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“Voltar ao FMI significa entregar o país”: o temor de uma nova crise domina as ruas argentinas

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09 Mai 2018

O Fundo Monetário Internacional só traz más lembranças na Argentina. É quase uma palavra ruim, associada às políticas de ajuste e às piores catástrofes financeiras. “É como voltar para trás”, “Isso nós já vivemos”, “É mais do mesmo”, se ouvia nas ruas de Buenos Aires quase no mesmo momento em que o presidente Mauricio Macri anunciava na televisão que pediria um resgate financeiro ao Fundo, o primeiro em 15 anos. Os argentinos têm motivos para pensar assim. O primeiro empréstimo que o Fundo deu ao país sul-americano foi em 1957, para um governo militar. Desde então, sua presença acompanhou todas as crises econômicas que sacodem a Argentina de forma cíclica.

A reportagem é de Federico Rivas Molina e Mar Centenera, publicada por El País, 08-05-2018.

Nos anos noventa, o Fundo acompanhou com paixão a conversibilidade aplicada por Domingo Cavallo durante o Governo de Carlos Menem. E hoje todos associam o Fundo ao fracasso daquele modelo em 2001. O Governo de Fernando de la Rúa havia acordado com o Fundo uma blindagem financeira de 38 bilhões de dólares para sustentar a paridade de um peso-um dólar herdada do menemismo. Mas só houve dois desembolsos. A suspensão do terceiro precipitou o fim da conversibilidade e a eclosão da pior crise econômica de que os argentinos se lembram.

Eduardo Duhalde, sucessor de emergência de De la Rúa, recorreu duas vezes ao Fundo, que colocava condições cada vez mais duras, sempre relacionadas à redução dos gastos públicos e do déficit fiscal. O Fundo nunca foi o principal credor da Argentina, mas de sua aprovação dependia a chegada dos investimentos: daí o peso de suas receitas. Em 2006, o presidente Néstor Kirchner conseguiu eliminar o déficit, graças às receitas extraordinárias das exportações de matérias-primas. Os países emergentes viviam anos de prosperidade econômica e o kirchnerismo quis dar um golpe de efeito: cancelou a dívida de 9,8 bilhões que a Argentina tinha com o FMI e se declarou livre de qualquer condicionamento. As bandeiras de uma suposta soberania econômica estavam muito altas e os argentinos acompanharam o kirchnerismo com seus votos.

Mas o vento de popa não durou. Os preços das matérias-primas caíram e a Argentina passou a gastar mais do que produzia. O kirchnerismo decidiu então se financiar em pesos, sobretudo com o dinheiro dos fundos de pensão. Fechado o crédito externo, emprestava a si mesmo com a emissão de moeda. Em troca, não precisava prestar contas a ninguém. Macri chegou ao poder em 2015 e disse que a situação herdada era insustentável. Voltou então aos mercados internacionais. Primeiro pagou 9,3 bilhões para os chamados fundos abutres para acabar com o litígio por causa do calote da dívida externa declarada em 2001. Em dois anos tomou mais de 50 bilhões de dólares no mercado internacional, mas isso não foi suficiente para fazer do peso uma moeda à prova de tempestades externas. Hoje disse que pedirá ajuda ao Fundo novamente, e os argentinos têm dificuldade em acreditar que desta vez será diferente.

“Voltar a essa situação provoca angústia”, diz Ezequiel, um professor que tinha 22 anos quando da crise de 2001. Outros falam em “decepção”, ou simplesmente “raiva”. “Não sei se o povo argentino vai tolerar isso, talvez esteja esperando, mas existe toda uma geração de 40 anos para cima que sabe o que aconteceu com o FMI. Sempre que suas receitas foram aplicadas as consequências foram pagas pelos trabalhadores”, acrescenta Ezequiel, que espera que as pessoas saiam às ruas para protestar.

Carlos, dono de uma floricultura em Villa Ortúzar, um bairro de classe média de Buenos Aires, teme a palavra “ajuste”. “Voltar ao FMI significa entregar o país, é isso que Macri está fazendo. Em pouco tempo dirão que precisam fazer mais ajustes, ajustar os aposentados, vender empresas públicas.” Ele não acredita, além disso, que o Fundo tenha “mudado”, como diz sua diretora-geral, Christine Lagarde. “É mais do mesmo, ou até pior, porque cada vez apertam mais os que têm menos e cresce o fosso entre as pessoas que têm dinheiro e os pobres.” Quem é mais velho, como Graciela, aposentada, vê uma nova crise no horizonte. “Estou com muito medo porque já vivemos isso. A última vez que o FMI veio, acabamos tendo uma grande crise. Eu não entendo muito de política, mas o que eu sei é que meu dinheiro não é suficiente”, diz.

A inquietude atingiu até mesmo aqueles que votaram em Macri, com a esperança de que os problemas herdados do kircherismo fossem resolvidos. Nacho tem 24 anos, de manhã dirige um táxi e à noite trabalha um quiosque de doces. Diz que sabe “muito pouco” sobre o FMI, mas não tem muitas expectativas em relação à ajuda que pode chegar. “É um desastre”, diz ele, “tudo sobe e o dinheiro não é suficiente. Ganho 16.000 pesos (cerca de 2.550 reais) e pago 12.000 (1.912 reais) de aluguel. Sou anti-kirchnerista porque eles roubaram tudo, mas Macri disse que iria fazer uma mudança e isso não aconteceu. Votei em Macri e agora me arrependo, não voto mais nele”. É possível que o dinheiro do Fundo dê um pouco de oxigênio para a economia argentina, mas em troca o Governo deverá pagar um alto preço político.

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