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Um campo de concentração chamado El Salvador. Artigo de Raúl Zibechi

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14 Agosto 2023

“Bukele está fechando o círculo da guerra de espoliação contra os povos: gerou um estado policial, militarizou grandes regiões do país, desloca populações e abre novos territórios à acumulação por desapropriação. Um país transformado em campo de concentração, que as outras classes dominantes desejam imitar”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 11-08-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

É provável que o filósofo italiano Giorgio Agamben tenha sido ultrapassado na afirmação de que o paradigma da vida contemporânea não é a cidade, mas o campo de concentração. Ao observarmos o que acontece em diversos cantos da América Latina, vemos um salto qualitativo e quantitativo na expansão de campos de confinamento.

O presidente salvadorenho Nayib Bukele decretou o cerco de todo um departamento (equivalente a províncias ou estados em outros países), agrícola e pecuário, habitado por 160.000 pessoas e localizado no centro-norte do país. Trata-se de Cabañas, cercado por 8.000 militares e policiais que estariam atrás de uma pequena quadrilha.

Para não poucos salvadorenhos, o cerco atual lembra as operações de terra arrasada que eram lançadas pelo Exército contra a guerrilha, durante a guerra civil que se intensificou nos anos 1980. Agora, sob o estado de exceção, foram impostos cercos a municípios e cidades, mas esta é a primeira vez que se cerca um departamento.

O estado de exceção está em vigor desde março de 2022. Foi aceito por um parlamento e uma justiça submetidos à vontade do presidente. Nesse período, mais de 70.000 pessoas foram detidas e encarceradas, alojadas em presídios de alta segurança onde sua humanidade é sistematicamente violada, como evidenciam fotos e vídeos divulgados pelo próprio governo. Seis organizações de direitos humanos divulgaram um relatório em que afirmam que esse estado policial violou os direitos humanos de 5.490 vítimas, em apenas 15 meses, a um ritmo de 12 violações por dia.

Trata-se de detenções arbitrárias, ameaças, lesões, agressões e violações sexuais, somadas à morte de 173 pessoas sob a custódia do Estado. O governo está em plena escalada. Uma recente reforma judicial permite julgamentos em massa de grupos de até 900 pessoas, o que anula as garantias jurídicas mínimas.

Um editorial da Associação de Radiodifusão Participativa de El Salvador (Arpas), baseado em uma reportagem do jornal El Faro, afirma que o governo Bukele “negocia a redução de homicídios e apoio eleitoral ao partido Novas Ideias em troca de benefícios para membros de gangues e suas famílias”. Acrescenta que alguns analistas consideram que o pacto de Bukele com as maras não funciona como as tréguas em governos anteriores e pode se tratar de uma “aliança estratégica para a governabilidade” (Arpas, 4/22).

Com base em documentos oficiais, El Faro afirma que, há anos, Bukele negocia com a Mara Salvatrucha 13 (MS-13) o apoio eleitoral à sua candidatura, libertando líderes de gangues (El Faro, 3/9/20). Essas alianças são comuns em todo o mundo e, com efeito, são criadas com um duplo objetivo: estabilizar a governabilidade e destruir as organizações da sociedade, sendo este objetivo talvez o mais apreciado pelos governos atuais.

Em um período de levantes e revoltas populares em toda a América Latina, incitar o crime organizado contra os povos que lutam parece ser um excelente negócio para os de cima. É muito provável que o governo de Lasso, no Equador, e os governos mexicanos que lançaram a guerra contra as drogas tenham tido e ainda tenham essas formas de acordo com o crime, embora mais bem protegidos da difusão midiática.

A militarização e o ataque contra os povos buscam libertar territórios para que o capital possa converter os bens comuns em mercadorias. Em El Salvador, Cabañas tem sido o epicentro da resistência à mineração transnacional e uma região de interesse para as grandes empresas que buscam explorar ouro e prata. Entre 2000 e 2017, empresas canadenses e australianas se depararam com a oposição das comunidades afetadas.

Em Cabañas, os líderes comunitários denunciam perseguição, ameaças, assédio judicial e vigilância. Vários líderes foram assassinados e encarcerados nos últimos anos. Pode-se concluir que o cerco a Cabañas busca enfraquecer a resistência das comunidades, que têm muita clareza de que a mineração acabaria desferindo um golpe definitivo em sua sobrevivência, porque a crise hídrica que afeta toda a América Central está se agravando em El Salvador.

No Corredor Seco Centro-Americano ocorrem longas secas, tempestades e fortes dilúvios que aprofundam a pobreza ao afetar os ciclos produtivos da terra. Quase 70% do território salvadorenho sofrem seca alta ou severa. Os migrantes dessa região povoada por 10 milhões de pessoas podem ser considerados refugiados climáticos.

Bukele está fechando o círculo da guerra de espoliação contra os povos: gerou um estado policial, militarizou grandes regiões do país, desloca populações e abre novos territórios à acumulação por desapropriação. Um país transformado em campo de concentração, que as outras classes dominantes desejam imitar.

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