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27 Mai 2022

 

"Nas sociedades há um formigueiro de cidadãos independentes, que conseguem tocar a alma das pessoas de forma mais incisiva e mais duradoura do que os meios de comunicação de massa. Como? Escrevendo romances", escreve Tiziano Scarpa, romacista, poeta e dramaturgo, em artigo publicado por Domani, 26-05-2022. A tradução é de Luisa Rabolini. 

 

Eis o artigo. 

 

Os poderosos da Terra perceberam isso: nas sociedades há um formigueiro de cidadãos independentes, que conseguem tocar a alma das pessoas de forma mais incisiva e mais duradoura do que os meios de comunicação de massa. Como? Escrevendo romances. Qualquer pessoa, mesmo sem recomendações ou currículo, pode publicar um romance e encontrar seu público, que às vezes pode se tornar enorme. E a publicação é mais socialmente acessível do que qualquer outro ambiente: certamente mais do que a política, as artes e outras mídias; exceto as redes sociais que, no entanto, são maquininhas simplificadoras, fugazes, inadequadas para conter a complexidade humana, aquela que sacode em profundidade.

 

Em 2015, foi Barack Obama quem entrevistou uma escritora, Marilynne Robinson. Por quê? Nas palavras que o presidente dos Estados Unidos trocou com ela, seu propósito político era claro: “Quando penso em como entendo meu papel como cidadão, acredito que as coisas mais importantes as aprendi dos romances. Têm a ver com a empatia. E a ideia de que é possível se conectar com os outros, mesmo que sejam muito diferentes de você." Para Obama, os romances interessavam dentro de um projeto multicultural e multiétnico.

 

Concessões jesuítas

 

De sua parte, o Papa Francisco se aproximou dos romancistas com esta "Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações", e jesuiticamente foi muito concessivo. Ele chega a propor uma tradução diferente do Evangelho de João: Jesus não simplesmente "revelou", "deu a conhecer" ou "manifestou" Deus (segundo as traduções correntes), mas até mesmo o “narrou”: o Evangelho é o storytelling de Deus! Então ele define o próprio Deus como um "Narrador".

 

A afirmação mais forte, verdadeiramente notável, é que uma obra-prima literária pode "se tornar um apêndice do Evangelho" (meu professor de literatura da Universidade, Giorgio Padoan, insistia muito no fato de que Dante, com seu poema, queria completar a Bíblia, acrescentando um segmento à Revelação cristã).

 

Bergoglio crítico literário

 

Que leitor de romance é Bergoglio? E que tipo de crítico literário? Vamos tentar verificar. Nessa mensagem cita os Irmãos Karamazov. Vamos ver como ele os utilizou recentemente.

 

Primeiro exemplo. No livro de conversas coletadas por Antonio Spadaro, Adesso fate le vostre domande (Rizzoli, 2017), o papa menciona uma famosa página dos Karamazovs, na qual Ivan conta a Alesa sobre o castigo de uma criança, atacada pelos cães de um general, sob os olhos da mãe.

 

“Dostoiévski me ajudou muito na pregação”, declara o Papa Francisco. Uma concepção parabolística da literatura: os romances fornecem-lhe exemplos narrativos para comentar eticamente.

 

Nisto, não fica longe de uma tendência editorial bastante florescente, especialmente nos Estados Unidos: The Gospel according to... ensaios que tentam encontrar, nas sagas pop, ideias úteis para a catequese.

 

Tenho uma coleção deles nas minhas prateleiras: O Evangelho Segundo os Peanuts (Robert L. Short, 1965); O Evangelho segundo a ficção científica (John Allan, 1975); O Evangelho Segundo Disney (Philip L. Anderson, 1999); O Evangelho segundo Tony Soprano (Chris Seay, 2002); Encontrar Deus no Senhor dos Anéis (Kurt Bruner e Jim Warw, 2001).

 

Parábolas atualizadas

 

Entre os mais brilhantes está O Evangelho segundo os Simpsons (Mark I. Pinsky, 2001). Bergoglio, em sua mensagem, aponta que também Jesus, com suas parábolas, foi um narrador. Mas uma criança de hoje tem dificuldade para se identificar com essas histórias: a candeia debaixo do alqueire (alqueire?!), a planta de mostarda (quem já a viu?).

