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A cruzada da Igreja polonesa: “Clínicas para converter os homossexuais”

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08 Setembro 2020

Enquanto os ativistas pelos direitos civis desfilam em Varsóvia, no campo ecoam gritos sobre "complô da minoria LGBT". Fortalece-se a aliança entre o governo e as hierarquias católicas: defendemos a família tradicional e curamos os homossexuais.

A reportagem é de Francesca Paci, publicada por La Stampa, 05-09-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Tudo por culpa do arco-íris. Não aquele projetado em 1978 por Gilbert Baker para a Comemoração da Liberdade Gay de São Francisco, mas aquele outro, a escultura de flores bem menos transgressora que Julita Wojcik doou há 9 anos a Bruxelas por ocasião da presidência polonesa do UE. Aquele arco íris, que retornou a Varsóvia em 2013 e foi colocado na Praça do Salvador como um símbolo de paz, tornou-se, apesar da arte comprometida, mas não militante de Wojcik, o campo de batalha identitário de um país cada vez mais fragmentado culturalmente: vandalizado uma primeira vez e consertado, queimado, iconizado, demonizado, "Rainbow" foi finalmente removido em nome de uma vida tranquila e foi guardado por algum tempo no escuro depósito de um museu.

"Neste país, traumatizado pela experiência soviética, as forças de esquerda não existem e o conflito social nasceu no terreno dos direitos, das mulheres primeiro e agora da comunidade homossexual e LGBT", observa o jovem sociólogo Adam O. em um café da capital, a poucas quadras das grandes calçadas lotadas pelos patinetes de Nowy Swiat, onde, em 7 de agosto, a polícia atacou violentamente uma marcha em apoio a Margot Szutowicz, a ativista transgênero sob processo por hastear a bandeira arco-íris na estátua do herói nacional Joszef Pilsudski, no busto de Copérnico e no Cristo do Sagrado Coração.

De acordo com Adam, porém, mais uma vez a iniciativa é da direita: “Foi o partido no governo ‘Direito e Justiça’ (Pis), a eminência parda Jaroslaw Kaczynski e o recém-eleito presidente Andrzej Duda que evocaram a ‘teoria de gênero’ como uma ameaça ‘estrangeira’ contra uma sociedade profundamente ligada à família tradicional e os liberais, desprovidos de qualquer bússola ideológica, reagiram transformando o tema na extrema trincheira da democracia".

Aqui está, portanto, a nova cortina de ferro que fere a Polônia, a grandes cidades voltadas para o mundo e o interior, a província modernizada com os fundos europeus, o ilimitado feudo do Pis para onde se dirige o episcopado polonês, que somente poucos dias atrás se posicionou oficialmente contra o movimento LGBT, culpado, segundo os bispos, de querer forçar a sociedade à normalização de comportamentos "moralmente censuráveis".

Impermeáveis à ciência, os colegas do arcebispo de Cracóvia, Marek Jedraszewski, conhecido por ter homologado a homossexualidade ao bolchevismo, intervieram no debate nas últimas semanas, tirando do sótão até as clínicas para ajudar as pessoas a "repensar sobre sua orientação sexual desviante", uma variante polonesa das famigeradas "terapias de conversão" que o grande público descobriu com o filme "Boy Erased” e a ONU sugeriu recentemente banir em escala global.

Pouco mais de 200 km separam a vibrante Varsóvia de Jasna Gora do severo mosteiro perto da Nossa Senhora Negra de Czestochowa onde os bispos, que se reuniram no final de agosto para discutir os escândalos dos padres pedófilos expostos pelo documentário "Hide and Seek”, propuseram a volta da cura contra a homossexualidade. Rodovias amplas e estradas estaduais ladeadas por campos de trigo como aquelas que, deixando para trás a capital Poznan, Cracóvia e Lodz, correm para o leste, a fronteira com a Bielo-Rússia, casas baixas, torres de sino, sinagogas esvaziadas pelos pogroms e nunca repovoadas como em Tykocin, onde os cartazes eleitorais de Duda não têm concorrência.

