Segunda Semana do Advento: meditações diárias com Laudato Si’. Dia 8 de dezembro

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10 Dezembro 2019

National Catholic Reporter está compartilhando as reflexões sobre o Advento inspiradas em Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum, do seu ex-editor Arthur Jones. Estas reflexões foram originalmente publicadas em 2015 pela Comunidade Paroquial St. Vincent de Paul, em Baltimore, no estado americano de MarylandJones deseja reconhecer a inspiração das invocações celtas da obra Carmina Gadelica, de Alexander Carmichael.

Publicaremos as suas reflexões para as Semanas 2, 3 e 4, nos dias 8, 15 e 22 de dezembro.

A reflexão do dia 08 de dezembro é publicada por National Catholic Reporter, 08-12-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Domingo, 8 de dezembro: um estilo de vida desordenado

O papa nos leva adiante em sua excursão ecológica em Laudato Si’, ao longo de caminhos que podem, então, nos conduzir para dentro da miséria do universo ou para a mensagem de cada criatura na harmonia da criação, para refletir sobre uma comunhão universal ou sobre o olhar de Jesus. Podemos ainda considerar a criatividade e o poder da tecnologia. Em seguida, há a crise e os efeitos do antropocentrismo moderno. É aí quando a humanidade trata a si mesma como um elemento preeminente na criação.

A seção sobre o antropocentrismo é a mais longa da encíclica, pois o Papa Francisco quer que ouçamos de novo as motivações grosseiras que estão literalmente arruinando a Terra e descontando na humanidade:

A falta de preocupação por medir os danos à natureza e o impacto ambiental das decisões é apenas o reflexo evidente do desinteresse em reconhecer a mensagem que a natureza traz inscrita nas suas próprias estruturas. Quando, na própria realidade, não se reconhece a importância dum pobre, dum embrião humano, duma pessoa com deficiência – só para dar alguns exemplos –, dificilmente se saberá escutar os gritos da própria natureza. Tudo está interligado. Se o ser humano se declara autônomo da realidade e se constitui dominador absoluto, desmorona-se a própria base da sua existência (…).

Esta situação leva-nos a uma esquizofrenia permanente, que se estende da exaltação tecnocrática, que não reconhece aos outros seres um valor próprio, até a reação de negar qualquer valor peculiar ao ser humano. (…)

Um antropocentrismo desordenado gera um estilo de vida desordenado. (…) Por isso, não deveria surpreender que, juntamente com a omnipresença do paradigma tecnocrático e a adoração do poder humano sem limites, se desenvolva nos indivíduos este relativismo no qual tudo o que não serve os próprios interesses imediatos se torna irrelevante.

O papa continua a traçar, para nós, mais do que o “quadro geral”. Ele ilustra os elementos adicionais deste muito maior, mais amplo e multidimensional quadro; é um quadro que toca em cada elemento da preocupação por tudo o que vive; isso somado a muitos mais elementos da preocupação a respeito dos que são contra a vida, seja por uma posição filosófica, seja porque alguns seres vivos se intrometem nas ideias de progresso dessas pessoas, ou seja ainda por motivos que visam ao lucro. Na reflexão de amanhã essa angústia do papa ficará aparente.

Ó Deus, permiti-me cultivar virtudes ecológicas.

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