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Da Via Sacra ao Coliseu, elevam-se as vozes das vítimas da “terceira guerra mundial em pedaços”

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11 Abril 2023

O Papa Francisco não pôde estar presente no Coliseu este ano, os médicos lhe aconselharam prudência após a recente internação na policlínica Gemelli, no entanto, o pontífice seguiu o rito da residência de Santa Marta no Vaticano. À tarde, porém, presidiu à "Paixão do Senhor" na Basílica de São Pedro. A celebração que se realizou no Coliseu este ano tornou-se a via Sacra real e dramática das vítimas dos conflitos que abalam o mundo contemporâneo; os textos que acompanham as várias estações do rito, foram escritos e elaborados a partir de testemunhos ouvidos pelo papa "durante suas viagens apostólicas e em outras ocasiões".

A reportagem é de Francesco Peloso, publicada por Editorial Edomani, 07-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

“São ecos de paz que voltam a aflorar nesta ‘terceira guerra mundial em pedaços’ – se afirma na oração de abertura – gritos que vêm de países e áreas hoje dilaceradas por violências, injustiças e pobreza. Todos os lugares onde se sofrem conflitos, ódios e perseguições estão presentes na oração de nesta sexta-feira santa."

O resultado foi um percurso que conta a história não do ponto de vista dos exércitos, dos governos ou das diplomacias, mas dos "descartados", daquela humanidade invisível, sobre a qual Francisco tem muitas vezes focado a sua atenção.

E certamente a guerra na Ucrânia também encontrou espaço nos textos; se no ano passado causou polêmica a escolha de ter uma mulher russa e uma ucraniana carregando juntas a cruz como sinal de uma possível reconciliação, também desta vez foi escolhido colocar juntos os testemunhos de dois jovens, pertencentes aos dois países, que relatam de maneiras diferentes os sofrimentos causados pelo conflito, das perdas, das feridas infligidas pela destruição, da extrema necessidade de paz. Uma escolha que não agradou ao embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, que observou no twitter como o garoto russo citado nos textos da Via Sacra, que lamenta o desaparecimento no front do pai e do avô enviados a combater, “esquece de referir que os seus parentes foram para a Ucrânia para matar não só o pai do garoto ucraniano, mas toda a sua família, e não o contrário". Em suma, explodiram as polêmicas.

Mas talvez, este ano, o coração da Via Sacra deva ser buscada na voz das mulheres: africanas, asiáticas, leigas e religiosas, vítimas das armas e de violências inauditas; outro aspecto que surge com clareza desta fotografia da “Terceira Guerra Mundial em pedaços” composta com a voz de pessoas comuns, é que entre as consequências imediatas dos conflitos armados, das agressões, dos ataques a cidades e aldeias, existem as migrações forçadas, a fuga, o trauma de ter que perder tudo em pouco tempo: muitas vezes os entes queridos, a casa, a terra, para depois se encontrar no mar, em uma prisão na Líbia, num campo de refugiados, num país estrangeiro.

A violência contra as mulheres

Entre os testemunhos mais fortes, aquela de jovens garotas da África austral: “Era uma sexta-feira à noite, quando os rebeldes invadiram a nossa aldeia, fizeram tantos reféns quanto puderam, deportaram todo mundo que encontraram e nos carregaram com o que haviam saqueado. Durante o percurso mataram muitos homens com balas ou facas. Levaram as mulheres para um parque. Todos os dias éramos maltratadas no corpo e na alma. Despojadas de roupas e de dignidade, vivíamos nuas para que não fugíssemos. Por graça, um dia, quando nos mandaram buscar água no rio, consegui fugir. A nossa província é ainda hoje um lugar de lágrimas e dor”.

“Quando o Papa veio ao nosso Continente – lê-se no texto – depositamos sob a cruz de Jesus as roupas dos homens armados, que ainda nos causam medo. Em nome de Jesus nós os perdoamos por tudo o que eles nos fizeram. Pedimos ao Senhor a graça de uma convivência pacífica e humana".

