O Vaticano exige dos Arautos do Evangelho que os menores sob sua responsabilidade voltem para suas famílias

Foto: Divulgação | Arautos do Evangelho

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10 Setembro 2021

 

A Congregação dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica determinou o encerramento das escolas da polêmica associação e exigiu "devolver" os menores a seu cargo para as suas famílias.

 

A informação é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 10-09-2021.


O decreto, assinado pelo cardeal Braz de Aviz em junho passado (e que foi entregue aos Arautos no dia 10 de agosto), determina que “todos os menores admitidos a qualquer título na associação privada dos Arautos do Evangelho ou que residam em casas, escolas ou nos internatos da mesma associação, ou nas sociedades de vida apostólica Virgo Flos Carmeli e Regina virginum, no final do ano letivo devem regressar às suas famílias e ser confiadas aos respectivos pais”.

Arautos do Evangelho (Foto: Reprodução da página do Facebook Arautos do Evangelho)

 

Notificados, os Arautos interpuseram recurso de apelação solicitando a reversão da decisão, apresentando o que consideram ser "irregularidades e ilegalidades" do decreto. Fontes da associação apontam que “se a aplicação do decreto for confirmada, será uma das maiores aberrações jurídicas da história eclesiástica”.

A medida tomada por Roma busca, segundo o decreto, “permitir que os jovens tenham a indispensável relação com suas famílias e tem como objetivo prevenir qualquer situação que possa favorecer possíveis abusos de consciência e sujeição contra menores”.

 

Arautos do Evangelho (Foto: Divulgação | Arautos do Evangelho)

 

A decisão foi tomada após uma investigação realizada entre 2017 e 2019, e a nomeação do Cardeal Damasceno, comissário pontifício dos Arautos. Segundo Roma, “à luz das informações recebidas pela Sé Apostólica, tendo em conta as numerosas comunicações aqui enviadas pelos pais das crianças e jovens inseridos na órbita da Associação Arautos do Evangelho, da qual se lamenta que as famílias de origem são, na maioria das vezes, excluídas da vida dos seus filhos e que o contato com os pais não é suficientemente garantido”.

Da mesma forma, o decreto adverte "o tipo de disciplina excessivamente rígida praticada nas comunidades dos Arautos do Evangelho".

 

Arautos do Evangelho (Foto: Divulgação | Arautos do Evangelho)

 

Por sua vez, os Arautos interpuseram recurso no dia 15 de agosto, no qual discordam do que definem como uma "decisão errada", ao mesmo tempo que acusam Braz de Aviz de "não nos ter concedido a possibilidade de defesa".

Para os Arautos, a medida do Vaticano viola o "direito natural" dos pais à educação dos filhos, bem como a legislação canônica e civil que "garante o exercício da autoridade parental". Por isso, dizem que não aceitam a decisão de que os menores voltem para suas casas no final do ano letivo.

 

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