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Espanha. Vitória da Direita na Andaluzia. É como se Bolsonaro tivesse entrado na política brasileira pelo Nordeste

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03 Dezembro 2018

Se a extrema direita ganhou 12 deputados no feudo histórico do socialismo espanhol, imaginem quantos poderá ganhar em regiões governadas pela direita.

O artigo é de Esther Solano Gallego, socióloga espanhola e professora da Unifesp, publicado por El País, 03-12-2018.

Eis o artigo.

Um susto. Essa é a palavra que definiu as eleições na Andaluzia. A região que representa o feudo histórico do socialismo espanhol entra pela primeira vez à extrema direita, só que entra pela porta da frente, ostensivamente, com 12 deputados na configuração do novo parlamento andaluz. Ninguém esperava. A ciência política errou nas suas previsões, de novo. Foi Trump, foi o Brexit, foi Bolsonaro, mas parece que ainda não queremos enxergar o tsunami político que representam os populismos de extrema direita no mundo. Os analistas espanhóis ficaram, como os brasileiros, de queixo caído e bocas abertas.

Estamos diante de um fenômeno muito parecido com o novo nome. Vox, o partido espanhol criado em 2013 e que propõe dar voz aos espanhóis desencantados, transformando a indignação num capital político, atropelou qualquer cálculo eleitoral e pode ter na mão a chave para um governo de direita na Andaluzia, depois de 36 anos do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) no poder. Esta derrota da esquerda espanhola é daquelas que ficarão escritas nos livros de História, daquelas que inauguram novos ciclos. A Espanha enfrentará em 2019, provavelmente, eleições antecipadas diante dos problemas de governabilidade de Pedro Sánchez. Se o Vox ganhou 12 deputados na terra do PSOE, imaginem quantos poderá ganhar em regiões da Espanha governadas pela direita. É como se Bolsonaro tivesse entrado na política brasileira pelo Nordeste.

Venho estudando Bolsonaro há bastante tempo no Brasil e, recentemente, comecei a estudar também o grupo Vox na Espanha. As semelhanças na retórica são impressionantes. Ambos formam parte da estratégia de internacionalização da extrema direita apoiada por Steve Bannon e que pretende conquistar as urnas do mundo. Ambos se apresentam como antissistemas e outsiders, colocando uma suposta nova política como única forma de enfrentar a velha política, corrupta e fisiológica. Ambos nascem e se fortalecem na política da inimizade. Sem praticamente propostas programáticas nem conteúdos sólidos, a campanha de Vox foi da exaltação nacionalista. “Espanha grande de novo”, “Espanha primeiro”, “Deus abençoe a Espanha” são alguns dos lemas mais utilizados por eles frente aos inimigos que querem destruir o país: o separatismo catalão, a imigração, a União Europeia ou a globalização. Lembram-se do futuro ministro de Relações Exteriores do Brasil? O Vox também é antiglobalista. É a retórica do cidadão de bem frente a um inimigo explorado até a exaustão. O cidadão de bem na Espanha é o “espanhol que acorda cedo”, o que acredita numa Espanha forte e unida, o homem religioso. Quando as propostas não existem, ó ódio se transforma em política.

Pasmem, o Vox também acredita numa hegemonia e domínio cultural da esquerda e também utiliza a retórica anticomunista, só que desta vez a vítima do delírio coletivo em vez de ser o PT é o partido de Pablo Iglesias, Podemos, o partido do “comunismo chavista”. Aparentemente, para o Vox, o muro de Berlim tampouco caiu e a Espanha enfrenta o perigo de que o Podemos transforme o país numa Venezuela. O perigo vermelho pelo visto atravessa o Atlântico. Pasmem outra vez, Francisco Serrano, líder do VOX na Andaluzia, é juiz, um juiz preocupado com a corrupção, obviamente. O homólogo de Sergio Moro na Espanha também diz que ele não é político, ele só quer servir a Espanha. Deve estar na moda os juízes não políticos na política.

Serrano também é fervorosamente antifeminista e se diz vítima do “jihadismo de gênero”. O Vox é a favor da família tradicional, contra a descriminalização do aborto e contra os “abusos” da legislação espanhola que protege às mulheres da violência de gênero. Luz Belinda, também eleita deputada estadual pela Andaluzia é uma ex-militar. Eugenio Moltô, outro dos novos deputados, coloca em questão que o franquismo foi uma ditadura. Mais dois eleitos: Benito Morrillo é ex-policial e Manuel Gavira diz que “o homem é criminalizado por ser homem”. Semelhança assustadora com o bolsonarismo, não é?

Como Trump e Bolsonaro, os partidários do Vox são agressivos contra a grande imprensa e utilizam um tom polêmico e escandaloso nas suas declarações. Fazem da controvérsia um instrumento político muito eficaz. Contra a tirania do politicamente correto, dizem.

Assim como no Brasil, não podemos dizer que todos os eleitores do Vox são fascistas. Tem gente, sim, que compartilha os ideais de intolerância, xenofobia e ódio e vota porque se sente contemplada por eles, mas a maioria é parte daquele Brasil e daquela Espanha cansados da política, raivosos e ressentidos. Aquele Brasil e aquela Espanha que não se sentem mais representados pelas forças da democracia. A extrema direita é uma esperança para eles. Aprendamos rápido porque eles estão ganhando tudo.

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