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Francisco, Estado Islâmico e a crise da Igreja e do Estado

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09 Agosto 2016

Eventos na Europa e no Oriente Médio sinalizam provavelmente o fim da forma de relação entre Igreja e Estado que surgiu durante o começo do período moderno.

O artigo é de Massimo Faggioli, professor da Villanova University, nos EUA, em artigo publicado por Global Pulse, 08-08-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Segundo ele, “tanto a Igreja como o Estado estão numa situação de crise e de transição: é uma transição longa inaugurada no fim da teologia moderna da Igreja como “sociedade perfeita” no século XX. O fim da eclesiologia da “sociedade perfeita” é uma das causas da crise de legitimidade do Estado-nação como “Estado perfeito” nascido no começo do período moderno. O problema é que não há (ainda) uma alternativa viável ao Estado-nação e Francisco aparentemente sabe disso melhor do que ninguém”.

Eis o artigo.

A recusa do Papa Francisco em rotular a campanha terrorista do Estado Islâmico como uma guerra religiosa causada pelo Islã continua a criar polêmica. O fato de este debate continuar é sinal da importância que tem a opinião do Bispo de Roma na comunidade política internacional e, ao mesmo tempo, é sinal de certa fraqueza na forma como a nossa política lida com atores não estatais, tais como as religiões.

E o debate é um importante indicador da situação atual nas relações entre Igreja e política no mundo ocidental. De fato, há muitos paradoxos evidentes naquilo que equivale a um jogo de nomes disputado por Francisco e por parte dos analistas e comentadores influentes ocidentais dispostos a levar para dentro desta guerra teológica a Igreja (mas não a si próprios).

O primeiro paradoxo é que a “intelligentsia” ocidental, que atualmente insiste para que Francisco faça uma declaração teológica de guerra, compõe-se, em sua maioria, de ateus, políticos seculares e maîtres à penser, para os quais a religião se torna relevante somente quando a luta contra o Islã é politicamente conveniente. Eis uma versão atualizada das guerras por procuração.

O segundo paradoxo é que esta intelligentsia teologicamente beligerante é, em geral, muito rápida em declarar ilegítima a influência da Igreja sobre questões sociais e políticas em âmbito doméstico, especialmente quando ela se manifesta a respeito dos pobres (onde a rede de segurança para os pobres não mais existe) e da misericórdia (onde problemas sociais foram “resolvidos” por meio do encarceramento em massa).

O terceiro paradoxo é que entre esses comentadores estão católicos do grupo de persuasão neoconservador e tradicionalista, que não compreenderam – e ainda não compreendem – os problemas (teológicos e outros) criados pelo “batismo” deles às guerras americanas no Iraque e Afeganistão ao longo destes últimos quinze anos.

O quarto paradoxo é a recusa de Francisco em deixar a Igreja ser usada como um megafone para fazer uma declaração teológica a respeito da ligação teológica entre o ISIS e o Islã porque a recusa do papa é, em si, um exemplo daquilo que os franceses chamam de laïcité: uma capacidade de distinguir entre o que pertence à Igreja e o que pertence ao Estado laico.

O problema é que os membros europeus e americanos deste grupo de analistas e comentadores não captam a mensagem histórico-política profunda presente no cerne da abordagem de Francisco.

O primeiro elemento desta abordagem é uma das chaves interpretativas mais importantes para compreender uma crítica mais ampla ao pontificado de Francisco: que este pontificado é problemático para alguns não de um ponto de vista teológico, mas de um ponto de vista político.

O que alguns críticos precisam captar da leitura que Francisco faz do mapa político-religioso mundial hoje é que a interpretação “materialista” dele sobre a guerra (segundo a qual ela é uma guerra de dinheiro e poder, e não de religião) reflete a atenção da Igreja aos “sinais dos tempos”.

Mas há ainda um outro elemento é que, em minha opinião, particularmente interessante neste momento e no modo como o papa está lidando com ele. A meu ver, nós estamos testemunhando o fim de uma era.

