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Franco "Bifo" Berardi: a palavra fim como fio condutor

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08 Dezembro 2018

“Enquanto o (não)humano avança na forma de uma autônoma tecnolinguística conectiva, e como violência demente do corpo social, na Argentina, há milhares de lugares onde o humano se reproduz e se transmite: as inumeráveis livrarias que estão em todos os bairros, os teatros onde se comunica emoção e pensamento crítico, os hospitais onde atuam médicos conscientes do caráter social da doença, e as formações populares que proliferam por toda a cidade e fora dela”, escreve o pensador italiano Franco Bifo Berardi, após passagem por Buenos Aires, em artigo publicado por Clarín/Revista Ñ, 05-12-2018. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Cheguei à Argentina em inícios de novembro porque me convidaram para um congresso sobre jornalismo e fake news organizado pela Fundação Argentina, na cidade de Rosário. Na sequência, fiquei todo o restante do mês na cidade de Buenos Aires, participando de muitas atividades acadêmicas, de divulgação e apresentando meu último livro Fenomenología del fin [Fenomenologia do fim], publicado pela editora Caja Negra, em fins de 2017, entre outras atividades.

Uma das coisas que entendi durante minha estadia é que a palavra “fim” se tornou o fio condutor ao longo da viagem. Fui descobrindo pouco a pouco, enquanto se aproxima a data de meu retorno à Itália, que coincide com a chegada a Buenos Aires dos vinte homens (e algumas mulheres) mais poderosos do mundo.

Nesses dias, interpretei cabalmente o sentido das palavras de Jorge Bergoglio quando mudou sua identidade para Papa Francisco dizendo: “Eu sou o homem que vem do fim do mundo”. Aquelas palavras, hoje as ressignifico quando me dou conta de que não se disputou “a partida” que muitos haviam definido como “a final do mundo”. Embora não sou um especialista em futebol, posso dizer que entendo bastante sobre as multidões tumultuosas.

Em muitas oportunidades, participei da preparação de diferentes cúpulas mundiais como a do G-20, mas me envolvi com os outros”: movimentos sociais, desamparados, explorados, os sem poder. Em Gênova, no ano 2001, por exemplo, passei duas semanas na cidade participando de dezenas de assembleias onde se discutia de maneira precisa como protestar, como atacar, como se defender, por onde escapar no caso de violência policial.

Depois, dado os meus conhecimentos, analisei para diferentes meios de comunicação – jornais e redes sociais – as diversas ações que aconteciam em cada cúpula, quando estudantes, trabalhadores, mulheres e desempregados se reuniam para se manifestar criando coletivamente táticas e estratégias diversas segundo o contexto.

Nada disso aconteceu na cidade de Buenos Aires neste mês que precede a cúpula do G-20. Embora tenha assistido e participado de mais de quinze pequenas e massivas reuniões com gente distinta, os tópicos conversados foram outros: de depressão e felicidade, de salário e inflação, de feminismos e violências machistas, de tecnologias digitais e do fim do pensamento crítico, de poesia, de loucura e de tristeza. No entanto, em todas estas reuniões, jamais alguém mencionou a Cúpula G-20. Por quê?

Acredito que todos entenderam muito bem: a Cúpula G-20 estava destinada a fracassar em termos de seu próprio discurso neoliberal, e também em termos da catástrofe política e social que o capitalismo absolutista ou neoliberal provoca. Mas, não escutaremos declarações sobre a catástrofe, nem um texto comum sobre a admissão do fracasso. Não haverá acordo. Só haverá um zurrar bronco e violento dos que destroçaram a vida de bilhões de pessoas com a imposição brutal da ditadura financeira. Não haverá uma declaração de guerra diante da guerra que ressoa como ameaça no horizonte. Haverá quatrocentos militares norte-americanos no Uruguai protegendo um presidente que não quer passar um minuto na cidade do fim do mundo.

Haverá notícias de um genocídio que está acontecendo no Iêmen, com a ajuda militar das potências ocidentais. Haverá um presidente chinês ameaçando voltar à guerra fria. Haverá guerra quente que, todos os dias, acontece contra as crianças de Gaza. Mas, não haverá violência organizada pelos movimentos sociais.

Então, por que a Ministra da Segurança convida a população a sair de sua cidade? Por que foi recrutada essa quantidade de médicos para os dias da Cúpula? Por que se prevê que milhares de pessoas ficarão feridas? Por que há helicópteros (pode-se dizer esta palavra ou está proibida?) no céu de Buenos Aires? Não me parece que alguém esteja armando uma insurreição, não me parece que os movimentos sociais tenham a força, nem a determinação para criar uma guerra contra os poderosos.

Só me parece que a ilogicidade, a loucura, a obscuridade mental tomou a dianteira no cérebro social, como efeito da humilhação e do empobrecimento que o capitalismo financeiro semeou durante trinta anos de domínio sobre a sociedade. A multidão que se desencadeou ao redor do estádio Monumental se parece muito ao anúncio do apocalipse que trinta anos de ditadura neoliberal produziram. Nestas décadas, a Razão foi identificada com o algoritmo financeiro e, consequentemente, os humanos decidiram odiar a Razão, e os corpos se desencadeiam do cérebro, porque o cérebro se encontra conectado a um espaço separado: o espaço abstrato do algoritmo.

Só os políticos de esquerda e centro-esquerda não entenderam isso e continuam acreditando que é possível voltar à normalidade democrática, continuam acreditando na possibilidade de um capitalismo bem temperado. Fracassaram em todos os países do planeta por ter aceitado as regras da desregulamentação neoliberal e agora estão na contracúpula do CLACSO [Conselho Latino Americano de Ciências Sociais] e falam como se fosse possível uma volta à Razão.

Depois que a Razão foi humilhada, subsumida a um algoritmo, a multidão só quer vingança. E a vingança não escuta razões.

Durante minha estadia no teatro do Apocalipse (ou Buenos Aires), também participei da Cúpula performativa A Criatura, organizada por CRIA. Foi um encontro daqueles que não querem o G-20, nem a sua Cúpula, porque percebem que os poderosos dilaceraram tudo o que pode ser identificado como humano, então se reúnem em um lugar onde “o humano” se esconde, separando-se da violência do poder. Enquanto o (não)humano avança na forma de uma autônoma tecnolinguística conectiva, e como violência demente do corpo social, na Argentina, há milhares de lugares onde o humano se reproduz e se transmite: as inumeráveis livrarias que estão em todos os bairros, os teatros onde se comunica emoção e pensamento crítico, os hospitais onde atuam médicos conscientes do caráter social da doença, e as formações populares que proliferam por toda a cidade e fora dela. A Criatura é uma destas células do erro metropolitano, que tenta sair da exatidão mortífera da Razão algorítmica, para criar uma nova razão.

Na cúpula performativa, foi possível escutar as palavras de Marlene Wayar: “A morte vem sendo o negócio mais produtivo do sistema no macro: civilizações heterossexuais contra civilizações heterossexuais. E no micro, famílias e lares heterossexuais violentando, expulsando e até matando por ação e omissão suas infâncias. Então, da Teoria Trans Latino-americana afirmamos que não queremos mais ser esta Humanidade”.

Não há palavras melhores para explicar o que sinto. Enquanto isso, os poderosos do mundo são impotentes para deter o apocalipse que sua ignorância e sua ávida arrogância produziram.

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