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Duas Igrejas em confronto. Artigo de Alberto Melloni

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27 Julho 2021

 

"O ponto crucial deste processo é que, inesperadamente, se encontram um diante do outro os dois corpos do pontífice: de um lado, o pastor da Igreja universal, com seus poderes espirituais; do outro lado, o soberano absoluto de um estado muito pequeno que silenciosamente restaurou algumas funções temporais", escreve Alberto Melloni, historiador italiano, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação de Ciências Religiosas João XXIII, de Bolonha, em artigo publicado por La Repubblica, 26-07-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

O historiador comentando o mega processo judicial que inicia hoje, 27 de julho, no Vaticano, conclui: "O certo é que não será uma justiça temporal vaticana que remediará os problemas do governo da Igreja captados por um apotegma do saudoso cardeal Silvestrini: “Nunca deixe dinheiro aos padres: porque os bons confiam nos criminosos porque eles são bons; e os criminosos confiam nos criminosos porque são como eles". Distinguir entre eles nunca é fácil. E não é que os leigos sejam diferentes".

 

Eis o artigo.

 

O iminente processo do Vaticano contra os financistas acusados de terem depredado a Santa Sé, contra seus cúmplices e superiores tem um valor histórico peculiar.

Não reside na dimensão (28 mil páginas) de documentos e opiniões que o julgamento terá de conduzir a violações das normas vigentes à época dos fatos. O seu valor também não reside na corrupção, que na história da cúria não é uma novidade (aliás: se os compararmos com o caso Ior/Ambrosiano, desta vez parece que não há mafiosos, que ninguém atire em Ambrosoli, e que nenhum eclesiástico peça ostracismos, como foi contra Nino Andreatta, culpado de ter salvado o papado).

O ponto crucial deste processo é que, inesperadamente, se encontram um diante do outro os dois corpos do pontífice: de um lado, o pastor da Igreja universal, com seus poderes espirituais; do outro lado, o soberano absoluto de um estado muito pequeno que silenciosamente restaurou algumas funções temporais.

O Renascimento havia libertado o catolicismo desse complexo entrelaçamento: porque havia sido justamente o soberano pontífice que tinha inventado o Estado moderno com um absoluto, um sistema fiscal, os ministérios e a dívida pública; e isso identificava o ministério de Pedro do segundo milênio com uma filosofia política monárquica.

O fim definitivo do poder temporal havia cortado o nó e aberto as portas para uma recompreensão da autoridade, libertando o Papa do dever de manter masmorras, guilhotinas, cobradores de impostos. Assim, depois de ter lamentado o "principado divino", a Igreja passou a desejar "aquele pouco de corpo que basta para conter uma alma".

O papado italiano, a Constituição italiana e a laicidade italiana guardaram zelosamente este resultado: graças ao qual o Papa está no cenário internacional como soberano, mas sem quaisquer consequências internas.

A jurisdição temporal do Vaticano – buscada para alinhar-se com os padrões financeiros dos Estados, quase abortada com o processo ao mordomo de Ratzinger - tornou-se plena no papado de Francisco: que associou a uma proclamação na qual transparece todo e apenas o Evangelho, uma forma de enfrentar os problemas que confia à sanção dos súditos mais do que ao governo.

O peso dessa lacuna foi sentido principalmente por Francisco. Isso é confirmado pelo fato de que como pastor foi celebrar com o cardeal Becciu e, como soberano, o acorrentou para ser levado a julgamento. E isso sem que o colégio cardinalício saiba coisa alguma, exceto uma lei que comunica a todos que até os cardeais - pars corporis papae - que serão julgados não mais pelo Papa, mas por Giuseppe Pignatone, na eventualidade dos serviços internos ou externos fornecerem informações suficientes para processá-los.

Essa contradição que ressurgiu da história tem pouca repercussão sobre alguns réus, mas certamente no cardeal Becciu.

Ele, como réu, teria o direito/dever de chamar a depor todos aqueles cujas palavras ou contradições pudessem exonerá-lo das acusações que o sujeitaram à crucificação cautelar: mas ninguém sabe melhor do que um ex-Substituto que isso significaria colocar no ar um House of card(inals) com consequências incalculáveis para a instituição.

Por outro lado, como sacerdote e cardeal, teria o direito de se levantar na primeira sessão, jurar sobre o Evangelho a inocência que declara e renunciar a qualquer defesa justamente para o bem do papado, lembrando a todos que Deus julgará, quem o acusa e quem o julga.

Tanto em um caso como no outro será preciso depois esperar por uma sentença que se fosse uma condenação, em qualquer caso, seria seguida pela graça do soberano pontífice para evitar ter um cardeal na prisão como no século XVI de Morone e para evitar o risco de ter cidadãos italianos na prisão em Porta Santa Ana.

O certo é que não será uma justiça temporal vaticana que remediará os problemas do governo da Igreja captados por um apotegma do saudoso cardeal Silvestrini: “Nunca deixe dinheiro aos padres: porque os bons confiam nos criminosos porque eles são bons; e os criminosos confiam nos criminosos porque são como eles". Distinguir entre eles nunca é fácil. E não é que os leigos sejam diferentes.

 

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