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A extrema direita se soma à onda verde

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29 Fevereiro 2020

“Aquele que está enraizado é ecologista [...] porque não quer deteriorar a terra onde cria seus filhos. Quem é nômade não se preocupa com a ecologia porque não tem terra ”, dizia a francesa Marine Le Pen, em abril passado. Com essas palavras, a líder do Reagrupamento Nacional definia sua visão do ecologismo, que vinculava à defesa da pátria (a “terra”) e à rejeição da imigração (os “nômades”). Não é um coquetel novo. Essa ideia nascida no romantismo nacionalista alemão já entusiasmou, em sua época, os nazistas. Blut und Boden (“Sangue e Terra”), resumiam.

A reportagem é Marina Meseguer, publicado por La Vanguardia, 28-02-2020. A tradução é do Cepat.

“Para os entusiastas de Blutund Boden, os judeus especialmente eram pessoas desenraizadas, errantes, incapazes de uma verdadeira relação com a terra”, explicam Peter Staudenmaier e Janet Biehl, autores de um dos livros de referência sobre o assunto, Ecofascismo. Lecciones sobre la experiencia alemana (Editora Virus).

Embora a maioria da extrema direita contemporânea continue negando a emergência climática e considere o ecologismo uma preocupação da “elite liberal”, a sucessão de desastres ambientais e a sensibilização dos cidadãos sobre o futuro do planeta levaram a extrema direita a se somar - à sua maneira - à onda verde. Não é que aceitem o consenso científico sobre esse fenômeno global, pelo menos não a maioria deles, mas começam a adotar em seus discursos referências ao meio ambiente, em uma perspectiva nacional. Posicionam-se a favor do cultivo por proximidade e de energias renováveis, contra os pesticidas, as monoculturas, as grandes multinacionais da indústria de alimentos...

“Uma minoria crescente na extrema direita tenta resolver como podem se apropriar de questões ambientais e reformulá-las para ajudar a avançar o restante de sua agenda. E uma maneira é relacionar diretamente fronteiras e controle de migração à degradação ambiental ”, sustenta Staudenmaier, historiador da Universidade Marquette que concentrou suas pesquisas nas ideias ambientais durante a Alemanha nazista.

Em alguns casos, o debate leva inclusive a tensões nesses mesmos partidos. Por exemplo, a ala jovem do Alternativa para a Alemanha (AfD, sigla em alemão) rompeu com a linha negacionista da formação, no ano passado. “Reconhecemos a mudança climática - disse seu presidente, Vadim Derksen, em uma entrevista - e preferimos focar em como nos adaptarmos a ela”.

Mas não é apenas uma questão de oportunismo político, já que parte desses grupos se consideram os ambientalistas originais e acreditam que a esquerda os roubou e perverteu o que era historicamente deles. “O problema para a extrema direita é que a mudança climática é uma questão abstrata e global, quando essas forças enxergam o meio ambiente como um assunto nacional. Acreditam que existe uma conexão identitária entre a terra e seu povo. Por isso, a negam, porque rejeitam o globalismo”, aponta Bernhard Forchtner, especialista em comunicação ambiental na extrema direita pela Universidade de Leicester.

Um estudo realizado em fevereiro de 2019 pelo think tank Adelphi determinou que, embora cada vez um número maior de partidos de ultradireita europeus exiba algum tipo de “patriotismo verde” e apoiem a conservação ambiental, “a maioria de seus europarlamentares votou contra” as resoluções da Eurocâmara nas políticas sobre o clima e a sustentabilidade energética. De fato, “Alternativa para a Alemanha”, o holandês Partido pela Liberdade, os britânicos do UKIP, a Liga Italiana e o francês Reagrupamento Nacional votaram contra todas as resoluções”, explica o relatório, acrescentando que existem apenas duas formações neste grupo que explicitamente apoiam o consenso sobre a mudança climática, o húngaro Fidesz e a Aliança Nacional da Lituânia. “Ambos, parte de seus respectivos governos nacionais”, especificam.

Esse “patriotismo verde” está relacionado à ideia de que a nação é um ecossistema que deve ser protegido e preservado. “As fronteiras são o grande aliado do meio ambiente, e através delas salvaremos o planeta”, sustentou o Reagrupamento Nacional, na última campanha das eleições europeias. Mas não é absurdo pensar que uma divisão administrativa possa nos proteger da poluição do ar? “Essa linha de pensamento sustenta que os imigrantes são espécies invasoras que prejudicam o ecossistema indígena”, explica Forchtner.

Assim é como se fecha o círculo do ecofascismo: em um mundo em que a escassez de recursos é cada vez maior devido à degradação ambiental, as fronteiras se tornam a linha divisória entre aqueles que merecem proteção e aqueles que não. No lado mais extremo dos movimentos de ultradireita, ganha cada vez mais força a ideia de que o terrorismo supremacista branco está justificado pela preservação do meio ambiente. Anders Breivik, o norueguês que em 2011 matou 76 pessoas, a maioria deles jovens do Partido Trabalhista, citou em seu manifesto Madison Grant, o famoso conservacionista e defensor do racismo científico estadunidense admirado por Hitler.

O autor dos ataques de Christchurch, em duas mesquitas, em 2019, que acabou com a vida de 51 pessoas foi o primeiro terrorista que se definiu como “ecofascista”. “Para salvar o meio ambiente”, escreveu, os invasores da região sul devem ser “assassinados”. Coincidência ou não, o massacre ocorreu em 15 de março, no mesmo dia da primeira greve mundial pelo clima.

Seus escritos inspiraram o assassino de outras 22 pessoas em El Paso, que deixou publicado no fórum 8chan: “Se nos livrarmos de gente suficiente, nosso modo de vida poderá ser mais sustentável”. Questionada sobre a ascensão do ecofascismo em uma entrevista, a escritora Naomi Klein refletia: “A única coisa mais assustadora que um movimento racista de extrema direita que nega a realidade da mudança climática é um movimento racista de extrema direita que não a negue”.

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