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29 Março 2021

 

“A pandemia não promete nenhuma revolução social, certo, mas o nacionalismo das vacinas constitui uma de suas piores variáveis”, escreve Gad Lerner, jornalista e escritor italiano, em artigo publicado por Il Fatto Quotidiano, 28-03-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Segundo ele, "a produção de vacinas é um exemplo clássico de interdependência global".

 

Eis o artigo.

 

Dá vontade de se esconder atrás da efígie barbada do velho Marx, para desfrutar do espetáculo das ideologias dominantes varridas pelas turbulências da realidade. Mas só farei isso no final. Melhor começar pelas fortes palavras proferidas por Draghi, um homem acima de qualquer suspeita de anticapitalismo, contra algumas empresas farmacêuticas que produzem a vacina anti-Covid: "Os europeus sentiram-se enganados".

Os aplausos foram gerais, ainda que nosso primeiro-ministro tenha tido o cuidado de não se pronunciar sobre a questão mais espinhosa: já que a vacina não é uma mercadoria como outra qualquer, por que não suspender temporariamente a propriedade intelectual das patentes mantidas pelas Big Pharma? Sabemos que, quando a intangibilidade da propriedade privada está envolvida, apenas o Papa Francisco e poucos outros ousam se manifestar. No máximo, os governos dos países pobres expressarão uma moção de protesto à OMC.

Contudo, tudo mudou: diante da pandemia mundial, mesmo aqueles que rezavam em rima "menos estado, mais mercado", os defensores da livre circulação de mercadorias (não de pessoas, pelo amor de Deus!), prontos a tachar de comunismo qualquer um que sugerisse formas de controle público sobre setores estratégicos da economia, colocaram suas teorias entre as ferramentas imprestáveis.

Melhor tarde do que nunca, pode-se dizer. Não fosse que entre aqueles mesmos aedos do liberalismo tomasse forma uma visão igualmente, se não mais preocupante: o nacionalismo das vacinas alheias. Do que se trata? Já poderíamos colocar em fila uma galeria de retratos das personalidades (desprovidas de competências científicas) empenhadas em apoiar, por alinhamento geopolítico, este ou aquele fornecedor de vacinas.

Há jornais que dedicam manchetes elogiosas de primeira página à futura ajuda prometida pelos Estados Unidos à Europa em atraso. Deixe-me ser claro: apenas depois de terminarmos de vacinar a população estadunidense, e com a condição de que, no meio tempo, não nos deixemos cair em tentação por russos ou, pior, por chineses.

Por outro lado, o virologista especialista Matteo Salvini não deixa passar um dia sem expressar sua preferência pela Sputnik. As inadimplências da anglo-sueca AstraZeneca estimulam as nostálgicas evocações dos inimigos da pérfida Albion. Enquanto as pulsões no-euro são endereçadas contra a Alemanha de Angela Merkel. Com o simplismo da avaliação a posteriori, muitos elogiam o modelo da vacinação em massa realizada em Israel (9 milhões de habitantes), como se fosse fácil replicar aquele modelo na UE, em uma escala cinquenta vezes maior.

Vou parar por aqui, mas poderia continuar recordando os acordos intergovernamentais estipulados entre pequenos Estados à revelia da coordenação de Bruxelas, na esperança de obter consenso com o “salve-se quem puder e que os outros se virem”. É o nacionalismo das vacinas alheias, justamente. Aliado a impossíveis propósitos de autossuficiência, como se não soubéssemos que as doses envasadas nas empresas domésticas contêm produtos semiacabados vindos de todo o mundo. E, portanto, apenas poucos grandes países podem se permitir o protecionismo. A produção de vacinas é um exemplo clássico de interdependência global.

A direita gostou da ameaça de Draghi: se a UE não se mover, faremos isso sozinhos. Resultado: do Vêneto à Campânia ele encontrou improváveis arremedos, soberanistas do faça-você-mesmo regional, em uma lógica da mera reserva de mercado. É por isso que voltou à minha memória o olhar de longo prazo de Karl Marx no discurso a favor do livre comércio que proferiu na Associação Democrática de Bruxelas em 9 de janeiro de 1948: “O sistema protecionista é conservador, enquanto o sistema de livre comércio é destrutivo. Dissolve as antigas nacionalidades e leva ao extremo o antagonismo entre a burguesia e o proletariado”. A pandemia não promete nenhuma revolução social, certo, mas o nacionalismo das vacinas constitui uma de suas piores variáveis.

 

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