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Para uma ecologia da atenção, precisamos de espaços livres de estímulos

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01 Julho 2021

 

“Se o ecossistema da distração é um mal comum, um ambiente que permita a atenção é um bem coletivo. Mais ainda, é uma condição para a convivência”, escreve Alfonso Ballesteros, professor de Filosofia do Direito, da Universidade Miguel Hernández [Espanha], em artigo publicado por The Conversation, 23-06-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

O capitalismo de vigilância se funda em uma extração em massa de nossos dados. Também se baseia em uma agressiva caça de nossa atenção. De fato, o círculo desta dupla extração é muito lucrativo: quanto mais dados coletados, melhor personalização e mais se captura a atenção. Quanto mais atenção capturada, mais dados são coletados.

Este círculo de apropriação ilegítima dispara a receita com a publicidade e a venda de previsões comportamentais. No entanto, tudo isso acontece conosco de forma quase despercebida, pois ocorre ao mesmo tempo em que as empresas tecnológicas nos prestam serviços.

Este círculo extrativo de dados e de atenção gerou um autêntico ecossistema da distração. Um ecossistema sobrecarregado de estímulos que cortam a nossa atenção. Não existe um poder unitário que tenha conseguido capturar tudo, mas existe uma batalha interminável para obter um pedaço dela: grande, pequeno ou minúsculo.

Atenção e ecossistema da distração

O que é exatamente nossa atenção? É a capacidade de fixar o espírito em algo. É ser um. Ser capaz de não estar dividido pelos estímulos do ambiente. Só quem é um pode se abrir ao exterior ou entrar em si mesmo, tornar-se autocentrado.

Por isso, foi dito com grande ênfase poética que “a atenção é a oração natural da alma”. Oração como abertura da alma para fora ou para dentro. Assim, esta oração natural é imprescindível para a excelência no trabalho ou na arte. Também para a profundidade da amizade ou do amor.

Aqui reside a gravidade da espoliação em série da atenção: submete completamente a massa ao seu ambiente midiático. Com isso, é privada de formas de excelência e profundidade que poderia alcançar, caso este ambiente não fosse um ecossistema da distração.

No entanto, de algum modo, as péssimas consequências sociais e políticas deste ecossistema são um acidente. Extrai-se benefício, sem pensar nas consequências. Mais do que um deliberado desejo de controle político das empresas tecnológicas, existe uma forma de banalidade do mal. Há uma frivolidade enorme, tendo em conta que o ecossistema da distração também é um ecossistema da manipulação.

Essa manipulação, praticamente indetectável, está ao alcance de qualquer pessoa. Por exemplo, por uns poucos milhares de euros é possível dirigir eficazmente as mentes dos eleitores de um país de tamanho médio, como o Quênia, com 46 milhões de habitantes.

Tal situação nos obriga a recuperar com urgência este bem que é a atenção. Precisamos restaurar um ambiente livre de estímulos. Isto requer a desanimalização do ambiente midiático. Ou seja, precisamos de um ecossistema da informação que não explore esse preciosíssimo bem humano. Em definitivo, precisamos de uma ecologia da atenção.

Animais distraídos

Hoje, o ambiente midiático está muito próximo do ser humano. Os produtos informacionais e telas efêmeras produzem um meio de estímulos que elimina a distância entre este e o ser humano. Parece que o ambiente está completamente grudado em nós. Por isso, parece-se como o ambiente animal, porque esta proximidade é própria do animal, que não consegue se distanciar dos estímulos que procedem de seu meio.

Ao ambiente midiático atual falta distância, mas o específico do homem é a distância das coisas. Ou melhor, distância ‘nas’ coisas, pois lhe é próprio estar cercado delas. O homem é o animal que pode se distanciar do que sente, deliberar sobre isso com sua inteligência. Por isso, diz Xavier Zubiri que “o homem é o animal do distanciamento”.

A chamada “multitarefa” é uma consequência da falta de distância das coisas. Ainda que possamos empreender voluntariamente várias tarefas ao mesmo tempo, nossas distrações são normalmente involuntárias. Estas procedem de um ambiente que estimula o tempo todo.

Tais estímulos suscitam respostas automáticas em nós. É o mecanismo que atua quando não podemos evitar olhar para a tela da televisão que está justamente atrás da cabeça do amigo com quem conversamos em um bar. Aí, é a nossa parte animal que nos conduz a olhar. Por isso, a sociedade da distração e a multitarefa nos animalizam. É incompatível com a concentração como atenção em sua forma mais elevada.

