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21 Julho 2020

“É possível ser um cristão perfeito? A pergunta que nos serve como subtítulo suscita a esse cronista uma resposta. É possível, mas muito difícil, que alguém se torne um cristão perfeito sem morrer por isso, mas quem tenta deve fazê-lo independentemente das consequências: então ele será uma pessoa melhor e sua vida terá um significado transcendente”, escreve Hernán Bernasconi, advogado trabalhista e professor, em artigo publicado por Infobae, 19-07-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

 

Recordemos que Romano Guardini, teólogo e filósofo católico do século passado, de quem Bergoglio nutriu seu pensamento – considera o povo como “categoria mítica e não como a fria abstração de um conceito”. Como realidade viva. Como uma realidade em tensão, por sua origem e vocação, pelo lugar que ocupa em um mundo material. Povo – diz – é “a esfera própria e primitiva do humano, e é por sua inclusão nela que os homens adquirem o caráter de povo. E o povo assim concebido está próximo de Deus” (ver homilia do cardeal Jorge Mario Bergolio, Nós como cidadãos, nós como povo. Rumo ao bicentenário em justiça e solidariedade 2010-2016).

O homem e a mulher de Fiódor Dostoiévski em São Petersburgo

Como afirma Romano Guardini, para ser parte do povo é necessário estabelecer uma relação de povo e pessoa, com a natureza e com o destino de ambos, com os bons, os maus, os perversos, os assassinos, os honestos e os corruptos, todos coexistem no “povo de Deus”, onde encontramos o mal, a dor, o pecado, o bem, a beleza e a verdade, a ofensa e a humilhação, a obediência e a paciência, caráteres existentes em todos os povos, e também nas mulheres e homens de São Petersburgo, Rússia. Esta é a realidade que descreve Fiódor Dostoiévski.

Em Crime e Castigo, Demônios, Humilhados e Ofendidos e na novela a qual remete o Santo Padre em seu discurso de inauguração do programa “Universidade do sentido”, intitulada O Idiota (1869), o autor delineia os traços dos seres humanos e o valor da beleza.

Liev Nikoláievich Míchkin, o príncipe idiota?

O príncipe é o personagem central desta novela, último descendente de uma nobre família russa cristã vinda a menos de meados do século XIX. Em uma muito densa trama também há outro personagem central: Nastácia Filíppovna. Apontaremos alguns momentos relevantes.

O jovem Míchkin aparece viajando de trem na Suíça, em direção a São Petersburgo, aonde se dirige a fim de verificar a informação de uma suposta fortuna que lhe havia sido legada. Na Suíça viveu os últimos anos para se tratar da epilepsia que padecia desde criança. Tinha 26 anos. Dirige-se à casa dos Iepántchina, com os quais manteve um vínculo familiar distante. Esses tinham duas filhas, uma das quais, Aglaya, fica muito impressionada pela sua chegada. Ali também conhece Nastácia Filíppovna, mulher de excepcional beleza e temperamento.

O caráter do príncipe é o de quem sofreu essa doença de forma aguda e está recuperado. Muito distante de ser um idiota no sentido vulgar do termo, deslumbra por sua inteligência e equilíbrio emocional. É um jovem belo, de presença distinguida, denota uma grande despreocupação pelos bens de fortuna, aceita as piadas sobre sua pessoa de boa gana, não se interessa pelos negócios, é generoso e valente na hora de defender uma mulher; de fato, em duas cenas reage, em uma defendendo Nastácia e em outra na casa de um conhecido, Ivolguín, que tenta agredir fisicamente a sua própria irmã, interpondo-se. Revela um profundo sentimento de honra e admira a sustentação das coisas elevadas como o valor da perfeição.

Está claro que, dotado de um grande realismo, sabe distinguir os vícios das virtudes, sem alardear. Diz Guardini que ele é particularmente “piedoso” e que em sua piedade surge “o outro” e surge a “veracidade” e a “beleza” pessoal. Condições que mantém ainda pelo que lhe é hostil. Defende o bem, diz e sustenta a verdade sempre e em todas as partes e as consequências lhe são indiferentes. Não importa se lhe convém ou não. A propósito, quando tem que decidir entre Aglaia e Nastácia, escolhe pelo mais inconveniente. Ficou alucinado pela perfeição de Nastácia (uma beleza “insuportável”, pensou ao observá-la em um retrato e viu algo em seu olhar), abusada quando criança, entregue a um “protetor”, prostituída com este e outros homens, inspirava compaixão. Viveu algumas semanas com o príncipe e já o ama.

Ele ama Aglaya, filha dos Yepánchines, e ela o ama. No entanto, ele propõe casamento a Nastácia, impulsionado pelo amor piedoso e sincero que sente. Talvez para salvá-la? Nastácia aceita. Então ele hesita ao considerar sua própria má reputação. Você pode se casar com um ser tão piedoso? A bondade quase sobre-humana do príncipe merece isso? A ascensão transcendente da aceitação é para ela? Ou deveria redimir seus pecados?

Como se estivesse presumindo seu destino minutos antes da festa de casamento, foge com um rico ex-amante Parfen Rogójin, a quem despreza: um homem vulgar, enriquecido e apaixonado por sua beleza física.

Na festa de aniversário, eles comem e bebem quando Nastácia, no meio da confusão – onde também está o príncipe – envergonha Tótski, seu protetor e amante, humilha Gavrila – outro admirador – durante um jogo e sai com Rogójin.

Depois de muitos outros eventos, o príncipe retorna para onde ela está, tentando salvá-la desse personagem obscuro, talvez sentindo o perigo que paira sobre sua vida, talvez devido à memória de uma adaga com chifre de cervo que observou curiosamente em uma mesa da casa dele. Finalmente, ele chegou e ao entrar no quarto de Nastácia, ele a viu coberta com um lençol, assassinada.

“Havia alguém dormindo com um sonho perfeitamente imóvel; não se escutava nem o menor sussurro, nem o menor suspiro. Dormia com um lenço branco cobrindo sua cabeça; mas suas formas se desenhavam vagamente” (Fiódor Dostoiévski).

Míchkin caiu novamente prisioneiro de sua antiga doença e, em meio a essas sombras, acompanhado por um amigo da família Iepántchin – o bom e prático Ievguiêni Pavlovich Radomsky – deixou São Petersburgo para retornar à clínica do doutor Schneider.

É possível ser um cristão perfeito?

A pergunta que nos serve como subtítulo suscita a esse cronista uma resposta. É possível, mas muito difícil, que alguém se torne um cristão perfeito sem morrer por isso, mas quem tenta deve fazê-lo independentemente das consequências: então ele será uma pessoa melhor e sua vida terá um significado transcendente. Se a multidão tentar, o mundo será substancialmente diferente. O cardeal Jorge Bergoglio já disse: “Nós, como cidadãos, nós, como povo”. Então a humanidade que Liév Míchkin anunciou ao passar por São Petersburgo poderá ser uma realidade universal.

 

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