Migrantes e bombas contra civis

Também é significativa a história de um migrante da África Ocidental: “A minha via sacra - conta - começou 6 anos atrás quando saí da minha cidade. Após 13 dias de viagem chegamos ao deserto e o atravessamos por 8 dias, encontrando carros queimados, latas de água vazias, cadáveres de pessoas, até chegar à Líbia. Quem ainda tinha que pagar os traficantes pela travessia foi trancado e torturado até pagar. Alguns perderam a vida, outros a cabeça."

“Eles prometeram me colocar em um navio para a Europa – continua – mas as viagens foram canceladas e não recebemos o dinheiro de volta. Lá havia guerra e não prestávamos mais atenção à violência e às balas perdidas. Arrumei trabalho como pintor para pagar outra travessia. Finalmente subi com mais de 100 pessoas em um bote. Navegamos por horas antes que um navio italiano nos salvasse. Fiquei cheio de alegria, nos ajoelhamos para agradecer a Deus; depois descobrimos que o navio estava voltando para a Líbia. Lá fomos trancados em um centro de detenção, o pior lugar do mundo. Dez meses depois eu estava de novo em um barco. Na primeira noite houve ondas altas, 4 caíram no mar, conseguimos salvar 2. Adormeci acreditando que morreria. Ao acordar, vi pessoas sorrindo ao meu lado. Pescadores tunisianos pediram socorro, o navio atracou e algumas ONGs nos deram comida, roupas e abrigo. Trabalhei para pagar outra travessia”. “Era a sexta vez - é a conclusão - depois de 3 dias no mar cheguei a Malta. Eu fiquei em um centro para 6 meses e lá eu perdi a cabeça; todas as

noites eu perguntava a Deus por quê: por que homens como nós devem nos considerar inimigos? Muitas pessoas que fogem da guerra carregam cruzes semelhantes à minha". A narração da experiência vivida por uma mãe sul-americana também é dramática: “Em 2012 a explosão de uma bomba plantada pelos guerrilheiros acabou com a minha perna. As farpas me causaram dezenas de feridas no corpo. A partir daquele momento eu me lembro dos gritos das pessoas e sangue em todo lugar. Mas o que mais me aterrorizou foi ver minha filha de 7 meses, toda ensanguentada, com muitos cacos de vidro cravados em seu rostinho. Como deve ter sido para Maria ver o rosto de Jesus inchado e ensanguentado!”.

“Eu – continua o relato – vítima daquela violência sem sentido, a princípio senti raiva e ressentimento, mas depois descobri que se espalhasse o ódio, criava ainda mais violência. Eu entendi isso dentro de mim e ao meu redor havia feridas mais profundas que as do corpo. Incluindo que muitas vítimas precisavam descobrir, como eu e através de mim, que para elas também não havia acabado e que não se pode viver de ressentimento. Então comecei a ajudá-las: estudei para ensinar a prevenir os acidentes devido às milhões de minas espalhadas em nosso território. Agradeço a Jesus e a sua Mãe por ter descoberto que enxugar as lágrimas dos outros não é perda de tempo, mas o melhor remédio para curar a si mesmo”.

O sangue na Terra Santa

Nessa panorâmica parcial, não pode faltar a Terra Santa, cujas vozes de paz foram utilizadas para acompanharam a primeira estação ("Jesus é condenado à morte"): “A violência parece ser a nossa única linguagem. O motor da retaliação mútua é continuamente alimentado pela própria dor, que muitas vezes se torna o único critério de juízo. A justiça e o perdão não conseguem falar entre si".

“Vivemos juntos – relatam os testemunhos da Terra Santa – sem nos reconhecermos, rejeitando a existência do outro, condenando-nos mutuamente, num círculo vicioso sem fim e cada vez mais violento. E nesse contexto cheio de ódio e rancor, também nós somos chamados a expressar um juízo e tomar a nossa decisão. E não podemos fazê-lo sem olhar para aquele silencioso condenado à morte, vencido, mas sobre quem recaiu a nossa escolha, Jesus. Cristo convida-nos a não usar o critério de Pilatos e da multidão, mas a reconhecer o sofrimento do outro, a colocar justiça e perdão em diálogo, e desejar a salvação para todos, até mesmo para os ladrões, até para Barrabás".

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