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Martin Luther King Jr.: há 50 anos, perdemos um grande estadunidense e um genuíno profeta cristão

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05 Abril 2018

Há 50 anos, o Rev. Martin Luther King Jr. foi morto em Memphis, Tennessee. Seu funeral é a primeira memória pública que eu tenho, isto é, uma memória ligada a um evento público. Lembro que minha mãe estava assando uma torta, e ela costumava enrolar a massa extra com canela e açúcar. Ela levou algumas delas para a sala de TV, onde eu estava assistindo ao caixão de King sendo puxado por duas mulas pelas ruas de Atlanta. Eu tinha 6 anos e não entendia a grandeza do homem que estava sendo enterrado, mas sabia que algo extraordinário estava acontecendo.

A reportagem é de Michael Sean Winters, publicada por National Catholic Reporter, 04-04-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Lamentavelmente, foi algo seminal, assim como extraordinário. O assassinato de King foi a primeira de muitas memórias públicas para mim, mas também foi o primeiro de muitos eventos que abalaram a nação até seus fundamentos.

Alguns meses depois, eu me lembro de me ajoelhar com a minha família na frente daquela mesma TV, enquanto rezávamos para que Bobby [Kennedy] sobrevivesse. Outros dois meses depois, assistimos ao senador do nosso estado, Abraham Ribicoff, ser interrompido pelo prefeito Richard Daley na Convenção Nacional Democrata. Vietnã. Watergate. Reaganomics. Iran-Contra. Duas Guerras do Iraque. Monica Lewinsky. Trump. Tudo parece ser um borrão de regressão social e cultural, começando na varanda do Motel Lorraine, em Memphis, há 50 anos.

Eu não sabia na época, e não sabia há muitos anos, que King era um grande homem. Só quando eu li a magistral biografia de três volumes de King escrita por Taylor Branch é que eu reconheci o grande homem que ele era. Sou um leitor lento, mas corri através desses volumes. Eu os pegava no metrô, li-os na cama, não terminava o jornal pela manhã para poder voltar para eles.

Isto é, até as últimas 100 páginas. Até Memphis. Eu não queria me confrontar com o terrível final da história daquele homem. Eu não queria ser arrastado de volta para a sala de TV da minha família em 1968. Ao longo de vários dias, terminei o livro e entendi a grande perda que esta nação sofreu quando perdeu King.

King era um grande líder dos direitos civis porque era tanto um grande estadunidense quanto um genuíno profeta cristão, e não o contrário. Um profeta não aponta simplesmente para algum futuro de sua própria imaginação. Um profeta chama um povo para retornar ao seu verdadeiro eu, a fim de que possa retornar a um caminho justo.

King não disse ao povo estadunidense para deixar de ser estadunidense. Ele lhes disse para serem fiéis aos ideais que eles alegavam ter moldado a nossa fundação nacional. Sua mensagem era subversiva em relação ao modo como aqueles ideais haviam sido traídos, e não em relação aos próprios ideais. King não evidenciou nem um pouco do ódio aos Estados Unidos que desfigurou a política da esquerda desde sua morte.

King também invocou repetidamente os impulsos universalistas da fé cristã. Sua viagem a Memphis naquele dia não foi apenas para apoiar os trabalhadores do saneamento em sua luta contra o prefeito Henry Loeb. No mês anterior, King havia ido a Memphis, e a violência irrompeu. Um grupo que defendia o “poder negro” reivindicou o crédito por essa violência. Isso era um anátema para o profundo compromisso de King com a não violência, obviamente, mas também ofendeu sua crença cristã na fraternidade comum de todos na paternidade comum de Deus. Sua segunda viagem a Memphis, que se revelou fatal, também tinha a ver com a reivindicação da liderança do movimento pelos direitos civis à visão evangélica da inclusão.

Eu observei acima a sensação de declínio no nosso tecido moral nacional desde sua morte, mas como King ficaria decepcionado – e confuso – com algumas das metáforas sectárias encontradas entre algumas lideranças da comunidade negra hoje. Deixe-me dar um exemplo. No ano passado, Jenn M. Jackson, uma doutoranda pela Universidade de Chicago “com um diploma de graduação em Estudos de Gênero e Sexualidade”, que publicou artigos no Washington Post, criticou outros afro-americanos por elogiarem uma performance de Bruno Mars no BET Awards. Ela estava preocupada que Mars tenha cometido o crime de “apropriação cultural”. Jackson tuitou o seguinte sobre Mars: “Ele é uma pessoa de cor não negra que recentemente decidiu que cantar música Funk é economicamente produtivo”.