 

Muito mais eficaz, para contar histórias edificantes, dirigir-se a Bart Simpson: em um episódio ele troca sua alma para comprar alguns bonecos de dinossauro coloridos, e de repente descobre que as portas automáticas não abrem mais quando ele passa, sua respiração não se condensa nos vidros e não sente prazer em fazer zombarias... Com Harry Potter as coisas são mais complicadas (apesar do inevitável O Evangelho segundo Harry Potter, de Connie Neal, 2002): o Papa Ratzinger, quando ainda era cardeal em 2003, descartou-o como "seduções traiçoeiras, que agem inconscientemente distorcendo profundamente o cristianismo na alma".

 

O inquisidor mundano

 

Segundo exemplo Karamazoviano. Na audiência geral de 13 de abril de 2022, Bergoglio relembrou a Lenda do Grande Inquisidor em relação à guerra na Ucrânia.

 

Jesus retorna à terra em Sevilha no século XVI. Cura um cego, ressuscita uma menina, é aclamado, mas o Inquisidor o prende e o condena à fogueira.

 

Ele o visita em sua cela e lhe faz aquele inesquecível discurso: a humanidade não é capaz de ser livre, prefere submeter-se ao "milagre, ao mistério e à autoridade".

 

Na interpretação de Bergoglio, o inquisidor "representa a lógica mundana". Mundana, sim: mas da igreja! O Inquisidor é um cardeal! "Corrigimos a tua obra", diz o Inquisidor a Jesus. E Dostoiévski, nessas páginas, cita justamente os jesuítas de seu tempo, que advertem Cristo a não "vir para nos incomodar antes do tempo".

 

A ressurreição do herói

 

Em pelo menos uma característica o Evangelho é imbatível se comparado às grandes máquinas produtoras de histórias do imaginário contemporâneo: filmes, séries de TV, videogames ou romances. Entre roteiristas e narradores circula um livro que é considerado a bíblia (justamente) dos manuais de escrita criativa: A Jornada do Herói, de Christopher Vogler.

 

Levando em conta os estruturalistas russos e os psicólogos analíticos junguianos, Vogler extrai uma espécie de algoritmo narrativo subjacente a todas as histórias de sucesso; descreve quais são os elementos necessários para uma trama bem feita.

 

Entre etapas, reviravoltas, figuras e arquétipos vários, há um absolutamente indispensável: em determinado momento o Herói deve enfrentar a Morte, deve morrer ou chegar muito perto dela, simbolicamente e também fisicamente. Para se vencedor, antes do final de uma história é obrigatória essa etapa crítica, na qual tudo parece perdido; após o que, inesperadamente, o herói se ergue e ressurge para uma nova vida. Lembra de alguém?

 

Leia mais

 

  • Fiódor Dostoiévski: pelos subterrâneos do ser humano. Revista IHU On-Line, Nº. 195
  • Polifonia atual: 130 anos de Os irmãos Karamázov, de Dostoiévski. Entrevista especial com Chico Lopes. Revista IHU On-Line, Nº. 288
  • Papa Francisco: "Eu escrevo as minhas homilias inspirando-me em Dostoiévski"
  • “A beleza salvará o mundo”: Dostoiewski nos ensina como
  • O Papa volta a clamar: “A agressão armada destes dias, como todas as guerras, representa um ultraje contra Deus, uma traição blasfema ao Senhor da Páscoa”
  • Santa Sofia, um romance sobre a volubilidade do mundo
  • A presença de Deus nas obras de Dostoiévski. Entrevista especial com Elena Vássina
  • "Os romances literários já morreram muitas vezes". Artigo de Umberto Eco
  • Por que escrever um romance se você pode muito bem escrever um programa de computador? Chatbots e o futuro da literatura
  • O romance do homem intitula-se Bíblia
  • As páginas do Evangelho escritas como um romance
  • Deus contado por Mafalda e pelos Simpsons
  • Fake News e o jornalismo de paz. Mensagem do papa Francisco
  • Reaprendamos a escutar: o convite de Francisco
  • “Escutai!”: esse será o tema da mensagem do Papa Francisco para o 56º Dia Mundial das Comunicações
  • Deus não está morto: a literatura o ressuscita

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