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Frantz Fanon, um intelectual revolucionário sempre atual

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21 Julho 2023

No campo das ciências sociais, em nosso país, ninguém pode dizer que não leu ou ouviu falar, por exemplo, de Michel Foucault. Mas quantas pessoas leram ou ouviram falar de Frantz Fanon? Mesmo sendo sua obra revolucionária, em consequência do racismo epistêmico, poucas pessoas por aqui conhecem seus pensamentos, sobretudo no campo da saúde mental.

A reportagem é de Micaela Zegarra Borlando, publicada por Página/12, 20-07-2023. A tradução é do Cepat.

Frantz Fanon nasceu em 20 de julho de 1925, em Martinica, colônia francesa localizada no Caribe. Aos 18 anos, emigrou para a França, onde foi recrutado para lutar na Segunda Guerra Mundial. Finalizada a guerra, estudou medicina e se especializou em psiquiatria. Obteve o seu título no ano de 1951 e começou a trabalhar em um hospital psiquiátrico na Argélia.

Desde cedo engajado politicamente, começou a colaborar com o Movimento de Libertação Nacional argelino. Como naquele momento a Argélia era uma colônia francesa, certamente, foi pelas semelhanças com seu povo de origem que se interessou pelos efeitos da colonização. Fanon morreu aos 36 anos, muito jovem, mas deixou um enorme legado para o antirracismo.

Hoje, escolhemos recordá-lo a partir de seu livro Pele negra, máscaras brancas, publicado em 1952. Transcende as disciplinas e convida à reflexão, sobretudo daqueles que se dedicam, atualmente, aos estudos pós-coloniais.

Como se lida com a assimilação da cultura alheia? O quanto é possível se adaptar a um ambiente colonizador? E qual o custo subjetivo e comunitário para isso? Estas são algumas das questões que instigam o autor a escrever este livro minucioso, no qual desenvolve com maior profundidade a tese de conclusão de seus estudos: Contribuição ao estudo dos problemas da negritude. Pele negra, máscaras brancas foi seu primeiro livro. Sem dúvida, suas ideias permanecem atuais e é uma grande contribuição para pensar o racismo, a colonização e seus impactos no psiquismo.

Em consonância com a psiquiatria da época, utiliza exaustivamente categorias analíticas para descrever o que seus companheiros sofriam na guerra. Usa termos muito típicos de sua disciplina, como a alienação mental, mas em um sentido mais amplo do que seus colegas contemporâneos, pois observa o individual no fenômeno como consequência do contexto histórico.

Por isso, ao se concentrar na identidade e na subjetividade, é um livro que cativa para além das disciplinas de psicologia. A força deste livro está no próprio título: Pele negra, máscaras brancas se refere aos mecanismos de alienação colocados em jogo, em alguns casos, para sobreviver, em outros, para provar uma migalha de poder que o Outro oferece, sendo esse Outro sempre branco.

Analisa centralmente a questão da identidade, do Eu, o branco como Ideal do Eu e as psicopatologias que as comparações trazem para os negros, cuja identidade foi apagada. Particularmente neste livro, analisa os efeitos do desenraizamento sociocultural das comunidades negras colonizadas.

Assim, o processo de desumanização, dirá Fanon, faz com que as pessoas queiram uma adaptação imaginária, o que, evidentemente, em um mundo onde o branco é hegemônico, nunca é o suficiente e, por isso, produz diversas psicopatologias. “É um fato: os brancos se consideram superiores aos negros. É também um fato: os negros querem demonstrar aos brancos, custe o que custar, a riqueza de seus pensamentos, o igual poder de suas mentes. Como sair disso?”, questiona Fanon.

A opressão não é só material, territorial, conforme explicava muito bem. Para superar a alienação mental é preciso entender que, ainda hoje, o colonialismo é uma força das relações de poder.

Sua visão é contundente: “...a alienação intelectual é uma criação da sociedade burguesa. Eu chamo de sociedade burguesa qualquer sociedade que se torne esclerosada em determinadas formas, proibindo qualquer evolução, qualquer marcha, qualquer progresso e qualquer descoberta. Chamo de sociedade burguesa uma sociedade fechada, em que viver não é um prato saboroso, na qual o ar está corrompido e as ideias e as pessoas estão em putrefação. Penso que um homem que adote uma posição contra essa morte é, em certo sentido, revolucionário”.

Sua obra é uma ode à emancipação, um chamado a todos os povos colonizados para que se reencontrem e reconstruam a sua identidade, porque esse é o único caminho para a libertação.

Leia mais

  • As duas faces insubmissas de Frantz Fanon
  • Insurreição na França. Artigo de Manuel Castells
  • As perguntas da filosofia existencial africana ao colonialismo. Entrevista especial com Lewis Gordon
  • O grito do Papa contra o novo colonialismo. Editorial de Vatican News
  • Pós-colonialismo e pensamento descolonial. A construção de um mundo plural. Revista IHU On-Line, Nº. 431
  • Pensamento descolonial e práticas acadêmicas dissidentes. Artigo de Alex Martins Moraes. Cadernos IHU, Nº. 44
  • Antirracismo é o núcleo central da luta antifascista no Brasil
  • “As desigualdades são escolhas ideológicas”. Entrevista com Thomas Piketty
  • Por que ler Fanon hoje? Artigo de Immanuel Wallerstein
  • Há esperança! Assim Sartre mudou de ideia. Artigo de Massimo Recalcati
  • "Marxismo só tem sentido como um pensamento aberto". Entrevista especial com Michael Löwy
  • O Brasil do golpe à luz de Gramsci
  • Boaventura: o Colonialismo e o século XXI
  • "A modernidade esconde o horror que a constitui: a colonialidade": Carta de Topé Pãn e o I Encontro Afro Indígena e Anticolonial
  • Os Povos da Amazônia e o colonialismo interno. "Continua o tratamento colonial e desigual dos amazônidas e seus aliados". Entrevista especial com Jane Beltrão
  • Dez anos depois dos banlieues: "Uma nação racializada". Entrevista com Eric Fassin
  • A Revolução Iraniana. A ferida aberta que marcou o império
  • “O colonialismo não pode morrer enquanto subsistir o capitalismo”

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