Eu sei que sou tendencioso, porque gosto simplesmente de ouvir uma soprano espanhola cantando uma ópera italiana conduzida por um alemão. Mas, falando sério, você poderia imaginar King dizendo algo mesmo que remotamente parecido com aquilo?

Mas não vamos nos concentrar no declínio desde a morte de King, não hoje. Vamos lembrar sua coragem. Hoje, quando manifestantes são presos, trata-se de um dispositivo de relações públicas. King não sabia se sobreviveria às suas viagens à prisão.

Seu compromisso com a não violência exigiu que ele rompesse com o presidente Lyndon Johnson, que tinha feito mais pela sua causa do que qualquer outro antes ou depois dele, mas a Guerra do Vietnã exigiu que ele fizesse isso. Do mesmo modo, e talvez mais dolorosamente, ele teve que romper com outras lideranças negras que insistiam que a não violência e a desobediência civil não estavam alcançando os resultados desejados.

Concentremo-nos na sua inteligência afiada. Ele se formou na faculdade quando tinha apenas 19 anos de idade. Seus sermões eram dissertações acessíveis e pequenas, sua habilidade de citar Thoreau, Emerson ou Gandhi era tão certa quanto sua habilidade de citar o Levítico ou a Carta aos Romanos. Ele entendia de política e entendia os limites da política.

Ele entendia do poder das comunicações de massa antes que as “comunicações de massa” se tornassem um conceito: as imagens de suas prisões não estavam lá para mostrar suas algemas; ele queria que as pessoas vissem os cachorros, os canhões de água e o ódio nos rostos de seus detratores.

Concentremo-nos na habilidade de King não apenas de reunir pessoas de raças e religiões diferentes, mas também na sua habilidade de ver como questões diferentes estavam interligadas. Ele tinha ido a Memphis, afinal, para apoiar os trabalhadores do saneamento que haviam votado por unanimidade para formar um sindicato e buscava condições de trabalho mais seguras depois que dois de seus colegas, Echol Cole e Robert Walker, foram esmagados juntos por um compactador de lixo.

A justiça, para King, era um objetivo multifacetado, e a injustiça, uma Hidra de erros. Ele buscou a solidariedade com todos os que buscavam justiça e reconheceu nos esforços para organizar os trabalhadores em Memphis uma instância de solidariedade que não podia ignorar.

O trabalho de King no Sul para desmembrar a segregação legal era importante e crucial, mas não era suficiente. Os afro-americanos também eram uma grande parte da classe trabalhadora economicamente desprivilegiada, tanto no Norte quanto no Sul. O direito ao voto era importante, mas não punha comida sobre a mesa. Enquanto ele estava em Memphis, ele continuou planejando a Marcha dos Pobres em Washington, marcada para o fim daquele ano. Às vezes, eu me pergunto como ele teria lidado com as conquistas e com as consequências negativas não intencionais da Guerra contra a Pobreza.

No entanto, uma mudança legal teve uma consequência enorme – e eu tenho a esperança de que foi finalmente definitiva – sobre a melhoria do ódio racial: acabar com a proibição do casamento inter-racial. Todos os anos, cada vez mais estadunidenses de raças diferentes casam-se entre si, e as taxas mais altas de casamentos inter-raciais são encontradas entre os jovens. Isso me dá esperança. Apesar de toda a óbvia persistência do racismo e do fanatismo na nossa nação, isso me dá esperança: o amor é daltônico.

Quando o nosso Santo Padre discursou ao Congresso dos Estados Unidos em 2015, ele destacou quatro estadunidenses pelo nome, dois católicos e dois não católicos. Os não católicos eram Abraham Lincoln e King. Pode-se dizer com justiça que a Providência enviou aos Estados Unidos um estadunidense por século que realmente reaviva a promessa da democracia estadunidense, que aponta para a força moral de nossos ideais igualitários e os articula em idiomas que são necessariamente religiosos, mas não sectários. No século XIX, foi Lincoln, e no século XX foi King. Não vimos ninguém mais do seu quilate desde que ele foi morto neste dia há 50 anos.

Que ele descanse em paz e que sua memória estimule em todos nós um renovado compromisso com a paz, a justiça e a solidariedade, de uma amplitude e profundidade dignas de serem mencionadas novamente no mesmo fôlego que o nome do Rev. Dr. Martin Luther King Jr.

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