E depois Bialystok, que esqueceu sua outrora grande comunidade judaica e se redescobriu xenofóbica, homofóbica, disposta a colar em todo lugar os adesivos "no gender" distribuídos pelo jornal conservador Gazeta Polsk e sair na briga no último tímido desfile do Orgulho Gay. O extremo oriente polonês, de norte a sul. O reino dos municípios autodeclarados LGBT-free e que por este motivo acabaram na mira da Comissão Europeia, como o meridional Tuchow, onde o Ministro da Justiça Zbigniew Ziobro alocou 60.000 euros para compensar os fundos cortados pela libertina Bruxelas.

“Existe, cada vez mais forte, a tendência de deslocar o centro político para a direita, a batalha contra os homossexuais é o símbolo desse deslocamento”, observa a professora universitária e jornalista Katarzyna Kasiowna que, como muitos, acompanha seus posts com um pequeno arco-íris. O restaurante onde ela almoça é o espelho de Varsóvia, jovem, cosmopolita, católico no papel mas cada vez menos praticante, a cidade que colocou seu prefeito Rafal Trzaskowski à disposição do desafio presidencial contra Duda e que o viu perder por pouco também porque, especula Katarzyna, "ele não se esforçou tanto assim na campanha LGBT, nunca participou de uma manifestação de protesto”.

Cidade contra o campo, mas não só isso, por trás há a alma de um país inquieto, antigo e moderno, onde as mulheres pisam no freio, mas os generosos subsídios à família distribuídos pelo Pis são a bandeira conservadora que nenhum liberal ousaria abaixar. Um país com uma história recente esmagada por duas ditaduras consecutivas que não se sente compreendido no Ocidente e almeja outra identidade no Leste a ponto de ter acreditado no fantasma da invasão muçulmana, onde os imigrantes não chegam a 1% da população, e acreditar hoje no complô homossexual, o novo duro choque de civilização.

“Um dos temas mais candentes é a intenção do governo de rasgar a Convenção de Istambul sobre a violência contra a mulher já ratificada em 2015, um texto considerado hostil à família que o próprio liberal Tusk, quando era primeiro-ministro, não havia assinado", observa o arquiteto Piet W. passeando pela lendária e ventosa Gdansk, sobre a qual paira o legado do prefeito amigo dos migrante e LGBT Pawel Adamowicz, um centrista avançado assassinado no ano divisor de águas de 2019, poucos meses antes da votação europeia aclamada por Kaczynski como uma espécie de referendo sobre a identidade polonesa ameaçada por ideologias "importadas do exterior".

Em Gransk respira-se o mundo de hoje e de ontem, Piet e seu companheiro Mateusz, heróicos em sua ambição de casamento como seus concidadãos acorrentados às portas de estaleiros em nome da liberdade há quarenta anos. No entanto, estamos caminhando para uma nova fronteira, tão perto e tão longes. E Piet lembra que em 2011 foi justamente o herói nacional e ganhador do Nobel Lech Walesa quem comentou sobre a eleição do primeiro deputado polonês assumidamente homossexual dizendo que ele deveria sentar-se no fundo do parlamento ou, melhor, "atrás de um muro". A casa comum da política e, ao lado, insidiosa, a cruz.

“Depois de 1989, primeiro e depois com a morte de João Paulo II, a nossa Igreja, que desempenhou um papel significativo durante a ditadura, ajudando a construir a sociedade civil, voltou às atitudes pré-guerra, redescobrindo a linguagem dos anos 1930 e sancionando a nova aliança entre trono e altar”, diz Adam Michnik, a velha guarda do irredutível antitotalitarismo.

Depois, há os juízes, o terceiro poder. É pelo coração e pela mente da magistratura que se luta com o arco-íris nas mãos, pois a independência na aplicação de penalidades ou no seu cancelamento é a fronteira entre o passado e o presente. Em Poznan, um tribunal autorizou a bandeira gay em frente à prefeitura. Em outros lugares, foi proibido. O futuro dos poloneses está solto ao vento.

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