O mercado da atenção

Consideremos que um anunciante pague para um jornal digital anunciar seu produto. Quanto pagará? Tudo depende de quantas pessoas leem o jornal. Em outras palavras, quantas verão o anúncio, quantas deixarão ao menos um pedaço de sua atenção nele. O anunciante paga pela atenção dos leitores. Portanto, a atenção é um produto, uma mercadoria.

Se agora contextualizamos isto no marco de uma feroz concorrência pela atenção entre os meios de comunicação, com a lacuna da regulamentação na internet e a falta de escrúpulos de muitos, compreendemos a dimensão do problema. É fácil imaginar o jornal abandonar a verdade pelo conteúdo que busca a atenção e o vício. O problema político da busca da atenção em si é que destrói a distinção entre verdadeiro e falso. Isto agrava a crise de confiança atual a respeito de qual informação é verdadeira.

Esta economia da atenção alcançou toda a sociedade, a cada um de nós. Todos somos caçadores de atenção. E caçados. Cada indivíduo compete com outros, tornando-se reivindicante, em busca das migalhas de atenção que podem restar. Torna-se comercial da plataforma. Ainda que as grandes empresas tecnológicas sejam movidas pelo lucro, o proletariado digital que cria conteúdos é movido pelo seu próprio ego, com lucro ou sem ele.

A tecnologia atual permite que o pobre usuário se apaixone por sua imagem digital. As plataformas empregam o desejo natural de que receba atenção em seu benefício. Por isso, fala-se significativamente de “vício na autoafirmação”. Fomenta-se um narcisismo muito rentável de trabalhadores sem salários, a serviço das empresas tecnológicas.

As consequências são claras. Como narcisistas, tornamo-nos incapazes de abandonar esse vício do reconhecimento dos outros, que nos mantém dispersos. Esta é a sociedade da distração narcisista, a filha da economia da atenção que hoje permeia tudo.

O que o direito deve fazer?

A atenção permite a convivência porque é uma condição para qualquer forma de respeito. Quando se diz: “Não há maior desprezo do que não mostrar apreço”, destaca-se que não há maior falta de respeito do que não prestar atenção. Hoje, estamos desprezando muitas pessoas, incapazes de reparar o suficiente nelas.

Fomenta-se a simplificação dos problemas e o emprego de clichês para julgar os adversários políticos. Por isso, a sociedade da distração é facilmente desagregadora e se polariza. Corrói nossas comunidades políticas em suas raízes.

Diante disso, a garantia de um ambiente livre de estímulos é um bem para todos. É um bem comum. Precisamos recuperar espaços de atenção ecológicos, sejam analógicos ou digitais. Se o ecossistema da distração é um mal comum, um ambiente que permita a atenção é um bem coletivo. Mais ainda, é uma condição para a convivência.

Que proposta jurídica é possível fazer para restaurar este bem? Nicole Dewandre, da Comissão Europeia, foi pioneira ao falar do “direito fundamental à atenção”. No entanto, por um lado, já é abundante o catálogo de direitos ineficazes e pode não ser levado a sério. Por outro, declará-lo um direito não significa atacar a raiz do problema, que é o desenho do ambiente digital completo. Então, o que é possível fazer?

Obrigar, por princípio, que o ecossistema da informação respeite em seu desenho e, por padrão, a atenção do indivíduo. Ou seja, que não manipule, que deixe de ser viciante em seu desenho. Este é o mesmo princípio que, na União Europeia, rede os dados pessoais e é o mais acertado dessa regulamentação.

Como o desenho digital é intencional, atacar este desenho é atacar a raiz do negócio para o qual serve, o do capitalismo da vigilância. Este capitalismo segue em pé graças à inação ou conivência dos governos que utilizam, não poucas vezes, o Vale do Silício para conseguir seus fins.

No entanto, os membros da sociedade civil, que já se mobilizam, e instituições como a União Europeia - que há tempo lidera a regulamentação deste ambiente – dão esperança. Um ambiente que por desenho e, por padrão, respeite a atenção do indivíduo é a primeira pedra para conseguir uma ecologia da atenção e restaurar um mundo comum objetivo.

 

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