do exército regular de Israel, que não parece ter qualquer intenção de parar esse seu fogo mortal, epifania perfeita da ira e da vingança do bíblico Deus dos exércitos que na Bíblia Hebraica ordena peremptoriamente: “Lembra-te do que te fez Amaleque, como te feriu… então apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças” (Deuteronômio 25, 19).

Basta substituir o nome Amaleque por Hamas, ou talvez Palestina, e o quadro fica claro. Por isso os israelenses continuam a destruição sistemática de um país inteiro? A questão, porém, é que o resultado é uma poderosíssima geração de ódio de ambos os lados, que leva a pensar que o pior está longe de ter passado. O mundo precisaria de líderes sábios e justos para enfrentar essa situação que poderá degenerar numa guerra mundial, mas tanto a sabedoria como a justiça não parecem ter muito a ver com os atuais poderosos do planeta. Um cenário igualmente sombrio vale para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ou aqui é possível esperar que a situação seja um pouco melhor e que dentro do ano possamos finalmente vislumbrar a paz?

As outras notícias desses dias não representam nenhuma inédita epifania. O terremoto no Japão, o calor anômalo aqui, tubarões devorando surfistas, vítimas sem justiça e seus assassinos de férias, maridos e namorados que matam, cortes sistemáticos e progressivos na saúde, deputados atirando em festas, a corrupção habitual na gestão do dinheiro público. Depois houve é claro, a costumeira loucura da véspera de Ano Novo, com uns acabando no hospital e outros até no cemitério, enquanto quase todos nós acabamos prejudicado o nosso corpo ao ingerir muita comida, muito álcool, muito tudo. E a Igreja? Basta apenas recordar que a celebração do primeiro aniversário da morte do Papa Bento XVI significou para muitos a difamação do atual Pontífice para compreender que o primeiro adjetivo que designa a sua natureza que é “una” (seguido de “santa, católica, apostólica”) refere-se a uma unidade que é apenas uma memória de outros tempos.

Mas voltemos à epifania. Todas essas notícias o que representam? São o fenômeno ou o epifenômeno? Essa água malcheirosa que recobre os nossos olhos e os nossos ouvidos é o fenômeno primário ou é apenas o epifenômeno secundário? Trata-se apenas de água superficial, semelhantes à sujeira que às vezes chega à beira da praia, ou é toda a água de um mar negro e venenoso que se chama vida que é assim?

O sentido da Religião, que aqui escrevo com R maiúsculo para distingui-la de seu significado usual e obsoleto, e o sentido da Filosofia, que também escrevo com F maiúsculo para distingui-la da disciplina escolar e universitária muitas vezes abstrusa e incapaz de falar ao coração das pessoas (ao contrário dos grandes filósofos das origens e da modernidade), eis que o sentido de Religião e Filosofia consiste exatamente em distinguir o epifenômeno do fenômeno e em chamar as consciências para a verdade do fenômeno. E o fenômeno (atesta o Pensamento) não é a espuma negra e nauseante da superfície, mas é o poderoso oceano de ser, de beleza, de harmonia e de ordem dentro do qual estamos e graças ao qual existimos: essa é a verdadeira grande Epifania.

A Epifania coincide, portanto, com a “fenomenologia do espírito”: com a compreensão de que o verdadeiro fenômeno é o espírito (ou a lógica, ou a dinâmica, ou o Tao, ou o Dharma, ou o Logos, ou de qualquer outra forma se chame essa realidade) que torna possível a vida, o ser, a beleza, a inteligência, e a nossa mente que vê e se toma consciente disso. De fato, que milagre inédito é viver e compreender. À luz das condições iniciais do imenso fenômeno que chamamos de universo, alguém poderia apontar um maior? A transformação da matéria inorgânica das origens na matéria viva e inteligente que nos constitui faz com que a transformação da água em vinho nas bodas de Caná da Galileia pareça uma brincadeira de criança.

E seremos algum dia dignos dessa revelação originária, maravilhando-nos novamente com a epifania desse fenômeno que é o único verdadeiro fenômeno? No final, de fato, é apenas uma questão de acordar para as maravilhas das ações mais elementares como respirar, ver, ouvir, caminhar, distinguir cores, saborear, proferir palavras, abraçar, beijar, enfim, viver, e celebrar essa existência a cada momento. Não existe realmente nada mais precioso do que chegar a essa simplicidade que é liturgia do cotidiano, que não necessita de revelações sabe-se lá de onde, porque sabe que o único verdadeiro Logos divino é essa harmonia em que estamos, o verdadeiro fenômeno a distingue do epifenômeno secundário. O voto mais belo é aquele dessa alegre simplicidade natural que entende que, sob o epifenômeno de um mundo imbuído de arrogância, prevaricação, violência e incomensurável estupidez, existe o fenômeno propriamente dito de um mundo que gera ininterruptamente vida, inteligência, beleza. Penso que esse seja o sentido da verdadeira epifania, da manifestação superior que todos, crentes e não crentes, somos chamados a perceber e celebrar. Aqui, de fato, não se trata de crer ou não crer, mas de acordar ou continuar a dormir.

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