Tornou-se habitual falar sobre as guerras e a agitação política no Oriente Médio (Síria, Líbano, Egito, Turquia, Irã, Iêmen e Arábia Saudita) como o fim do mundo criado pelo acordo Sykes-Picot de 1916 entre a França e o Reino Unido, que estabeleceu o mapa do Oriente Médio, o qual, no século passado, manteve parte do mundo relativamente estável. Isso é certamente uma verdade.

imagem

Zonas de influência francesa e britânica estabelecidas pelo Acordo Sykes-Picot/Fonte da imagem: Wikepedia

Mas algo está faltando aos que falam de política sem conhecer a história, ou que a conhecem porém nada sabem de teologia. O que tem acontecido entre a Europa e o Oriente Médio não é somente o fim do acordo Sykes-Picot, mas provavelmente também é o fim da relação entre Igreja (religião) e o Estado criado na Europa no começo do período moderno.

Em outras palavras, não é possível analisar separadamente os elementos diferentes que fazem parte de um mesmo quadro: a crise da Europa (não só a União Europeia como também a crise da ideia de Europa); a crise da representação política e da democracia (vide o fenômeno Donald Trump e as involuções autoritárias na Europa oriental, na Turquia, no Brasil, na Rússia e na Índia); a redefinição das fronteiras confessionais entre igrejas e religiões (as relações entre os credos não estão mais seguindo as fronteiras traçadas pelos catecismos e pelas leis religiosas).

A visibilidade do Papa Francisco e da Igreja Católica neste momento geopolítico em particular deve-se não somente ao fato de que militantes do ISIS alvejaram e assassinaram, pela primeira vez, um sacerdote católico na França.

Tal visibilidade deve-se ao fato de que as configurações modernas da Igreja Católica e do Estado-nação estão em caminhos paralelos num processo histórico que se iniciou no fim da idade média e no começo da Europa moderna e que encontrou certa estabilidade no final de um século de guerras religiosas na Europa com o Tratado de Westfália em 1648. O término das guerras religiosas no século XVII nos deu o contexto político atual das igrejas ocidentais (especialmente a Igreja Católica) e a forma moderna do Estado-nação.

Isso significa que declarar um novo século de guerras religiosas, hoje, seria questionar, de uma forma bastante radical, um sistema multissecular de relações entre religião/Igreja e política/Estado no mundo ocidental e não somente aí. Os sintomas desta crise epocal ficam claros quando o presidente da República Francesa, berço da laicidade, faz uma declaração teológica ao chamar o assassinato do padre [Jacques Hamel] de Rouen de “uma profanação da democracia francesa”. (François Hollande proferiu outras frases interessantes parecidas com esta no caso do massacre ao jornal Charlie Hebdo em janeiro de 2015).

A crise do Estado-nação moderno é também uma crise teológica, muito embora a maioria dos ocidentais – católicos ou não católicos, religiosos ou não – tenha esquecido o quanto é preciso de teologia para manter vivos o Estado-nação e a democracia secular.

Francisco vem tentando ser fiel à teologia do Concílio Vaticano II, à visão daí decorrente de bem comum, política, democracia e à distinção saudável entre Igreja e Estado. Nesse sentido, os desafios de Francisco não advêm somente do Islã, mas também de dois frontes diferentes de dentro do mundo ocidental: os secularistas que gostariam de ver Francisco declarar uma guerra religiosa em nome deles, e os católicos pós-modernos que acreditam que a laicidade e o Estado-nação laico (ou secular) são parte do problema e não da solução.

O que Francisco tem feito não é apenas tentar desarmar a bomba-relógio de uma guerra teológica (que a maioria dos entusiastas parecem ávidos a lutar apenas verbalmente). O Papa Francisco tem também buscado mostrar o quanto de raison d’Église (razão da Igreja) encontra-se na base da raison d’État (razões de Estado).

Tanto a Igreja como o Estado estão numa situação de crise e de transição: é uma transição longa inaugurada no fim da teologia moderna da Igreja como “sociedade perfeita” no século XX. O fim da eclesiologia da “sociedade perfeita” é uma das causas da crise de legitimidade do Estado-nação como “Estado perfeito” nascido no começo do período moderno. O problema é que não há (ainda) uma alternativa viável ao Estado-nação e Francisco aparentemente sabe disso melhor do que ninguém.


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